Se existe um Partido que pode estar junto dos trabalhadores, comemorando e lutando no 1º de Maio, este é o Partido Comunista do Brasil. Em seus 90 anos de história, o PCdoB sempre vem lutando pela classe operária, pelo proletariado, pelos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Portanto, o Partido da classe trabalhadora é o PCdoB, é o Partido que pode gritar bem alto: Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!
Homenagem do PCdoB em Terezinha à todos os trabalhadores e trabalhadoras terezinhenses.
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
PCdoB reafirma identidade comunista e marxismo-leninismo
“Este Seminário – PCdoB 90 Anos: história,
legado, lições e alternativa socialista – é o último evento da série
comemorativa do 90º aniversário do Partido. Realizamos no mês de março
um grande ato político e cultural no Rio de Janeiro, uma Sessão Solene
do Congresso Nacional em Brasília, uma exposição iconográfica da
história do Partido, um Programa Nacional de Rádio e TV que foi ao ar em
rede nacional” – disse Renato Rabelo na abertura do seminário nesta
sexta (20), em São Paulo.
Renato expôs os objetivos do seminário: analisar e debater a
história do PCdoB e discutir acerca da perspectiva contemporânea do
socialismo, no contexto da grave crise estrutural do capitalismo, e
retirar lições fundamentais da rica experiência do Partido.
“Consideramos ser o PCdoB atual a resultante dessa extensa história de nove décadas. Hoje o PCdoB é a expressão do imenso legado transmitido pelas sucessivas gerações que conformaram a história do Partido Comunista do Brasil” – disse o presidente nacional ao reivindicar o conjunto da história de 90 anos do Partido, cujo legado está nas mãos do PCdoB.
Rabelo referiu-se ao documento sobre a história do Partido, aprovado há poucos dias pelo Comitê Central, destacando a contribuição que os comunistas deram para a construção do Brasil e ressaltou: “Não se pode entender a história do Partido Comunista do Brasil sem entender a história do Brasil, mas também não se pode entender a história brasileira sem ter em conta a ação dos comunistas”.
Renato fez uma defesa enfática da identidade comunista, da ideologia marxista-leninista e do caráter de classe do Partido. “O PCdoB afirmou-se como uma corrente marxista-leninista – tendência revolucionária de interpretação e aplicação do pensamento de Marx no século 20. Reafirmou sempre sua identidade comunista e o seu caráter de classe como partido da classe trabalhadora e do povo. Para isso, sublinhamos dois marcos decisivos na sua história: a reorganização do Partido Comunista do Brasil em 1962 e a reafirmação do caminho revolucionário e da sua identidade comunista no triênio 1989 – 1991, marcado pela queda dos governos no Leste europeu e pelo fim da União Soviética.
Por fim, o presidente do PCdoB, destacou que atualmente o partido está em expansão, com elevado prestígio e influência entre os trabalhadores e o povo. Um partido que manteve seu rumo, conseguiu formular uma linha básica coerente com sua perspectiva histórica transformadora, na via do socialismo para as condições peculiares do Brasil.
Cerca de duzentos quadros do PCdoB acompanham atentos as intervenções de José Luís Del Royo, Marly Viana, João Quartim de Morais, Aldo Rebelo, Haroldo Lima, Renato Rabelo e representantes dos Partidos Comunistas do Vietnã, Cuba e China, além do PSUV venezuelano. O seminário prosseguirá também no sábado. No encerramento será lançado o livro com o documento aprovado pelo Comitê Central sobre a história do Partido.
Da redação
“Consideramos ser o PCdoB atual a resultante dessa extensa história de nove décadas. Hoje o PCdoB é a expressão do imenso legado transmitido pelas sucessivas gerações que conformaram a história do Partido Comunista do Brasil” – disse o presidente nacional ao reivindicar o conjunto da história de 90 anos do Partido, cujo legado está nas mãos do PCdoB.
Rabelo referiu-se ao documento sobre a história do Partido, aprovado há poucos dias pelo Comitê Central, destacando a contribuição que os comunistas deram para a construção do Brasil e ressaltou: “Não se pode entender a história do Partido Comunista do Brasil sem entender a história do Brasil, mas também não se pode entender a história brasileira sem ter em conta a ação dos comunistas”.
Renato fez uma defesa enfática da identidade comunista, da ideologia marxista-leninista e do caráter de classe do Partido. “O PCdoB afirmou-se como uma corrente marxista-leninista – tendência revolucionária de interpretação e aplicação do pensamento de Marx no século 20. Reafirmou sempre sua identidade comunista e o seu caráter de classe como partido da classe trabalhadora e do povo. Para isso, sublinhamos dois marcos decisivos na sua história: a reorganização do Partido Comunista do Brasil em 1962 e a reafirmação do caminho revolucionário e da sua identidade comunista no triênio 1989 – 1991, marcado pela queda dos governos no Leste europeu e pelo fim da União Soviética.
Por fim, o presidente do PCdoB, destacou que atualmente o partido está em expansão, com elevado prestígio e influência entre os trabalhadores e o povo. Um partido que manteve seu rumo, conseguiu formular uma linha básica coerente com sua perspectiva histórica transformadora, na via do socialismo para as condições peculiares do Brasil.
Cerca de duzentos quadros do PCdoB acompanham atentos as intervenções de José Luís Del Royo, Marly Viana, João Quartim de Morais, Aldo Rebelo, Haroldo Lima, Renato Rabelo e representantes dos Partidos Comunistas do Vietnã, Cuba e China, além do PSUV venezuelano. O seminário prosseguirá também no sábado. No encerramento será lançado o livro com o documento aprovado pelo Comitê Central sobre a história do Partido.
Da redação
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Emanuel Alves é o novo presidente do Sindicato Rural de Terezinha
O jovem Emanuel Alves, membro da Comissão Política do PCdoB em Terezinha, é o novo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terezinha (STR).
Com o comparecimento de 325 filiados (num total de 516 com poder de voto), ou seja, ultrapassando o quórum mínimo que era de 50% mais 1 para a eleição ser legalizada, a Chapa Única com Emanuel (Presidente) e Antelmo (Vice) recebeu 319 votos a favor e somente 6 votos em branco, dando larga margem de aceitação dos trabalhadores à nova Direção.
Após o resultado oficial, depois de um dia de trabalhos, o novo presidente agradeceu pelo apoio recebido dos trabalhadores rurais terezinhenses e destacou a presença dos camaradas do PCdoB que estavam presentes durante todo o dia. Também prestigiaram o evento sindicalistas de outras cidades, assim como membros da Direção Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (FETAPE).
O PCdoB em Terezinha parabeniza o camarada Emanuel Alves neste novo desafio em sua vida e deseja todo o sucesso à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terezinha (STR).
Viva a Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras do campo!
Viva o PCdoB!
Com o comparecimento de 325 filiados (num total de 516 com poder de voto), ou seja, ultrapassando o quórum mínimo que era de 50% mais 1 para a eleição ser legalizada, a Chapa Única com Emanuel (Presidente) e Antelmo (Vice) recebeu 319 votos a favor e somente 6 votos em branco, dando larga margem de aceitação dos trabalhadores à nova Direção.
Após o resultado oficial, depois de um dia de trabalhos, o novo presidente agradeceu pelo apoio recebido dos trabalhadores rurais terezinhenses e destacou a presença dos camaradas do PCdoB que estavam presentes durante todo o dia. Também prestigiaram o evento sindicalistas de outras cidades, assim como membros da Direção Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (FETAPE).
O PCdoB em Terezinha parabeniza o camarada Emanuel Alves neste novo desafio em sua vida e deseja todo o sucesso à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terezinha (STR).
Viva a Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras do campo!
Viva o PCdoB!
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Ações do deputado estadual Luciano Siqueira (PCdoB)
Questão trabalhista em Suape é motivo de debate na Alepe
A Assembleia Legislativa de Pernambuco sediou na manhã desta quarta-feira (18) audiência pública para debater questões trabalhistas em Suape.
O evento foi proposto pelo deputado estadual Luciano Siqueira (PCdoB), que afirmou a importância de discutir as leis trabalhistas para que o estado não cresça unicamente no PIB. Estiveram presentes principalmente trabalhadores, representantes sindicais e advogados trabalhistas.
Luciano disse estar satisfeito com com audiência. De acordo com o deputado, o encontro serviu para deixar a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) a par do diagnóstico da situação dos trabalhadores de Suape.
As denúncias dos trabalhadores vão desde distorções salariais, demissões por justa causa sem provimento legal e cerceamento de sindicatos até casos máximos de abuso como ameças que o Movimento dos Porteiros está sofrendo por vigilantes armados.
Leonardo Mendonça, representante do Ministério Público do Trabalho, recomendou que os sindicatos movessem ações contra as empresas, já que muitas das indicações caberiam processos.
André Negromonte, superintendente regional do MPT, afirma que o corpo de auditores fiscais do ministério é insuficiente para dar conta da demanda do ambiente de Suape e, muito menos, de Pernambuco. O MPPE também necessita de mais mão de obra.
Foi sugerido que a Comissão de Cidadania e Direitos humanos visitasse Suape para interagir com as empresas vinculadas ao assunto, para que se corrija os abusos.
"Pensamos em duplicar o PIB de Pernambuco a médio prazo e Suape é o carro-chefe dessa expansão econômica. Precisamos de sindicatos fortes, Assembleia Legislativa e Ministério Público atentos para as necessidades dos trabalhadores", concluiu Luciano.
Fonte: Blog do Jamildo (http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2012/04/18/questao_trabalhista_em_suape_e_motivo_de_debate_na_alepe_129453.php)
PCdoB: um novo jeito de fazer Política em Terezinha
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha está se concretizando como uma nova alternativa na maneira de se fazer Política no município. O PCdoB, ao contrário da maioria dos outros partidos, vem realizando encontros, ouvindo suas bases, discutindo ideias e elaborando projetos políticos que possam - de fato - transformar a realidade social, econômica e cultural do nosso município. São projetos concretos, baseados na realidade; não sendo apenas promessas, típicas em época de eleição.
Aplicando um dos seus príncípios básicos, o centralismo democrático (onde todos os membros do Partido tem voz, vez e voto), o PCdoB não dita ordens ou resoluções. As lideranças que dirigem o Partido não impôem de cima pra baixo o que pensam ou que querem, tudo é feito com ampla participação democrática, infelizmente, práticas pouco conhecidas em nossa realidade.
O PCdoB em Terezinha foi formado, em sua grande maioria, por pessoas comuns (que não são políticos profissionais), que acreditam que é possível sim mudar a forma de se fazer Política, de se disputar uma eleição. São pessoas que acreditam que práticas nefastas na nossa "cultura" como compra de votos, troca de favores, entre outras, sejam eliminadas para sempre em Terezinha. Estas pessoas que constróem o PCdoB em Terezinha, tijolo por tijolo, e muitos que já aderiram e vão aderir a esta ideia, acreditam que sim, PODEMOS E DEVEMOS MUDAR esta realidade.
O PCdoB em Terezinha inova, traz um componente moderno à Política terezinhense.
O PCdoB é jovem, apesar dos seus 90 anos de história de Luta e busca trazer para nosso município a União da Juventude Socialista (UJS), uma organização de jovens comunistas, uma escola para a Política. Esta JUVENTUDE pode e deve entrar na Política, debater ideias, elaborar projetos e participar ativamente para que em Terezinha o processo seja cada vez mais democrático e transparente. Que seja um Projeto de futuro, concreto e não somente um sonho.
Participe deste momento histórico! Venha para o PCdoB!
Clóvis Manfrini
Secretário de Organização do Comitê Municipal (Provisório) do PCdoB em Terezinha
Aplicando um dos seus príncípios básicos, o centralismo democrático (onde todos os membros do Partido tem voz, vez e voto), o PCdoB não dita ordens ou resoluções. As lideranças que dirigem o Partido não impôem de cima pra baixo o que pensam ou que querem, tudo é feito com ampla participação democrática, infelizmente, práticas pouco conhecidas em nossa realidade.
O PCdoB em Terezinha foi formado, em sua grande maioria, por pessoas comuns (que não são políticos profissionais), que acreditam que é possível sim mudar a forma de se fazer Política, de se disputar uma eleição. São pessoas que acreditam que práticas nefastas na nossa "cultura" como compra de votos, troca de favores, entre outras, sejam eliminadas para sempre em Terezinha. Estas pessoas que constróem o PCdoB em Terezinha, tijolo por tijolo, e muitos que já aderiram e vão aderir a esta ideia, acreditam que sim, PODEMOS E DEVEMOS MUDAR esta realidade.
O PCdoB em Terezinha inova, traz um componente moderno à Política terezinhense.
O PCdoB é jovem, apesar dos seus 90 anos de história de Luta e busca trazer para nosso município a União da Juventude Socialista (UJS), uma organização de jovens comunistas, uma escola para a Política. Esta JUVENTUDE pode e deve entrar na Política, debater ideias, elaborar projetos e participar ativamente para que em Terezinha o processo seja cada vez mais democrático e transparente. Que seja um Projeto de futuro, concreto e não somente um sonho.
Participe deste momento histórico! Venha para o PCdoB!
Clóvis Manfrini
Secretário de Organização do Comitê Municipal (Provisório) do PCdoB em Terezinha
sexta-feira, 13 de abril de 2012
União da Juventude Socialista (UJS)
Mas afinal o que é UJS?
O QUE É UJS
A UJS (União da Juventude Socialista), é uma organização que congrega jovens de até 29 anos que não concordam viver em um mundo capitalista selvagem que desrespeita a vida e a justiça, que perpetua tamanha desigualdade social, que condena à morte crianças na África, ou mesmo no Brasil, enquanto multimilionários concentram mais de 50% das riquezas mundiais. A UJS repudia uma sociedade onde os valores são distorcidos, onde a juventude rende-se à alienação, futilidade do consumismo e à apatia política.
Nós lutamos por uma sociedade mais justa que de oportunidades a todos sem distinção racial, social ou político-ideológica, que cultive valores pertinentes às características naturais dos homens tais como: solidariedade, censo de justiça e tolerância. Nessa sociedade as pessoas serão reconhecidadas pelo que realmente são e não pelo que possuem ou aparentam possuir. Onde não haverá um ditador, mas sim uma verdadeira democracia.
Para chegar a tal sociedade, a UJS defende a implantação do socialismo científico no Brasil, mas antes de mais nada depende de sua ajuda, (veja filiação), e lembre-se que a força está em nossas mãos.
NOSSAS AÇÕES
A UJS participou e organizou inúmeras campanhas tais como: O Fora Collor, o Voto aos 16 Anos, campanha do emprego para a juventude dentre diversas outras não menos importante. Hoje a UJS faz campanha contra a menor idade penal, contra a corrupção na política, pelo impeachment de FHC e pela reserva de 50% das vagas das universidades públicas para alunos oriundos de escolas públicas, além de várias manifestações que representam os direitos dos jovens em todo país. VEJA MAIORES INFORMÇÕES SOBRE NOSSAS AÇÕES NO RESUMO HISTÓRICO.
RESUMO HISTÓRICO DA UJS
1984, Brasília, ainda era tempo da ditadura das fardas militares, pelo país, a campanha pelas "Diretas Já" mobilizava milhões de pessoas, fazendo soprar os ventos da redemocratização.Na Assembléia Legislativa de São Paulo, centenas de jovens do país inteiro se encontraram no dia da juventude, 22 de setembro. O manifesto lido na tribuna, anunciava: "Somos jovens, operários, camponeses, estudantes, artistas, intelectuais, buscamos o futuro e a liberdade, os direitos que nos são negados, a esperança banida, a vontade subjugada...". Aqui começa a história da União da Juventude Socialista.
1985, foi no Ginásio de Esportes Tarumã, em Curitiba, que aconteceu o 1º Congresso Nacional da UJS. Delegações de todos os estados chegaram trazendo animação e vontade de participar.O congresso superou as expectativas, rolaram debates, shows, teatros e muita confraternização.No final, foi aprovada a campanha nacional por "emprego, esporte e cultura".
1986, a cidade de Vitória, no Espírito Santo, sediou o II Congresso Nacional da UJS. Entre as atividades esportivas e debates, os participantes trocavam experiências sobre a UJS.O Congresso foi marcado pelo debate sobre as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, convocada para aquele ano.Emprego, serviço militar e direito de voto aos 16 anos estavam presentes em quase todos os discursos.O congresso registrou um grande crescimento da participação dos estudantes, principalmente secundaristas.
1987, o país começava a ser repensado pela Assembléia Nacional Constituinte. Aracaju recebeu centenas de jovens do país inteiro, que foram participar do III Congresso Nacional da UJS.Na pauta, a necessidade de superar a discussão gerada pelas eleições do ano anterior e retomar a iniciativa política.Nos intervalos, música e poesia tomavam os corredores da Universidade Federal, onde acontecia o congresso. As resoluções definem o desafio: elaborar um programa da juventude para trabalhar e reorganizar as direções estaduais e núcleos. São dados os primeiros passos para aquela que seria a maior campanha da entidade: a conquista do voto aos 16 anos.
1988, o IV Congresso Nacional ocorre em Petrópolis, contando com cerca de 1500 jovens. Fortalecida pela aprovação do voto aos 16 anos, a UJS realiza um grande ato político e o congresso pulsa crescimento. A programação é a combinação de debates político, painéis temáticos, atividades culturais e muita animação. Nas resoluções, o desafio de aprovar de maneira definitiva o voto aos 16 anos e de participar da campanha das diretas em 1988. O encerramento do congresso foi um show em praça pública. Durante todo o primeiro semestre a entidade se mobilizou pêlos estados e em Brasília. O bloco conservador, denominado "centrão", é contra o voto aos 16, apesar disso, o direito é aprovado no primeiro turno. A votação definitiva foi no dia 17 de agosto.
1989, logo no início do ano, a UJS lança um documento chamado "Quem é o inimigo, quem é você", defendendo a unidade dos partidos e juventudes de esquerda em torno de uma candidatura a presidência da república. Divulgado amplamente, o documento foi bem acolhido pelas organizações políticas mais avançadas. Ao lado desta movimentação, a UJS dá continuidade a campanha "voto aos 16", convocando os jovens para tirarem seus títulos eleitorais e a participarem da eleição para presidente da república. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral e com tribunais regionais, a UJS procura facilitar a tirada do título. Em vários estados, ocorrem os arrastões em escolas e bairros para levar a juventude até os locais autorizados. Noutros em que os tribunais se mostraram mais acessíveis, funcionários credenciados acompanhavam o movimento da UJS e recebiam a solicitação do título na própria escola. A UJS chamava os jovens para se transformarem em eleitores e para votarem na oposição, buscando aprofundar a democracia e ampliar os direitos sociais.
1990, mais consciente das dificuldades políticas, a Coordenação Nacional da UJS busca redimensionar suas atividades, procurando aglutinar os militantes e enfrentar o debate de idéias. Em março, a UJS de São Paulo realiza o festival da Juventude, com atividades esportivas, cultural e de lazer. Além do político local, vários estados participaram, remando contra a maré neoliberal "collorida", a UJS realiza a campanha CURUPIRAS em defesa dos povos e da floresta amazônica. Cartazes, adesivos e um manifesto eram instrumentos do movimento. A UJS realiza em Belém, o encontro latino-americano em defesa dos povos e da floresta amazônica, que contou com cerca de 180 participantes e com presença de entidades e personalidades ligadas ao tema. A UJS faz parte da executiva do fórum brasileiro de ONG`s preparatório para ECO 92, na qual ela é representante da juventude.
1992, a ECO 92, realizou vários eventos promovidos pela ONU, e se torna referência brasileira no movimento ambientalista. O evento paralelo corre sob coordenação da UJS, entidades do mundo inteiro participavam da atividade, que questiona o encontro oficial. Na manifestação realizada contra os chefes de estado, a UJS é presença destacada.
1993, apesar do crescimento da força da juventude, a ação própria da UJS enfrenta alguns problemas. Foi um período de dificuldades políticas e materiais, mesmo assim a UJS participa do plebiscito nacional defendendo o parlamentarismo, organizou a greve nacional pelo primeiro emprego para a juventude, atuou contra a tentativa de aprovação da imputabilidade criminal para jovens de 16 anos.
1994, a UJS realiza seu VII Congresso Nacional, no mês de abril, em Salvador. Nele é debatida a atualização do manifesto da entidade. O texto aprovado como base é o "Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". É debatida uma plataforma para as eleições presidenciais e a defesa de uma frente popular, contra a candidatura de FHC. Da plataforma juvenil, contam a questão da violência, educação, trabalho, cultura, esporte, lazer, ecologia, drogas, mulher, saúde, participação política e serviço militar opcional.
1995, no mês de fevereiro, em Maceió, a UJS realiza o "Seminário Nacional - Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". Ali é aprovado o manifesto da UJS.
1996, o VIII Congresso é um marco na história da UJS, todos os militantes voltaram suas energias para o congresso. Com tema "Emprego para juventude". A abertura já havia demonstrado o respeito e o que a entidade desfruta no meio da juventude e dos setores políticos. O texto de apresentação da uma nova fase afirma: "A UJS entra numa nova fase a partir desse VIII Congresso Nacional. Depois do lançamento em 1984, a nossa entidade se desenvolveu bastante, participou de várias lutas, realizou campanhas e várias atividades."
1997, A UJS define 1997 como o "Ano Che Guevara", em função dos anos 30, da queda em combate do líder guerrilheiro. Por ser identificado com a rebeldia e com luta pelo Socialismo, Che, no Brasil e na América Latina, é um grande exemplo para a juventude. E foi nesse sentido que a UJS procurou resgatar sua história. A campanha contagia a UJS no país, cartazes, adesivos, bandeiras e camisetas são produzidos e alguns debates sobre o "Ano Che". A UJS ocupou um espaço tão importante nas homenagens, que na matéria espacial que o programa Fantástico da Rede Globo produziu, os militantes da entidade foram convidados para falar. A UJS atuou com destaque no comitê contra a reeleição de FHC e nas mobilizações contra a privatização das estatais, como a Companhia vale do Rio Doce. A entidade se ocupa também com os preparativos para o XIV Festival Mundial de Juventude, no mês de Julho, em Cuba. A delegação brasileira com cerca de 400 jovens. Mais de 130 eram da União da Juventude Socialista. No evento estão presentes dezenas de países e a presença da UJS é marcante em todos os debates, nas atividades culturais e nos contatos com outras organizações. Durante o festival, a direção nacional é convidada pela União dos Jovens Comunistas de Cuba, para uma reunião de amizade.
1998, precedido de assembléias estaduais de núcleos, no mês de abril acontece o IX Congresso Nacional, no Tuca, em São Paulo. Os delegados presentes aprovam o novo manifesto da UJS "Socialismo com a nossa cara". A resolução sobre eleições afirma: "não aceitamos a negação dos nossos direitos, a perda da Soberania Nacional e os ataques à democracia que representa o governo FHC. Por isso, a UJS deve participar ativamente das elisões combatendo a candidatura de FHC e seus aliados". Consta no documento também, uma plataforma juvenil, na qual se destaca a questão do emprego para a juventude, e têm propostas para a educação, ciência e tecnologia; cultura, esporte, lazer, terra, saúde, meio ambiente, cidadania, violência, drogas e crianças e adolescentes. Durante a batalha eleitoral realizou-se a primeira fase da campanha "Sem emprego não dá". Tivemos presença destacada nas atividades eleitorais em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em outros estados. A UJS promove em conjunto com a UNEGRO e o Movimento Negro Unificado, o II encontro da Juventude Negra e Favelada, em BH. Ampliou seu contato com jovens da periferia e começou a participar do movimento HIP-HOP. Promoveu em conjunto com a CSC, o Encontro dos Jovens trabalhadores Socialistas
1999, a UJS se filia e é eleita para o Conselho Geral da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD). Além disso, participou das atividades em Portugal, no Chile e em Cuba. Com a bandeira do "Fora FHC" a UJS lança junto com Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania, um abaixo-assinado pedindo a CPI para o presidente no caso Telebrás. Desde o início e uma das organizações da "marcha dos 100 mil" Dela participou com destaque. A UJS chega aos seus 15 anos, tendo coordenações em 17 estados, sendo a força mais influente na UNE, na UBES, na ANPG e atuando no Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania. Conhecida e reconhecida pela juventude e pêlos movimentos sociais como organização da luta pelos direitos juvenis, pela democracia e pelo socialismo. A UJS é a única organização política e ideológica juvenil com 16 anos de existência no país. Desde que surgiu é personagem principal na história de luta da nossa juventude. Mesmo com toda a onda do "pensamento único" neoliberal e dos ataques ao Socialismo, ela mobiliza milhares de jovens contra o capitalismo e em torno da idéia de um socialismo com a cara da juventude e do Brasil. Socialismo que nascerá da luta unitária do povo e que inaugurará a república dos trabalhadores. Com 16 anos de idade, a UJS acumula o melhor da experiência da juventude brasileira, sua garra e disposição de luta.É tanta história feita, e tanta coisa ainda por fazer. Desafios não faltam, agora, o governo Fernando Henrique Cardoso cai na desmoralização e a juventude ocupa a linha de frente do movimento que quer "Fora FHC" e um novo rumo para o país. Outros desafios, outras pessoas, mas a mesma certeza que motivou os mais de 600 jovens que fundaram a UJS em 1984, como dizia o primeiro manifesto: "não temos futuro no mundo capitalista, mesmo porque o capitalismo não tem futuro no mundo...". O manifesto atual completa:"... aqui, na UJS, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verdes, amarelas e nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e justa. Nos 16 anos da UJS, viva a Juventude Socialista tem mais, a UJS tem atividades em torno da luta da mulher jovem, do movimento negro, dos jovens desempregados do movimento comunitário, participa de várias torcidas organizadas e de tantas outras áreas e movimentos que a juventude se faz presente.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Guiomar Cordeiro: “Meu pai deu a vida ao Partido Comunista”
Passo firme, sorriso aberto e muita história pra contar. Aos 87 anos, Guiomar Cordeiro de Oliveira recebeu o Vermelho/CE para falar da sua história de luta, da atuação comunista e de seu grande exemplo: o pai. Pedro Teixeira de Oliveira, conhecido como Pedro Rufino, foi um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil, em Camocim, e é até hoje um dos maiores símbolos comunistas cearenses.Única filha mulher de Pedro Rufino, Dona Guiomar tem da infância lembranças da companhia do pai nas passeatas, comícios e reuniões que ele participava. “Eu era pequena, não entendia muito, mas sempre o acompanhava”. Mas as recordações também são dolorosas. “Ele foi preso onze vezes, apenas por ser comunista e lutar pelo direito dos trabalhadores e do povo da região. Muitas vezes ia deixar a comida dele na prisão, ficava na delegacia fazendo companhia e quando voltava, chorava de saudade”, relembra. Na escola, quando ouvia brincadeira dos colegas por conta das prisões, a resposta tinha na ponta da língua. “Ele não é ladrão. Foi preso porque defende os direitos dos pais de vocês”.
Não foram poucas as vezes que Dona Guiomar presenciou a prisão do pai. “Ele era comerciante, tinha um bar e atendia a clientela noite adentro. Uma vez, tarde da noite, ao chamar minha mãe para abrir a porta, foi surpreendido pela polícia que já o aguardava de tocaia. Não pode nem entrar para pegar roupas”, recorda.
Pedro Rufino filiou-se ao Partido Comunista do Brasil em 1928, ano em que fundou o Partido em Camocim. Liderança destacada, sempre lutou pelos direitos dos trabalhadores e das pessoas da região. “Meu pai nunca foi empregado de ninguém, então colocou um comércio. Ele não aguentava abuso de patrão e por isso defendia tanto os trabalhadores”, ratifica Dona Guiomar.
Foram inúmeras as participações de Pedro Rufino que marcaram o movimento popular em Camocim. “Onde ele chegava, era logo cercado. Meu pai era muito querido por todos. Mercado, estação de trem, construção civil, todo mundo recorria a ele quando precisava de alguma coisa”. Dona Guiomar cita um incêndio que aconteceu numa localidade próxima e Pedro Rufino saiu em defesa da vítima. “Ele veio a Fortaleza, falar pessoalmente com o Governador, para garantir o ressarcimento dos bens”.
Nas passeatas do 1º de Maio e na greve geral de 1949, ele também era destaque. “Outra data de muito discurso e festa era o dia 3 de janeiro, dia em que comemorávamos o aniversário de Luis Carlos Prestes. O dia já amanhecia com foguetório na cidade”, sorri ao relembrar. A luta pela manutenção da estrada de ferro foi outra bandeira encabeçada por Pedro Rufino. “Foram meses se dedicando a esta causa. Dia e noite, ele estava atuando, mobilizando as pessoas para garantir que a estrada de ferro não fosse retirada de Camocim. Teve até a visita de ministro na cidade e conseguimos adiar por quase 30 anos esta decisão. Saímos vitoriosos”, comemora Dona Guiomar.
Companheira de lutas do pai
Já mocinha, Dona Guiomar além de acompanhar Pedro Rufino nas atividades, também passou a participar dos debates. “Gostava de conversar com ele porque sei que o que dizia era o certo. Eu fazia até discursos nos comícios, sempre seguindo o mesmo caminho do meu pai”.
Dona Guiomar casou bem jovem, aos 15 anos. Por um tempo morou em Parnaíba (PI), mas sempre com vínculos em Camocim. Após oito anos, volta para a cidade natal e começa a atuar na defesa dos direitos das mulheres. “Fui presidente da União Feminina de Camocim. Realizávamos reuniões aos domingos para discutir as necessidades das mulheres da região. Nossa sede era bem movimentada e a participação empolgava. Muitas vezes vim a Fortaleza para representar a entidade nos encontros da capital”. Dentre as demandas, leite para as crianças carentes e melhoria das escolas. “A gente também se integrou na campanha ‘O Petroleo é nosso’. Saíamos para colher assinaturas”, relembra.
Dona Guiomar já tinha os quatro filhos quando Pedro Rufino foi eleito vereador, em 1948. Apesar de comunista, foi pelo Partido Republicano que conseguiu concluir o mandato, sigla que abrigou os comunistas no Ceará depois de o Partido Comunista entrar na ilegalidade.
A atuação de Pedro Rufino na Câmara Municipal de Camocim foi marcada por posições firmes e muita polêmica, principalmente por ir de encontro aos interesses das famílias tradicionais da política local. Como parlamentar fez parte das Comissões de Legislação, Educação e Cultura, Comissão de Saúde Pública e Assistência Social e Comissão de Redação. “Ele contribuiu na redação do regimento da Câmara de Camocim que está em vigor até hoje”, ratifica Dona Guiomar, orgulhosa.
Um fato que hoje arranca sorrisos de Dona Guiomar era a conduta do Vereador Alfredo Coelho. “Ele faltava sessões e pedia licenças constantes porque não queria ter o desprazer de dividir o mesmo lugar com meu pai nem ser chamado de colega por um comunista”. Além de vereador, Pedro Rufino foi ainda Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Camocim e de outras entidades e associações ligadas aos movimentos sociais da região. Ele faleceu em 18 de outubro de 1973, em decorrência de problemas cardíacos.
Filiada há mais de 50 anos ao Partido Comunista, Dona Guiomar continua com a convicção de defender as ideias de Pedro Rufino. “A lição que ele me deixou foi de fazer o bem, defender o povo e trabalhar muito em benefício da melhoria de vida das pessoas. Meu pai deu a vida ao Partido Comunista e em defesa de sua causa e nada era mais importante para ele que as ações do Partido”.
Uma das pioneiras na luta em defesa dos direitos da mulher, Dona Guiomar comemora o fato de uma mulher ter sido eleita Presidente do Brasil pela primeira vez. “Ela é corajosa e muito inteirada das coisas. Torço que continue nossa luta e faça um grande governo, com democracia e sem corrupção. Eu estou do lado dela”, ratifica.
Liderança destacada e referência comunista no Ceará, Pedro Rufino foi responsável pelo fortalecimento do Partido no Estado. Atualmente, o PCdoB elegeu um Senador (Inácio Arruda), dois Deputados Federais (Chico Lopes e João Ananias), um Deputado Estadual (Lula Morais), além de administrar várias prefeituras cearenses. Questionada sobre o que o pai acharia deste crescimento, Dona Guiomar é enfática: “Ele estaria muito feliz e batalhando para o Partido crescer ainda mais. Quem sabe até ele mesmo chegar a estes cargos”.
Apesar da idade avançada, Dona Guiomar ainda acompanha reuniões do Partido e participa de eventos, como na solenidade em comemoração aos 90 anos de fundação do PCdoB ( na foto com Renato Rabelo, presidente do partido), momento em que a atuação de Pedro Rufino foi destacada como um dos comunistas pioneiros no Ceará. “Até quando puder, vou continuar a luta de meu pai, na defesa dos trabalhadores, das mulheres e dos direitos do povo”.
Com atuação voltada para a juventude e para as mulheres, Dona Guiomar deixa um recado para os comunistas enfatizando a necessidade de o povo se organizar e da união de todos. “É aquele velho ditado: uma andorinha só não faz verão. Devemos atuar com união e organização, trabalhando pela defesa dos direitos das pessoas e sempre com um olhar voltado para o futuro”, defende.
De Fortaleza,
Carolina Campos
Não foram poucas as vezes que Dona Guiomar presenciou a prisão do pai. “Ele era comerciante, tinha um bar e atendia a clientela noite adentro. Uma vez, tarde da noite, ao chamar minha mãe para abrir a porta, foi surpreendido pela polícia que já o aguardava de tocaia. Não pode nem entrar para pegar roupas”, recorda.
Pedro Rufino filiou-se ao Partido Comunista do Brasil em 1928, ano em que fundou o Partido em Camocim. Liderança destacada, sempre lutou pelos direitos dos trabalhadores e das pessoas da região. “Meu pai nunca foi empregado de ninguém, então colocou um comércio. Ele não aguentava abuso de patrão e por isso defendia tanto os trabalhadores”, ratifica Dona Guiomar.
Foram inúmeras as participações de Pedro Rufino que marcaram o movimento popular em Camocim. “Onde ele chegava, era logo cercado. Meu pai era muito querido por todos. Mercado, estação de trem, construção civil, todo mundo recorria a ele quando precisava de alguma coisa”. Dona Guiomar cita um incêndio que aconteceu numa localidade próxima e Pedro Rufino saiu em defesa da vítima. “Ele veio a Fortaleza, falar pessoalmente com o Governador, para garantir o ressarcimento dos bens”.
Nas passeatas do 1º de Maio e na greve geral de 1949, ele também era destaque. “Outra data de muito discurso e festa era o dia 3 de janeiro, dia em que comemorávamos o aniversário de Luis Carlos Prestes. O dia já amanhecia com foguetório na cidade”, sorri ao relembrar. A luta pela manutenção da estrada de ferro foi outra bandeira encabeçada por Pedro Rufino. “Foram meses se dedicando a esta causa. Dia e noite, ele estava atuando, mobilizando as pessoas para garantir que a estrada de ferro não fosse retirada de Camocim. Teve até a visita de ministro na cidade e conseguimos adiar por quase 30 anos esta decisão. Saímos vitoriosos”, comemora Dona Guiomar.
Companheira de lutas do pai
Já mocinha, Dona Guiomar além de acompanhar Pedro Rufino nas atividades, também passou a participar dos debates. “Gostava de conversar com ele porque sei que o que dizia era o certo. Eu fazia até discursos nos comícios, sempre seguindo o mesmo caminho do meu pai”.
Dona Guiomar casou bem jovem, aos 15 anos. Por um tempo morou em Parnaíba (PI), mas sempre com vínculos em Camocim. Após oito anos, volta para a cidade natal e começa a atuar na defesa dos direitos das mulheres. “Fui presidente da União Feminina de Camocim. Realizávamos reuniões aos domingos para discutir as necessidades das mulheres da região. Nossa sede era bem movimentada e a participação empolgava. Muitas vezes vim a Fortaleza para representar a entidade nos encontros da capital”. Dentre as demandas, leite para as crianças carentes e melhoria das escolas. “A gente também se integrou na campanha ‘O Petroleo é nosso’. Saíamos para colher assinaturas”, relembra.
Dona Guiomar já tinha os quatro filhos quando Pedro Rufino foi eleito vereador, em 1948. Apesar de comunista, foi pelo Partido Republicano que conseguiu concluir o mandato, sigla que abrigou os comunistas no Ceará depois de o Partido Comunista entrar na ilegalidade.
A atuação de Pedro Rufino na Câmara Municipal de Camocim foi marcada por posições firmes e muita polêmica, principalmente por ir de encontro aos interesses das famílias tradicionais da política local. Como parlamentar fez parte das Comissões de Legislação, Educação e Cultura, Comissão de Saúde Pública e Assistência Social e Comissão de Redação. “Ele contribuiu na redação do regimento da Câmara de Camocim que está em vigor até hoje”, ratifica Dona Guiomar, orgulhosa.
Um fato que hoje arranca sorrisos de Dona Guiomar era a conduta do Vereador Alfredo Coelho. “Ele faltava sessões e pedia licenças constantes porque não queria ter o desprazer de dividir o mesmo lugar com meu pai nem ser chamado de colega por um comunista”. Além de vereador, Pedro Rufino foi ainda Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Camocim e de outras entidades e associações ligadas aos movimentos sociais da região. Ele faleceu em 18 de outubro de 1973, em decorrência de problemas cardíacos.
Filiada há mais de 50 anos ao Partido Comunista, Dona Guiomar continua com a convicção de defender as ideias de Pedro Rufino. “A lição que ele me deixou foi de fazer o bem, defender o povo e trabalhar muito em benefício da melhoria de vida das pessoas. Meu pai deu a vida ao Partido Comunista e em defesa de sua causa e nada era mais importante para ele que as ações do Partido”.
Uma das pioneiras na luta em defesa dos direitos da mulher, Dona Guiomar comemora o fato de uma mulher ter sido eleita Presidente do Brasil pela primeira vez. “Ela é corajosa e muito inteirada das coisas. Torço que continue nossa luta e faça um grande governo, com democracia e sem corrupção. Eu estou do lado dela”, ratifica.
Liderança destacada e referência comunista no Ceará, Pedro Rufino foi responsável pelo fortalecimento do Partido no Estado. Atualmente, o PCdoB elegeu um Senador (Inácio Arruda), dois Deputados Federais (Chico Lopes e João Ananias), um Deputado Estadual (Lula Morais), além de administrar várias prefeituras cearenses. Questionada sobre o que o pai acharia deste crescimento, Dona Guiomar é enfática: “Ele estaria muito feliz e batalhando para o Partido crescer ainda mais. Quem sabe até ele mesmo chegar a estes cargos”.
Apesar da idade avançada, Dona Guiomar ainda acompanha reuniões do Partido e participa de eventos, como na solenidade em comemoração aos 90 anos de fundação do PCdoB ( na foto com Renato Rabelo, presidente do partido), momento em que a atuação de Pedro Rufino foi destacada como um dos comunistas pioneiros no Ceará. “Até quando puder, vou continuar a luta de meu pai, na defesa dos trabalhadores, das mulheres e dos direitos do povo”.
Com atuação voltada para a juventude e para as mulheres, Dona Guiomar deixa um recado para os comunistas enfatizando a necessidade de o povo se organizar e da união de todos. “É aquele velho ditado: uma andorinha só não faz verão. Devemos atuar com união e organização, trabalhando pela defesa dos direitos das pessoas e sempre com um olhar voltado para o futuro”, defende.
De Fortaleza,
Carolina Campos
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Etapa estadual da Consocial começa hoje em Recife
Tem início hoje a Etapa Pernambuco da 1ª Conferência Sobre Transparência e Controle Social (CONSOCIAL), realizada até a próxima quarta-feira, em Recife.
O Governo do Estado dá início, hoje (02.04), à 1ª Conferência Estadual sobre Transparência Pública e Controle Social de Pernambuco – Consocial, que aborda o tema “A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública”. O evento segue até a próxima quarta-feira (04.04).
Um dos palestrantes será o deputado estadual pelo PCdoB Luciano Siqueira, que falará sobre a transparência e o controle sobre gastos públicos.
Apesar de ter realizado a Etapa Municipal em Terezinha, o município não enviou delegados para a Etapa Estadual.
Mais informações: http://www.consocialpe.com.br/
O Governo do Estado dá início, hoje (02.04), à 1ª Conferência Estadual sobre Transparência Pública e Controle Social de Pernambuco – Consocial, que aborda o tema “A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública”. O evento segue até a próxima quarta-feira (04.04).
Um dos palestrantes será o deputado estadual pelo PCdoB Luciano Siqueira, que falará sobre a transparência e o controle sobre gastos públicos.
Apesar de ter realizado a Etapa Municipal em Terezinha, o município não enviou delegados para a Etapa Estadual.
Mais informações: http://www.consocialpe.com.br/
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