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sexta-feira, 6 de julho de 2012

PCdoB com candidatos à prefeitura em 11 municípios de PE


Do litoral ao Sertão, o PCdoB confirmou a candidatura à prefeito em 11 cidades pernambucanas. Além de Olinda, com Renildo Calheiros concorrendo à reeleição, e Recife, com Luciano Siqueira, candidato a vice-prefeito, outras cidades da Região Metropolitana, Agreste e Sertão terão representantes do partido no pleito municipal de 2012.


Luciana ladeada pelo prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (esq.), e Dr. Marcos

Em Abreu e Lima, a convenção homologou a candidatura de Dr. Marcos com a presença da deputada Luciana Santos e do prefeito de paulista Yves Ribeiro. “Dr. Marcos é uma pessoa comprometida com o bem estar da cidade e tenho certeza que é a melhor opção para colocar Aberu e Lima na rota de crescimento do estado”, disse a deputada.

Goiana, Bezerros, Chã da Alegria, Moreno, Paulista e Lagoa do Carro, também realizaram suas convenções. Em Sanharó, por exemplo, foi confirmada a candidatura de Fernando Fernandes para prefeitura do município. “Apoio Fernando porque foi uma escolha dos moradores de Sanharó”, disse o atual prefeito César Freitas (PCdoB).


Luciana Santos com Fernando Fernandes e sua esposa e o candidato à vice-prefeito


O PCdoB-PE tem projetos políticos para prefeitos e vice-prefeitos em 13 municípios e mais de 700 candidatos a vereadores marcando presença em mais 30 cidades pernambucanas.

Fonte: site da deputada Luciana Santos

quarta-feira, 27 de junho de 2012

PCdoB é "Por Amor a Terezinha", é Alexandre 22

Num clima de muita festa e emoção, com ampla participação popular, o PCdoB em Terezinha participou - juntamente - com PR, PSB, PTB e PSD da Convenção que homologou as candidaturas de Alexandre Martins (PR) à prefeito e Arnóbio Gomes (PSB) à vice, além de 20 candidaturas à vereador, entre elas as candidaturas do PCdoB Adriano Campos e Clóvis Manfrini.
O PCdoB vive em Terezinha um momento histórico, participando pela primeira vez de um processo eleitoral e com grandes chances de êxito.
A luta continua!

Foto: http://www.claudioandreopoeta.com.br/

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Comissão Política do PCdoB se reuniu e decidiu suas pré-candidaturas em Terezinha

A Comissão Política do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha se reuniu ontem, 13, e definiu seus pré-candidatos a vereador. Os pré-candidatos escolhidos pelo PCdoB são Adriano Campos (professor e estudante universitário na UPE), Clóvis Manfrini (radialista/jornalista, com formação superior pela UFPE, atualmente coordenando a biblioteca pública municipal) e Lourenço Vieira (ex-Conselheiro Tutelar e atualmente trabalhando no serviço público estadual).
O PCdoB integrará, juntamente com o PTB e PSD, uma das coligações proporcionais que vão apoiar a reeleição do prefeito Alexandre Martins (PR).
Na reunião, o Partido aprovou, por unanimidade, seu Programa Para Terezinha, onde destaca ideias e projetos para o desenvolvimento do Município.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Orlando Silva (PCdoB) é inocentado pelo Conselho de Ética da Presidência

A Comissão de Ética da Presidência da República absolveu nesta segunda-feira (11) o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, da denúncia sobre supostas irregularidades no Programa Segundo Tempo. O processo foi aberto em 17 de outubro, baseado em notícias publicadas na revista Veja. Em entrevista dada após a reunião que tomou a decisão, o presidente Sepúlveda Pertence informou que “a Comissão arquivou a denúncia contra Silva por absoluta falta de provas”.


Luis Ushirobira/Valor
Orlando Silva Orlando: "Primeira vitória na defesa da verdade"
Orlando Silva, em entrevista ao Vermelho, disse que essa foi a “primeira vitória na cruzada em defesa da justiça e da verdade”. O ex-ministro conta que sabe como é longo o caminho da justiça brasileira e que está percorrendo todos os passos para provar a verdade contra as calúnias que foram divulgadas. Ele lembrou que a denúncia analisada na Comissão de Ética foi iniciada em um processo “a partir de mentiras publicadas na revista Veja”.

“É importante essa decisão da Comissão de Ética, pois depois de longo processo de análise, conclui-se que não existe absolutamente nenhuma prova contra mim”, analisa Orlando, que comentou estar tomando todas as medidas para que a verdade seja restabelecida. “Continuo, por exemplo, com os processos que movo contra os delinquentes que me caluniaram”.

Orlando agradeceu o carinho e a solidariedade de tantos amigos e companheiros que se manifestaram no Facebbok e no Twitter. Comentou também como é injusta a cobertura da imprensa, pois quando foi aberto o processo na Comissão foi feito muito alarde com manchetes garrafais. Já a sua absolvição sai publicada apenas em poucas linhas de um ou outro jornal.

As voltas que o mundo dá

Oito meses separam a data em que foi aberto o processo na Comissão de Ética até o dia da absolvição de Orlando Silva. Neste período, a verdade vem cada vez mais à tona. E não se trata apenas da decisão tomada pela Comissão nesta segunda-feira.

A revista Veja, que foi a ponta de lança das calúnias contra Orlando e o PCdoB, passou de acusadora a ré. As gravações obtidas pela Polícia Federal provaram que a revista faz parte da máfia comandada pelo bandido Carlinhos Cachoeira, que se encontra preso. O editor da Veja, Policarpo Júnior, agia como funcionário de Cachoeira, que era o verdadeiro editor da revista. Suspeita-se inclusive, que o bandido pode ter plantado nas suas páginas também as mentiras contra Orlando.

Outro que trocou de cadeira no tribunal foi o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Ele era a voz que mais gritava mentiras no plenário do Senado e nos microfones do PIG na crise deflagrada no Ministério do Esporte. Hoje, é um morto vivo que mal aparece no Senado, ou dá as caras apenas em dias de depoimentos em processos que terminarão com a cassação do seu mandato. Também ele é membro da quadrilha do bandido Cachoeira. Só não sai preso do Senado, porque estamos no Brasil.

E quem se lembra do policial bandido João Dias, que serviu como caluniador contra o PCdoB. Poucos meses depois, protagonizou uma série de atos criminosos, sendo preso por mais de uma vez. Uma de tantas que aprontou, foi esparramar 200 mil reais dentro do Palácio dos Buritis, sede do Governo do Distrito Federal. Contido pelos seguranças, bateu em funcionárias, quebrou um dedo de um policial e saiu preso. Sabe-se lá porque, hoje está recluso graças a algum “Cala Boca”.

Quanto aos parlamentares da oposição, que desfilavam calúnias no período, estão bastante ocupados na manhã desta terça-feira. Devem estar inventando argumentos para tentar defender o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, que se encontra sentado como depoente na CPI do Cachoeira. O goiano é acusado de ser sócio, parceiro, subserviente ao bandido Cachoeira, que inclusive foi preso dentro de uma casa que foi do governador.

De Brasília,
Kerison Lopes

domingo, 10 de junho de 2012

Sem Lênin não há Partido Comunista

Lênin: Engels e a importância da luta teórica (*)




Entre finais de 1901 e princípios de 1902, Lênin escreveu sua célebre obra “Que Fazer?”. A primeira edição foi publicada há exatos 110 anos, em 1902. Nesta obra, o dirigente da Revolução Socialista Soviética lança as bases teóricas da construção do partido comunista, combatendo o espontaneísmo e defendendo os princípios do Marxismo. “Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário”, dizia.


"O dogmatismo, o doutrinarismo", a fossilização do Partido, castigo inevitável do estrangulamento forçado do pensamento", tais são os inimigos contra os quais entram na arena os campeões da "liberdade de crítica" do Rabótcheie Dielo. Apreciamos que esta questão tenha sido colocada na ordem do dia; apenas proporíamos completá-la com esta outra questão: Mas, quem são os juizes? Temos diante de nós dois prospectos de edições literárias. O primeiro é o "programa do Rabótcheie Dielo, órgão periódico da 'União dos Sociais-Democratas(**) Russos'" (separata do número 1 do Rab. Dielo). O segundo é o "anúncio da retomada das edições do grupo 'Liberação do Trabalho'".

Todos os dois são datados de 1899, época em que a "crise do marxismo" estava, há muito, na ordem do dia. Portanto, em vão procuraríamos na primeira obra as indicações sobre esta questão e uma exposição precisa da posição que pensa tomar, a esse respeito, perante o novo órgão. Quanto ao trabalho teórico e suas tarefas essenciais à hora presente, esse programa e seus complementos adoptados; pelo Terceiro Congresso da "União"(em 1901) nada mencionam (Dois Congressos, p. 15-18). Durante todo esse tempo, a redaçcão do Rabótcheie Dielo deixou de lado as questões de teoria, apesar de essas preocuparem os sociais-democratas do mundo inteiro. O outro prospecto, ao contrário, assinala logo de início o descuro do interesse pela teoria, no decurso desses últimos anos; reclama, insistentemente, "uma atenção vigilante para o aspecto teórico do movimento revolucionário do proletariado", e exorta a uma "crítica implacável das tendências anti-revolucionárias, bernsteinianas, e outras", em nosso movimento.

Os números publicados da Zaria mostram como este programa foi aplicado. Vê-se assim, portanto, que as grandes frases contra a fossilização do pensamento etc. dissimulam o desinteresse e a impotência para fazer progredir o pensamento teórico. O exemplo dos sociais-democratas russos ilustra, de uma forma particularmente notável, esse fenômeno comum à Europa (e de há muito assinalado pelos marxistas alemães), de que a famosa liberdade de crítica não significa a substituição de uma teoria por outra, mas a liberdade com respeito a todo sistema coerente e reflectido; significa o eclectismo e a ausência de princípios.

Quem conhece, por pouco que seja, a situação de fato de nosso movimento não pode deixar de ver que a grande difusão do marxismo foi acompanhada de certo abaixamento do nível teórico. Muitas pessoas, cujo preparo era ínfimo ou nulo, aderiram ao movimento pelos seus sucessos práticos e importância efectiva. Pode-se julgar a falta de tacto demostrada pelo Rabótcheie Dielo, pela definição de Marx, que lançou de forma triunfante: "Cada passo avante, cada progresso real valem mais que uma dúzia de programas".

Repetir tais palavras nessa época de dissensão teórica equivale a dizer à vista de um cortejo fúnebre: "Tomara que sempre tenham algo para levar!" Além disso, essas palavras são extraídas da carta sobre o programa de Gotha, na qual Marx condena categoricamente o eclectismo no enunciado dos princípios. Se a união é verdadeiramente necessária, escrevia Marx aos dirigentes do partido, façam acordos para realizar os objectivos práticos do movimento, mas não cheguem, ao ponto de fazer comércio dos princípios, nem façam "concessões" teóricas.

Tal era o pensamento de Marx, e eis que há entre nós pessoas que, em seu nome, procuram diminuir a importância da teoria! Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário. Não seria demasiado insistir sobre essa ideia em uma época, onde o entusiasmo pelas formas mais limitadas da acção prática aparece acompanhado pela propaganda em voga do oportunismo.

Para a social-democracia russa em particular, a teoria assume importância ainda maior por três razões esquecidas com muita frequência, a saber: primeiro, nosso partido apenas começou a se constituir. a elaborar sua fisionomia, e está longe de ter acabado com as outras tendências do pensamento revolucionário que ameaçam desviar o movimento do caminho certo. Ao contrário, assistimos justamente nesses últimos tempos (como Axelrod já há muito havia predito aos "economistas") ao recrudescimento das tendências revolucionárias não sociais-democratas. Nessas condições, um erro "sem importância" à primeira vista pode acarretar as mais deploráveis consequências, e é preciso ser míope para considerar inoportunas ou supérfluas as controvérsias de facção e a estrita delimitação dos matizes.

Da consolidação deste ou daquele matiz pode depender o futuro da social-democracia russa por muitos e longos anos. Segundo, o movimento social-democrata é, pela sua própria essência, internacional. Isso não significa somente que devemos combater o chauvinismo nacional. Significa, também que um movimento iniciado em um país jovem só pode ter êxito se assimilar a experiência dos outros países. Ora, para tanto não é suficiente apenas conhecer essa experiência, ou limitar-se a copiar as últimas resoluções. É preciso saber proceder à análise crítica dessa experiência e controlá-la por si próprio. Somente quando se constata o quanto se desenvolveu e se ramificou o movimento operário contemporâneo, pode-se compreender a reserva de forças teóricas e de experiência política (e revolucionária) necessárias para se realizar essa tarefa. Terceiro, a social-democracia russa tem tarefas nacionais como nenhum outro partido socialista do mundo jamais o teve.

Mais adiante, falaremos das obrigações políticas e da organização que nos impõe essa tarefa: liberar todo um povo do jugo da autocracia. No momento, apenas indicaremos que só um partido guiado por uma teoria de vanguarda é capaz de preencher o papel de combatente de vanguarda E para se fazer uma ideia mais concreta do que isso significa, lembre-se o leitor dos predecessores da social-democracia russa, tais como Herzen, Bielínski, Tchernichévski e a brilhante pleiade de revolucionários de 1870-1880; pense na importância mundial de que a literatura, russa atualmente se reveste; mas, basta! Citaremos as observações, feitas por Engels em 1874, sobre a importância da teoria no movimento social-democrata. Engels reconhecia na grande luta da social-democracia não apenas duas formas (política e econômica) - como se faz entre nós - mas três, colocando a luta teórica no mesmo plano. Suas recomendações ao movimento operário alemão, já vigorosa prática e politicamente, são tão instrutivas do ponto de vista dos problemas e discussões atuais, que o leitor, esperamo-lo, não se importará que transcrevamos o longo trecho do prefácio ao livro “Der deutsche Bauernkrieg”, que há muito já se tornou uma raridade bibliográfica: "Os operários alemães apresentam duas vantagens essenciais sobre os demais operários da Europa. Primeiramente, pertencem, ao povo mais teórico da Europa; além disso, conservaram o senso teórico já quase completamente desaparecido nas classes por assim dizer "cultivadas" da Alemanha.

Sem a filosofia alemã que o precedeu, notadamente a de Hegel, o socialismo alemão - o único socialismo científico que já existiu - não teria sido estabelecido. Sem o sentido teórico dos operários, estes não teriam jamais assimilado esse socialismo científico, como o fizeram. E o que prova esta imensa vantagem é, de um lado, a indiferença com respeito a toda teoria, uma das causas principais do pouco progresso do movimento operário inglês, apesar da excelente organização dos diferentes ofícios, e, de outro lado, a perturbação e a confusão provocadas pelo proudhonismo, em sua forma inicial, entre os franceses e os belgas, e, na sua forma caricaturada, que lhe deu Bakunin, entre os espanhóis e os italianos. A segunda vantagem é que os alemães integraram tardiamente o movimento operário, tendo sido quase os últimos. Do mesmo modo que o socialismo alemão jamais se esquecerá de que foi erigido sobre os ombros de Saint-Simon, de Fourier de Owen, três homens que, apesar de toda a fantasia e a utopia de suas doutrinas, encontram-se entre os maiores cérebros de todos os tempos e se anteciparam genialmente a inumeráveis idéias, cuja exatidão presentemente demonstramos de maneira científica, também o movimento operário prático alemão jamais deve esquecer-se que desenvolveu sobre os ombros dos movimentos inglês e francês, que pôde simplesmente beneficiar-se de suas experiências adquiridas penosamente e evitar, no presente, seus erros, então na maioria inevitáveis.

Sem o passado dos sindicatos ingleses e das lutas políticas dos franceses, sem o impulso gigantesco dado especialmente pela Comuna de Paris, onde estaríamos nós, hoje? É preciso reconhecer que os operários alemães souberam aproveitar as vantagens de sua situação, com rara inteligência. Pela primeira vez, desde que existe um movimento operário, a luta é conduzida em suas três direções - teórica, política e econômico-prática (resistência contra os capitalistas) - com tanto método e coesão. É neste ataque concêntrico, por assim dizer, que reside a força invencível do movimento alemão. De um lado, em ramo de sua posição vantajosa; de outro, em decorrência das particularidades insulares do movimento inglês e da violenta repressão do movimento francês, os operários alemães, no momento, colocam-se na vanguarda da luta proletária.

Não é possível prever durante quanto tempo os acontecimentos, lhes permitirão ocupar esse posto de honra. Mas, enquanto o ocuparem, é de se esperar que cumprirão seu dever, como convém. Para tanto, deverão redobrar os esforços, em todos os domínios da luta e da agitação. Os dirigentes, em particular, deverão instruir-se cada vez mais sobre todas as questões teóricas, libertar-se cada vez mais da influência das frases tradicionais, pertencentes às concepções obsoletas do mundo, e jamais se esquecer que o socialismo, desde que se tornou uma ciência, exige ser tratado, isto é, estudado, como uma ciência. A tarefa consistirá, a seguir, em difundir com zelo cada vez maior entre as classes operárias, as concepções sempre mais claras, assim adquiridas, e em consolidar de forma cada vez mais poderosa a organização do partido e dos sindicatos... ... Se os operários alemães continuarem a agir assim, não digo que marcharão à frente do movimento - não é de interesse do movimento que os operários de uma única nação, em particular, marchem à frente -, mas ocuparão um lugar de honra na linha de combate; e estarão armados e prontos se provas difíceis e inesperadas, ou ainda grandes acontecimentos exigirem deles maior coragem, decisão e ação".

As palavras de Engels revelaram-se proféticas. Alguns anos mais tarde, os operários alemães foram inesperadamente submetidos à dura provação da lei de exceção contra os socialistas. E os operários alemães encontram-se de fato suficientemente preparados para sair vitoriosos.

O proletariado russo terá de sofrer provas ainda infinitamente mais duras, terá de combater um monstro perto do qual o da lei de exceção, em um país constitucional, parece um pigmeu. A história nos atribui, agora, uma tarefa imediata, a mais revolucionária de todas as tarefas imediatas do proletariado de qualquer país. A realização dessa tarefa, a destruição do baluarte mais poderoso, não somente da reação européia, mas também (podemos agora dizê-lo) da reação asiática, fará do proletariado russo a vanguarda do proletariado revolucionário internacional. E temos o direito de esperar que obteremos este título honorário merecido já pelos nossos predecessores, os revolucionários de 1870-1880, se soubermos animar com o mesmo espírito de decisão e a mesma energia irredutível o nosso movimento, mil vezes mais amplo e mais profundo.

(*) Extrato do livro “Que Fazer?”

(**) Na Rússia como na Europa da época, o movimento comunista designava-se como “social-democracia”.


Fonte: www.vermelho.org.br

sábado, 2 de junho de 2012

Siqueira: Responsabilidades irrecusáveis dos Comitês Municipais


Quando se quer acentuar o peso específico do poder local, costuma-se afirmar que os indiví duos não residem na União Federal, nem nos Estados – e sim no Município. O que é óbvio, embora não negue as injunções oriundas das esferas federal (sobretudo) e estadual sobre os problemas locais e as políticas públicas destinadas a solucioná-los.

Por Luciano Siqueira
O raciocínio também é válido para a esfera da luta política. Assim, orientações e planos políticos de envergadura nacional não se viabilizam sem a sua materialização local. Vide as campanhas eleitorais para a presidência da República.

A introdução aqui alinhavada vem a propósito do caráter nacional das eleições municipais de outubro, antessala das eleições gerais de 2014, quando estarão em causa o poder central, os governos estaduais e a correlação de forças no Congresso Nacional e nas casas legislativas estaduais. Todos os partidos buscam agora, na eleição de prefeitos e vereadores, melhorar sua capacidade competitiva para daqui a dois anos. O PCdoB está nessa.

Está sim – e com pretensões ousadas. A resolução do CC de setembro de 2011 (Enfrentar a crise mundial impulsionando o desenvolvimento nacional) concita o coletivo militante a intensificar “o trabalho de fortalecimento do Partido, com sua expansão, estruturação e organização desde as bases e com todo o empenho para garantir seu plano político eleitoral para 2012 com a eleição de prefeitos, vices e aumento de sua representação nas Câmaras Municipais”.

Demais, a Carta Compromisso do 7º. Encontro Nacional sobre Questões de Partido, referendada pelo CC (Mais vida militante para um Partido do tamanho das nossas ideias), propugna a elevação da “capacidade de liderança, a força e a autoridade das direções para elaborar e conduzir a luta pelos projetos partidários e ajustar rumos de sua estruturação”.

As três dimensões do projeto político local

Daí decorre a inarredável responsabilidade do Comitê de Municipal na formulação e execução do projeto político do PCdoB no âmbito do município, que implica três dimensões articuladas entre si.

A luta por um município funcionalmente organizado, econômica e ambientalmente sustentável e de feição mais humana pode ser tomada como fio condutor da ação política e os preparativos para as eleições de 2012 a medida das conquistas acumuladas na construção partidária.

Isto que dizer que o Partido deve construir seu próprio juízo de valor sobre a realidade do município – sua inserção no desenvolvimento econômico em curso, possibilidades e obstáculos, oportunidades e riscos; o evolver das contradições sociais; as forças políticas em presença. Daí se deve extrair a opinião própria sobre os rumos do município com a qual o PCdoB se apresenta à mesa de conversações com os demais partidos e ocupa espaço na sociedade e nos meios de comunicação.

Demais, tendo em conta o cenário eleitoral em formação – que agora tende a ganhar traços mais nítidos, às vésperas das convenções partidárias -, a correlação de forças; a movimentação dos partidos aliados; a própria capacidade de combate acumulada, etc., é hora definir o projeto eleitoral propriamente dito: encabeçar ou compor a chapa majoritária, quando for o caso; disputar em chapa própria, ou em coligação, a Câmara Municipal.

Entrelaçada com essas duas dimensões do projeto político está a estruturação e a construção partidária. Para que o Partido esteja de fato, na esfera municipal, “à altura de nossas ideias”.

Autoridade do núcleo dirigente

Ao Comitê Municipal cabe o comando do exercito militante na batalha eleitoral. Para tanto é preciso que esteja munido de autoridade política, fruto não apenas da capacidade de discernimento tático, mas igualmente da competência para unir e organizar a militância para a ação. O PCdoB não atua em bando, luta como corrente política organizada e disciplinada, sob direção capaz, coesa e hábil.

A batalha eleitoral, nesse sentido, há de ser tomada como uma privilegiada oportunidade de praticarmos as diretrizes do 7º. Encontro Nacional sobre Questões de Partido. Um teste para a capacidade política e operativa do sistema de direção – o pleno e a Comissão Política do Comitê Municipal; as secretarias executivas; os comitês intermediários (Distritais, de Empresa, de Categoria); o Fórum de Quadros Dirigentes Intermediários, o Fórum de Movimentos Sociais.

Em nossa tradição registra-se quase sempre uma defasagem entre formulação tática e ação política e a efetiva estruturação e construção partidária. Instalado o embate eleitoral, ganham força o espontaneismo e o pragmatismo, que dispersam a direção e enfraquecem o coletivo militante.

Portanto, às portas das convenções eleitorais deste mês de junho, cabe a cada Comitê Municipal passar em revista essas três dimensões do projeto do Partido para o município e adotar as medidas necessárias para fortalecê-lo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Camarada João Amazonas: presente!

Renato Rabelo: Homenagem no décimo ano da morte de João Amazonas

Os militantes e filiados do PCdoB, os defensores da democracia popular e progressista, os lutadores da causa do socialismo em nossa terra rendem homenagem neste dia 27 de maio à memória de uma das grandes figuras de nossa história recente: João Amazonas de Souza Pedroso, falecido há exatos dez anos, em São Paulo.
João Amazonas Homenagem dos lutadores pelo socialismo neste 27 de maio
 
O camarada Amazonas alcançou 90 anos de vida, dos quais quase sete décadas dedicadas à atividade política, em defesa de convicções revolucionárias, sempre como militante do Partido Comunista do Brasil.

Amazonas foi o eminente dirigente do PCdoB, um dos mais importantes ideólogos da causa revolucionária em nosso país, destacado batalhador da aplicação da teoria marxista à realidade própria do Brasil. No ano em que comemoramos os 90 anos de atividade ininterrupta do PC do Brasil – lembramos que Amazonas foi dos líderes da terceira geração o mais destacado dirigente comunista responsável pela construção política, ideológica e orgânica do que se firmou como a mais antiga legenda partidária em atividade permanente no cenário político brasileiro.

Amazonas se destacou em momentos-chave da trajetória partidária. Foram vários os processos de reestruturação pelos quais o Partido passou. Em todos eles João Amazonas deu sua importante contribuição. Participou da reconstrução partidária em 1943 e da reorganização histórica em 1962, assumiu a liderança do coletivo dirigente, reconstituído pelo reforço que o PCdoB obteve com a incorporação da organização revolucionária Ação Popular Marxista-Leninista e também de outros quadros de suas fileiras originais.

João Amazonas, Maurício Grabois e Pedro Pomar foram os principais protagonistas da reorganização de 1962, que deu continuidade à história do Partido fundado em 1922. Isso porque entre 1957 e 1960, a segunda geração de dirigentes se dividiu em duas correntes. Uma delas criou outra legenda, o Partido Comunista Brasileiro, agremiação que absorveu e respaldou a fratura ideológica e moral provocada por Nikita Kruschev, negando a trajetória heroica do Partido Comunista da União Soviética, e adotou um programa de caráter nacional-reformista.

A outra corrente, em condições muito adversas, mas impulsionada por coerência e coragem política, tomou a decisão de reorganizar a histórica legenda comunista fundada em 1922. Esse processo se consumou com a realização da Conferência extraordinária, em 18 de fevereiro de 1962, que assegurou a continuidade revolucionária do Partido Comunista do Brasil, daí por diante com a sigla PCdoB.

Logo depois, com o desfecho do golpe militar de 1964, Amazonas e Maurício Grabois foram também os condutores da Guerrilha do Araguaia, acontecimento destacado da resistência armada contra o terror da ditadura militar, que se transformou numa página heroica da história do Partido e do povo brasileiro. Os comunistas, ao protagonizá-la, expressaram uma vez mais a radicalidade de seu compromisso com a democracia. A resistência do Araguaia elevou o ânimo da luta geral contra a ditadura.

Quebrou o mito de um regime que se proclamava intocável.

Transcorridos 40 anos, a resistência do Araguaia ainda é um tema recorrente da agenda política do país. Será uma das principais pautas da Comissão da Verdade, recentemente criada. E esta é uma herança afirmativa a mais que o Partido proporciona: prevenir para que, no presente e no futuro, o Estado brasileiro não cometa novas atrocidades e crimes hediondos contra os próprios filhos da Nação.

A composição da terceira geração foi alterada, entretanto, pelos desfalques em decorrência de vários dirigentes terem sido assassinados pela ditadura militar. João Amazonas, então, assumiu a liderança principal do coletivo dirigente. De 1975 até 1985, o Partido conseguiu acompanhar a evolução do curso político e tirar consequências do declínio progressivo da ditadura. Flexionou, no tempo certo, sua tática de enfrentamento ao regime. Soube apontar tanto a hora da contraofensiva quanto do desencadeamento da “ofensiva final” que ocorreu com as “Diretas Já” e a campanha pela vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Essa conduta ajudou a unir as forças democráticas e a começar conquistar a democracia em 1985.

No plano da tática política, desde o primeiro turno da memorável campanha presidencial de 1989, João Amazonas e o PCdoB apoiaram o líder operário Luiz Inácio Lula da Silva, e mantiveram o apoio ao PT em todas as suas futuras campanhas presidenciais.

João Amazonas assumiu papel relevante e predominante em momentos decisivos para existência do Partido Comunista do Brasil. Em dois períodos de exceção política da nossa história, a ditadura estadonovista e a ditadura de 1964, a direção central do Partido Comunista foi atingida profundamente, tendo que ser reestruturada. Em 1962, resultante do cume da luta ideológica, foram as ideias revisionistas e reformistas que tentaram liquidar a essência do Partido.

No 8º. Congresso do PCdoB, em 1992, quando esteve em pauta a débâcle do Leste europeu e da URSS, João Amazonas voltou a jogar papel importante. Afinal de contas estava novamente em xeque a continuidade política e ideológica da organização partidária fundada em 1922. Tratava-se de mais uma batalha de grande envergadura, que consistiu no enfrentamento dos novos desafios teóricos e ideológicos gestados no curso do colapso do socialismo na URSS e no Leste europeu, e do avanço e dominância global do capitalismo na sua etapa neoliberal.

Amazonas, já então com mais de 80 anos, dirigiu o labor teórico, ideológico e político do coletivo de quadros e militantes para enfrentar e vencer as consequências da derrota estratégica do campo socialista. Ele deu uma contribuição teórica relevante, dentre outras, ao restabelecer a categoria da transição para a construção do socialismo com particularidades nacionais. Componente importante da elaboração teórica de Lênin que havia sido relegado pelo dogmatismo. Amazonas, uma vez mais, cumpria tarefa determinante para a continuidade revolucionária do Partido.

Sua capacidade de enxergar a oportunidade dada pelas novas exigências políticas e ideológicas teve marca de descortino histórico e partiu para o “desengavetamento” do que de mais avançado criou-se desde então em matéria de teoria de transição ao socialismo, em países de capitalismo relativamente atrasados. Tratava-se das teses acerca da transição socialismo pela via do capitalismo de Estado elaborado por Lênin nos estertores do fim da Guerra Civil em 1921 e da implementação da Nova Política Econômica (NEP).

Amazonas percebe, de forma precisa, que a transição ao socialismo tende a ser mais prolongada do que a teoria convencional previa. Esta transição, a partir de Lênin, estaria – necessariamente – marcada por etapas determinadas, etapas estas que, segundo Amazonas, se tornariam uma lei objetiva da transição ao socialismo. Esta prolongada transição nada mais seria do que um longo processo de convivência entre o setor estatal e coletivizado, hegemônico, com diversas formas de propriedade privada e estatal mista e onde a planificação e o mercado conviveriam, com seus respectivos papéis de balizamento, regulação e mediação das relações econômicas em seus mais diversos níveis.

A convivência entre público e privado e entre mercado e planejamento – sob a égide de uma superestrutura de novo tipo – seja talvez uma necessidade diante de determinadas e complexas realidades como as do Brasil. Neste sentido, esta notável contribuição de João Amazonas também nos orienta no sentido de uma tática mais ampla e flexível. Mas também não menos radical. Uma estratégia clara e precisa. Onde e como queremos chegar, conforme o Programa atual do Partido, na sua definição de “caminho” e “rumo”. É no caminho brasileiro ao socialismo na expressão de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, que esta contribuição de João Amazonas ao nosso pensamento ganha concretude.

Em dezembro de 2001, convicto da possibilidade de vitória nas eleições presidenciais de 2002, o 10º Congresso do PCdoB aprovou uma plataforma de “reconstrução nacional”. Nesta ocasião Amazonas defendeu decididamente que só uma ampla frente, nucleada pelas forças de esquerda, composta por variado leque de forças políticas e apoiada por extenso movimento social, seria capaz de vencer e governar.

A chapa Lula-José Alencar materializava essa diretriz e se sagrou vitoriosa. O PCdoB, ao apoiar Lula em todas as suas campanhas e ao oferecer ideias programáticas e diretrizes táticas que se revelaram indispensáveis, deu contribuições relevantes à histórica vitória de 2002. Fato que o próprio Lula já enalteceu muitas vezes publicamente, sobretudo nas referências ao papel de João Amazonas, que não viveu para ver a vitória da campanha presidencial consumada no final de 2002.

Ainda neste ano – em novembro de 2012 – ano do nonagésimo aniversário do Partido Comunista do Brasil, haveremos de comemorar, com uma série de atividades, os Centenários de nascimento de João Amazonas e de Maurício Grabois, dois dos mais proeminentes dirigentes do Partido Comunista do Brasil.

Renato Rabelo é presidente nacional do PCdoB

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Internacional (hino dos que lutam pelo socialismo)

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, Patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
O crime de rico, a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores
Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Criada a UJS em Terezinha

A União da Juventude Socialista (UJS) em Terezinha, organização de jovens ligada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi fundada na tarde de 23 de maio de 2012 numa Reunião Plenária com a participação de mais de 20 jovens, além de convidados, membros do PCdoB em Terezinha. Também esteve presente na Plenária a dirigente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e membro da UJS/Pernambuco, Luana Lopes, que falou sobre a UJS e sua participação em movimentos políticos na História do Brasil, sempre ao lado das causas sociais e populares.
Foi mais um momento histórico na política terezinhense, onde um grupo de jovens inicia-se na Política fundando uma organização própria, independente, que segue o ideal do socialismo científico e traz a conscientização política à uma parcela da população que vive muitas vezes às margens dos acontecimentos econômicos, sociais, políticos e culturais.A UJS em Terezinha busca desenvolver nos jovens, além desse trabalho político-conscientizador, as artes, a cultura, os desportos, entre outras manifestações populares.
Luana Lopes da UJS Pernambuco e Adriano Campos (Presidente da UJS Terezinha)
A Direção da UJS em Terezinha ficou assim composta: Adriano Campos (presidente), Diego Santos (organização), Élton Vasconcelos (comunicação), além de Júlia Corado, Linaldo Ribeiro, Emanuel Messias, Nadya e  Leandro.
Direção da UJS Terezinha com Luana Lopes da UJS Pernambuco
Participantes da Plenária que fundou a UJS em Terezinha

sábado, 19 de maio de 2012

UJS em Terezinha!

Nesta quarta, dia 23 de maio, será realizada a Reunião Plenária para Fundação da União da Juventude Socialista (UJS) em Terezinha. É uma boa oportunidade para a juventude terezinhense se conscientizar e mudar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Comissão Política realizou nova reunião

A Comissão Política do PCdoB em Terezinha realizou na última sexta-feira nova reunião. No encontro, foram discutidos vários temas, entre eles a conjuntura atual e a posição dos comunistas terezinhenses em relação às Eleições Municipais de 2012.
A Comissão também está organizando todo o Partido em Terezinha para o Congresso de Fundação da União da Juventude Socialista (UJS) em Terezinha que se realizará em breve no nosso município. Este Congresso será uma oportunidade de levar à juventude propostas e ideias da UJS, organização ligada ao PCdoB, para Terezinha.



Da Redação.

A nação contra a usura


Luciano Siqueira *

São medidas corajosas as adotadas pela presidenta Dilma no intuito de destravar o crescimento econômico. Uma peleja entre a nação e a usura, que tende a clarear o cenário pondo em lados opostos, separados por um risco nítido e definitivo, a maioria da população versus o capital financeiro, este identificado como inimigo maior do povo e da na nação.


Os dados divulgados ontem pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) são animadores. Há uma queda importante, pelo terceiro mês consecutivo, dos juros cobrados por instituições financeiras de pessoas físicas e pela quarta vez para pessoas jurídicas, alcançando o menor nível desde 1995.

Segundo a Anefac, a taxa média cobrada de pessoas físicas ficou em 6,25% ao mês (106,99% ao ano), uma redução de 0,08 ponto percentual (p.p.) ante março, quando o juro médio cobrado foi 6,33% (108,87% ao ano). Das seis linhas de crédito avaliadas, apenas a taxa do cartão de crédito rotativo se manteve inalterada em 10,69% ao mês. Todas as demais foram reduzidas, inclusive para o empréstimo pessoal em bancos que passou de 3,84% ao mês na apuração anterior para 3,69% em abril.

Algum benefício para o consumidor? Sim. O comércio diminuiu em 2,05% a taxa média cobrada, passando de 4,87% ao mês, para 4,77%. O juro do crédito direto ao consumidor (CDC) para financiamento de automóveis caiu de 1,97% no mês em março para 1,94% no último levantamento. O cheque especial e o empréstimo pessoal em financeiras sofreram retração de 0,72% (8,34% para 8,28%) e 1,45% (8,26% para 8,14%), respectivamente.

E para os banqueiros? Estes nunca deixam de ganhar muito, mas é clara que sofrem uma baixa, que se reflete na queda do valor de suas ações negociadas no mercado cuja cotação cai diante da perspectiva de redução de lucros.

Tudo bem. Nada disso acontece sem o esperneio de analistas econômicos postados na grande mídia e sempre prontos a defender a política macroeconômica conservadora. Sempre há um senão, uma ameaça de efeitos negativos (para quem, cara pálida?) e quejandos.

E há o rebatimento político. Seguindo-se o roteiro estabelecido pela presidenta Dilma, a economia se aquece, expandem-se as oportunidades de novos investimentos e a oferta de novos postos de trabalho. E, por conseguinte, alarga-se a base social do governo.

Este é um fator importante a considerar no ambiente das eleições municipais que se aproximam. Seja nas plataformas de candidatos às Prefeituras, seja no discurso dos postulantes às Câmaras Municipais. Porque há uma conexão entre essas medidas do governo central e as condições de existência da maioria da população, inclusive das camadas mais populares.



*Deputado estadual pelo PCdoB/PE e membro do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prosa e Poesia: hoje poema de Vladimir Maiakóvski

Poema do revolucionário soviético Vladimir Maiakóvski

Fiz ranger as folhas de jornal

abrindo-lhes as pálpebras piscantes.

E logo

de cada fronteira distante

subiu um cheiro de pólvora

perseguindo-me até em casa.

Nestes últimos vinte anos

nada de novo há

no rugir das tempestades.



Não estamos alegres,

é certo,

mas também por que razão

haveríamos de ficar tristes?

O mar da história

é agitado.

As ameaças

e as guerras

havemos de atravessá-las,

rompê-las ao meio,

cortando-as

como uma quilha corta

as ondas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pravda (Verdade) completa 100 anos!

Cem anos do jornal Pravda, a voz da esquerda

Além da estante com alguns livros de Marx, o enorme retrato de Lênin com uma edição no Pravda em mãos é a primeira coisa que salta aos olhos ao entrar no escritório de Boris Komotski no oitavo andar da rua Pravda, em Moscou. É como se fosse possível imaginar tudo que se passava naquele momento.


Tanta coisa se passou desde aquele dia no qual, enquanto operários russos organizavam greves, era impresso o primeiro volume do jornal que ao longo dos anos tornou-se não só símbolo, mas voz crescente da esquerda soviética.

“Aqui trabalhava-se quarenta vezes mais. Havia um maquinário gigante em torno da redação, e trabalhávamos cotidianamente com grandes personagens, críticos e fatos importantes. Desde então muita coisa mudou”, conta.

Fechado em seu paletó escuro, Boris Komotski fala lentamente e interrompe a conversa a cada toque do telefone. Agora, daquela grande máquina que constituía o Pravda, restam apenas poucas engrenagens, porem igualmente sólidas e ativas: 15 pessoas na redação, seis colaboradores externos e 3 correspondentes internacionais. Nikolai Dmitrovitch Simokov é o mais antigo do grupo.

Hoje, aos 82 anos, Simokov folheia com orgulho a cópia original e empoeirada de 22 de junho de 1941, dia em que foi comunicada a entrada da Rússia na guerra. “Lembro-me como se fosse ontem”, diz, virando a página com cuidado.

Simokov passou 58 anos de sua vida naquela redação. “Veja”, diz, mostrando outra folha, “aqui, debaixo dessas poesias na página de cultura, selecionadas para a edição do dia, está escrito meu nome”.

Primeira edição do Pravda, datada de 22 abril de 1912 (pelo antigo calendário gregoriano, que corresponde a 5 de maio do atual calendário gregoriano)

O apoio ao Partido Comunista também resistiu à poeira do tempo. “O jornal ainda é o principal órgão de informação do PCFR, embora, obviamente, as coisas sejam um pouco diferentes”, explica Komotski, ajustando o paletó.

“Hoje somos a oposição e devemos dar um jeito de sobreviver.” As verbas são, é claro, provenientes do partido, e “junto a ele ainda luta-se contra o capitalismo, perseguindo os ideais de Lênin”.


O orgulho dos tempos áureos permanece vivo. A tiragem chegava a cifra de seis zeros – como em 1987, quando daquelas prensas saíram 11 milhões de exemplares –, enquanto, atualmente, são impressas apenas cem mil cópias.

Entre os leitores mais fiéis estão os trabalhadores, comunistas, seguidores do partido de esquerda. Também diversos jovens, de acordo com Komotski.

“Tenho, contudo, a impressão de que a impressa perdeu sua autoridade hoje em dia”, diz. “Escreve-se aquilo que quer, mas não serve mais a ninguém: as notícias são impressas, lidas, e caem no esquecimento. Era uma vez em que a notícia deixava para traz qualquer rastro de si.”

A censura é um capítulo à parte. “Ela existia e sempre existirá”, diz. “Pode-se agir de maneira oficial ou por vias indiretas, de forma mais velada. Mas não conseguimos nos livrar dela. Nem agora nem futuro.”

Komotski mostra com entusiasmo a grande edição comemorativa, que está nas bancas russas neste 5 de maio. “Trata-se de um jornal que fala sobre o próprio veículo”, explica, apontando para as provas de impressão. “Um daqueles exemplares que podem ser lidos agora, como também daqui a cinquenta anos.”

Na noite do centenário acontecerá ainda a cerimônia oficial na Salão das Colunas de Dom Soiuzov, palácio que foi sede dos encontros do Partido Comunista, com a presença de algumas autoridades, grandes veteranos e dos maiores expoentes do movimento.

Na primeira fileira, junto com os 20 representantes de jornais estrangeiros de esquerda – como o alemão “Unsere Zeit” e o espanhol “Mundo Obrero” –, estará, obviamente, Guennádi Ziuganov, atual líder do Partido Comunista.

“O futuro? É incerto”, conclui Komotski, continuando a folhear o esboço do exemplar para o grande dia. “Alguns gostam de brincar com cartas da nostalgia soviética. Mas sabe-se bem que não passa de teatro. Nós, contudo, ainda temos muita energia e recursos. E continuaremos seguindo em frente por muitos anos.”

Fonte: Gazeta Russa

sábado, 5 de maio de 2012

Terezinha pode ter mais eleitores que habitantes

Com uma população, segundo o IBGE, de 6 737 habitantes, Terezinha pode bater o recorde de eleitores nas eleições deste ano. Até o momento (pois as transferências e cadastro de novos títulos serão até o dia 9/5), segundo o Cartório Eleitoral em Bom Conselho, já estão aptos a votar em 2012 5 959 eleitores.
O caso é preocupante, pois, se compararmos com as últimas eleições municipais, em 2008, o aumento é de mais de 1000 votos (em 2008 estavam aptos a votar 4 823 eleitores). Se compararmos com 2004, o absurdo é ainda maior! Em 2004 estavam aptos a votar 4 819 eleitores. Entre 2004 e 2008 a diferença foi de apenas 4 votos para mais.
A Justiça Eleitoral precisa investigar o porquê de tamanho aumento. Nesta lógica, este ano, irão votar em terezinha crianças e mortos.

5 de maio de 1818, nasce Karl Heinrich Marx!

Por Clóvis Manfrini

Karl Marx nasceu na cidade de Treves, Alemanha, há 194 anos. Foi o maior cientista social de todos os tempos, fundador do materialismo histórico e dialético, que juntamente com seu amigo Friendricih Engels fundou o Socialismo Ciêntífico, a Teoria que leva a humanidade ao sistema de produção Comunista, uma sociedade sem classes sociais, sem exploração, justa e fraterna.
Marx têm milhares de textos escritos, sozinho e em parceria com Engels, entre eles a principal obra da Economia Política, mais atual que nunca, O Capital. Em O Capital Marx faz uma crítica científica do modo de produção capitalista e comprova suas contradições e sua inadequação para a sociedade humana. Baseado na mais-valia (relativa ou absoluta, roubo do trabalha alheio pelo capitalista ou empresário), o sistema de produção capitalista produz riquezas que ficam concentradas nas mãos de poucos, enquanto a maioria do povo precisa vender sua única riqueza: o trabalho.
Karl Marx, além de pesquisador brilhante e escritos singular, também foi um militante comunista exemplar, um dos fundadores da Associação Internacional dos Trabalhadores (Primeira Internacional, o primeiro partido político operário baseado em um programa científico).
Marx também foi jornalista e viveu sempre perseguido pela burguesia. Viveu na Alemanha por muito tempo, mas também em Bruxelas e Paris, sempre correndo dos seus algozes. Morreu em Londres onde seus restos mortais estão até hoje.
Após a sua morte, seu legado de vida e obra entrou para a história como Marxismo, uma Teoria social, econômica, cultural e científica que visa a derrubada do sistema capitalista e a implantação do socialismo como etapa preliminar da sociedade comunista.
Marx vive nos corações e mentes dos que vivem por uma Causa, a Causa da Revolução Socialista!

Viva Karl Marx!
Viva o Socialismo!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

1º de Maio: PCdoB e o Dia Internacional dos Trabalhadores

Se existe um Partido que pode estar junto dos trabalhadores, comemorando e lutando no 1º de Maio, este é o Partido Comunista do Brasil. Em seus 90 anos de história, o PCdoB sempre vem lutando pela classe operária, pelo proletariado, pelos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Portanto, o Partido da classe trabalhadora é o PCdoB, é o Partido que pode gritar bem alto: Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!
Homenagem do PCdoB em Terezinha à todos os trabalhadores e trabalhadoras terezinhenses.

sábado, 21 de abril de 2012

PCdoB reafirma identidade comunista e marxismo-leninismo

“Este Seminário – PCdoB 90 Anos: história, legado, lições e alternativa socialista – é o último evento da série comemorativa do 90º aniversário do Partido. Realizamos no mês de março um grande ato político e cultural no Rio de Janeiro, uma Sessão Solene do Congresso Nacional em Brasília, uma exposição iconográfica da história do Partido, um Programa Nacional de Rádio e TV que foi ao ar em rede nacional” – disse Renato Rabelo na abertura do seminário  nesta sexta (20), em São Paulo.
Renato expôs os objetivos do seminário: analisar e debater a história do PCdoB e discutir acerca da perspectiva contemporânea do socialismo, no contexto da grave crise estrutural do capitalismo, e retirar lições fundamentais da rica experiência do Partido.

“Consideramos ser o PCdoB atual a resultante dessa extensa história de nove décadas. Hoje o PCdoB é a expressão do imenso legado transmitido pelas sucessivas gerações que conformaram a história do Partido Comunista do Brasil” – disse o presidente nacional ao reivindicar o conjunto da história de 90 anos do Partido, cujo legado está nas mãos do PCdoB.

Rabelo referiu-se ao documento sobre a história do Partido, aprovado há poucos dias pelo Comitê Central, destacando a contribuição que os comunistas deram para a construção do Brasil e ressaltou: “Não se pode entender a história do Partido Comunista do Brasil sem entender a história do Brasil, mas também não se pode entender a história brasileira sem ter em conta a ação dos comunistas”.

Renato fez uma defesa enfática da identidade comunista, da ideologia marxista-leninista e do caráter de classe do Partido. “O PCdoB afirmou-se como uma corrente marxista-leninista – tendência revolucionária de interpretação e aplicação do pensamento de Marx no século 20. Reafirmou sempre sua identidade comunista e o seu caráter de classe como partido da classe trabalhadora e do povo. Para isso, sublinhamos dois marcos decisivos na sua história: a reorganização do Partido Comunista do Brasil em 1962 e a reafirmação do caminho revolucionário e da sua identidade comunista no triênio 1989 – 1991, marcado pela queda dos governos no Leste europeu e pelo fim da União Soviética.

Por fim, o presidente do PCdoB, destacou que atualmente o partido está em expansão, com elevado prestígio e influência entre os trabalhadores e o povo. Um partido que manteve seu rumo, conseguiu formular uma linha básica coerente com sua perspectiva histórica transformadora, na via do socialismo para as condições peculiares do Brasil.

Cerca de duzentos quadros do PCdoB acompanham atentos as intervenções de José Luís Del Royo, Marly Viana, João Quartim de Morais, Aldo Rebelo, Haroldo Lima, Renato Rabelo e representantes dos Partidos Comunistas do Vietnã, Cuba e China, além do PSUV venezuelano. O seminário prosseguirá também no sábado. No encerramento será lançado o livro com o documento aprovado pelo Comitê Central sobre a história do Partido.

Da redação

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Emanuel Alves é o novo presidente do Sindicato Rural de Terezinha

O jovem Emanuel Alves, membro da Comissão Política do PCdoB em Terezinha, é o novo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terezinha (STR).
Com o comparecimento de 325 filiados (num total de 516 com poder de voto), ou seja, ultrapassando o quórum mínimo que era de 50% mais 1 para a eleição ser legalizada, a Chapa Única com Emanuel (Presidente) e Antelmo (Vice) recebeu 319 votos a favor e somente 6 votos em branco, dando larga margem de aceitação dos trabalhadores à nova Direção.
Após o resultado oficial, depois de um dia de trabalhos, o novo presidente agradeceu pelo apoio recebido dos trabalhadores rurais terezinhenses e destacou a presença dos camaradas do PCdoB que estavam presentes durante todo o dia. Também prestigiaram o evento sindicalistas de outras cidades, assim como membros da Direção Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (FETAPE).
O PCdoB em Terezinha parabeniza o camarada Emanuel Alves neste novo desafio em sua vida e deseja todo o sucesso à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terezinha (STR).
 Viva a Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras do campo!
Viva o PCdoB!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ações do deputado estadual Luciano Siqueira (PCdoB)

Questão trabalhista em Suape é motivo de debate na Alepe


A Assembleia Legislativa de Pernambuco sediou na manhã desta quarta-feira (18) audiência pública para debater questões trabalhistas em Suape.

O evento foi proposto pelo deputado estadual Luciano Siqueira (PCdoB), que afirmou a importância de discutir as leis trabalhistas para que o estado não cresça unicamente no PIB. Estiveram presentes principalmente trabalhadores, representantes sindicais e advogados trabalhistas.

Luciano disse estar satisfeito com com audiência. De acordo com o deputado, o encontro serviu para deixar a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) a par do diagnóstico da situação dos trabalhadores de Suape.

As denúncias dos trabalhadores vão desde distorções salariais, demissões por justa causa sem provimento legal e cerceamento de sindicatos até casos máximos de abuso como ameças que o Movimento dos Porteiros está sofrendo por vigilantes armados.

Leonardo Mendonça, representante do Ministério Público do Trabalho, recomendou que os sindicatos movessem ações contra as empresas, já que muitas das indicações caberiam processos.

André Negromonte, superintendente regional do MPT, afirma que o corpo de auditores fiscais do ministério é insuficiente para dar conta da demanda do ambiente de Suape e, muito menos, de Pernambuco. O MPPE também necessita de mais mão de obra.

Foi sugerido que a Comissão de Cidadania e Direitos humanos visitasse Suape para interagir com as empresas vinculadas ao assunto, para que se corrija os abusos.

"Pensamos em duplicar o PIB de Pernambuco a médio prazo e Suape é o carro-chefe dessa expansão econômica. Precisamos de sindicatos fortes, Assembleia Legislativa e Ministério Público atentos para as necessidades dos trabalhadores", concluiu Luciano.

Fonte: Blog do Jamildo (http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2012/04/18/questao_trabalhista_em_suape_e_motivo_de_debate_na_alepe_129453.php)

PCdoB: um novo jeito de fazer Política em Terezinha

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha está se concretizando como uma nova alternativa na maneira de se fazer Política no município. O PCdoB, ao contrário da maioria dos outros partidos, vem realizando encontros, ouvindo suas bases, discutindo ideias e elaborando projetos políticos que possam - de fato - transformar a realidade social, econômica e cultural do nosso município. São projetos concretos, baseados na realidade; não sendo apenas promessas, típicas em época de eleição.
Aplicando um dos seus príncípios básicos, o centralismo democrático (onde todos os membros do Partido tem voz, vez e voto), o PCdoB não dita ordens ou resoluções. As lideranças que dirigem o Partido não impôem de cima pra baixo o que pensam ou que querem, tudo é feito com ampla participação democrática, infelizmente, práticas pouco conhecidas em nossa realidade.
O PCdoB em Terezinha foi formado, em sua grande maioria, por pessoas comuns (que não são políticos profissionais), que acreditam que é possível sim mudar a forma de se fazer Política, de se disputar uma eleição. São pessoas que acreditam que práticas nefastas na nossa "cultura" como compra de votos, troca de favores, entre outras, sejam eliminadas para sempre em Terezinha. Estas pessoas que constróem o PCdoB em Terezinha, tijolo por tijolo, e muitos que já aderiram e vão aderir a esta ideia, acreditam que sim, PODEMOS E DEVEMOS MUDAR esta realidade.
O PCdoB em Terezinha inova, traz um componente moderno à Política terezinhense.
O PCdoB é jovem, apesar dos seus 90 anos de história de Luta e busca trazer para nosso município a União da Juventude Socialista (UJS), uma organização de jovens comunistas, uma escola para a Política. Esta JUVENTUDE pode e deve entrar na Política, debater ideias, elaborar projetos e participar ativamente para que em Terezinha o processo seja cada vez mais democrático e transparente. Que seja um Projeto de futuro, concreto e não somente um sonho.
Participe deste momento histórico! Venha para o PCdoB!

Clóvis Manfrini
Secretário de Organização do Comitê Municipal (Provisório) do PCdoB em Terezinha

sexta-feira, 13 de abril de 2012

União da Juventude Socialista (UJS)

Mas afinal o que é UJS?

O QUE É UJS

A UJS (União da Juventude Socialista), é uma organização que congrega jovens de até 29 anos que não concordam viver em um mundo capitalista selvagem que desrespeita a vida e a justiça, que perpetua tamanha desigualdade social, que condena à morte crianças na África, ou mesmo no Brasil, enquanto multimilionários concentram mais de 50% das riquezas mundiais. A UJS repudia uma sociedade onde os valores são distorcidos, onde a juventude rende-se à alienação, futilidade do consumismo e à apatia política.

Nós lutamos por uma sociedade mais justa que de oportunidades a todos sem distinção racial, social ou político-ideológica, que cultive valores pertinentes às características naturais dos homens tais como: solidariedade, censo de justiça e tolerância. Nessa sociedade as pessoas serão reconhecidadas pelo que realmente são e não pelo que possuem ou aparentam possuir. Onde não haverá um ditador, mas sim uma verdadeira democracia.

Para chegar a tal sociedade, a UJS defende a implantação do socialismo científico no Brasil, mas antes de mais nada depende de sua ajuda, (veja filiação), e lembre-se que a força está em nossas mãos.

NOSSAS AÇÕES

A UJS participou e organizou inúmeras campanhas tais como: O Fora Collor, o Voto aos 16 Anos, campanha do emprego para a juventude dentre diversas outras não menos importante. Hoje a UJS faz campanha contra a menor idade penal, contra a corrupção na política, pelo impeachment de FHC e pela reserva de 50% das vagas das universidades públicas para alunos oriundos de escolas públicas, além de várias manifestações que representam os direitos dos jovens em todo país. VEJA MAIORES INFORMÇÕES SOBRE NOSSAS AÇÕES NO RESUMO HISTÓRICO.

RESUMO HISTÓRICO DA UJS

1984, Brasília, ainda era tempo da ditadura das fardas militares, pelo país, a campanha pelas "Diretas Já" mobilizava milhões de pessoas, fazendo soprar os ventos da redemocratização.Na Assembléia Legislativa de São Paulo, centenas de jovens do país inteiro se encontraram no dia da juventude, 22 de setembro. O manifesto lido na tribuna, anunciava: "Somos jovens, operários, camponeses, estudantes, artistas, intelectuais, buscamos o futuro e a liberdade, os direitos que nos são negados, a esperança banida, a vontade subjugada...". Aqui começa a história da União da Juventude Socialista.

1985, foi no Ginásio de Esportes Tarumã, em Curitiba, que aconteceu o 1º Congresso Nacional da UJS. Delegações de todos os estados chegaram trazendo animação e vontade de participar.O congresso superou as expectativas, rolaram debates, shows, teatros e muita confraternização.No final, foi aprovada a campanha nacional por "emprego, esporte e cultura".

1986, a cidade de Vitória, no Espírito Santo, sediou o II Congresso Nacional da UJS. Entre as atividades esportivas e debates, os participantes trocavam experiências sobre a UJS.O Congresso foi marcado pelo debate sobre as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, convocada para aquele ano.Emprego, serviço militar e direito de voto aos 16 anos estavam presentes em quase todos os discursos.O congresso registrou um grande crescimento da participação dos estudantes, principalmente secundaristas.

1987, o país começava a ser repensado pela Assembléia Nacional Constituinte. Aracaju recebeu centenas de jovens do país inteiro, que foram participar do III Congresso Nacional da UJS.Na pauta, a necessidade de superar a discussão gerada pelas eleições do ano anterior e retomar a iniciativa política.Nos intervalos, música e poesia tomavam os corredores da Universidade Federal, onde acontecia o congresso. As resoluções definem o desafio: elaborar um programa da juventude para trabalhar e reorganizar as direções estaduais e núcleos. São dados os primeiros passos para aquela que seria a maior campanha da entidade: a conquista do voto aos 16 anos.

1988, o IV Congresso Nacional ocorre em Petrópolis, contando com cerca de 1500 jovens. Fortalecida pela aprovação do voto aos 16 anos, a UJS realiza um grande ato político e o congresso pulsa crescimento. A programação é a combinação de debates político, painéis temáticos, atividades culturais e muita animação. Nas resoluções, o desafio de aprovar de maneira definitiva o voto aos 16 anos e de participar da campanha das diretas em 1988. O encerramento do congresso foi um show em praça pública. Durante todo o primeiro semestre a entidade se mobilizou pêlos estados e em Brasília. O bloco conservador, denominado "centrão", é contra o voto aos 16, apesar disso, o direito é aprovado no primeiro turno. A votação definitiva foi no dia 17 de agosto.

1989, logo no início do ano, a UJS lança um documento chamado "Quem é o inimigo, quem é você", defendendo a unidade dos partidos e juventudes de esquerda em torno de uma candidatura a presidência da república. Divulgado amplamente, o documento foi bem acolhido pelas organizações políticas mais avançadas. Ao lado desta movimentação, a UJS dá continuidade a campanha "voto aos 16", convocando os jovens para tirarem seus títulos eleitorais e a participarem da eleição para presidente da república. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral e com tribunais regionais, a UJS procura facilitar a tirada do título. Em vários estados, ocorrem os arrastões em escolas e bairros para levar a juventude até os locais autorizados. Noutros em que os tribunais se mostraram mais acessíveis, funcionários credenciados acompanhavam o movimento da UJS e recebiam a solicitação do título na própria escola. A UJS chamava os jovens para se transformarem em eleitores e para votarem na oposição, buscando aprofundar a democracia e ampliar os direitos sociais.

1990, mais consciente das dificuldades políticas, a Coordenação Nacional da UJS busca redimensionar suas atividades, procurando aglutinar os militantes e enfrentar o debate de idéias. Em março, a UJS de São Paulo realiza o festival da Juventude, com atividades esportivas, cultural e de lazer. Além do político local, vários estados participaram, remando contra a maré neoliberal "collorida", a UJS realiza a campanha CURUPIRAS em defesa dos povos e da floresta amazônica. Cartazes, adesivos e um manifesto eram instrumentos do movimento. A UJS realiza em Belém, o encontro latino-americano em defesa dos povos e da floresta amazônica, que contou com cerca de 180 participantes e com presença de entidades e personalidades ligadas ao tema. A UJS faz parte da executiva do fórum brasileiro de ONG`s preparatório para ECO 92, na qual ela é representante da juventude.

1992, a ECO 92, realizou vários eventos promovidos pela ONU, e se torna referência brasileira no movimento ambientalista. O evento paralelo corre sob coordenação da UJS, entidades do mundo inteiro participavam da atividade, que questiona o encontro oficial. Na manifestação realizada contra os chefes de estado, a UJS é presença destacada.

1993, apesar do crescimento da força da juventude, a ação própria da UJS enfrenta alguns problemas. Foi um período de dificuldades políticas e materiais, mesmo assim a UJS participa do plebiscito nacional defendendo o parlamentarismo, organizou a greve nacional pelo primeiro emprego para a juventude, atuou contra a tentativa de aprovação da imputabilidade criminal para jovens de 16 anos.

1994, a UJS realiza seu VII Congresso Nacional, no mês de abril, em Salvador. Nele é debatida a atualização do manifesto da entidade. O texto aprovado como base é o "Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". É debatida uma plataforma para as eleições presidenciais e a defesa de uma frente popular, contra a candidatura de FHC. Da plataforma juvenil, contam a questão da violência, educação, trabalho, cultura, esporte, lazer, ecologia, drogas, mulher, saúde, participação política e serviço militar opcional.

1995, no mês de fevereiro, em Maceió, a UJS realiza o "Seminário Nacional - Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". Ali é aprovado o manifesto da UJS.

1996, o VIII Congresso é um marco na história da UJS, todos os militantes voltaram suas energias para o congresso. Com tema "Emprego para juventude". A abertura já havia demonstrado o respeito e o que a entidade desfruta no meio da juventude e dos setores políticos. O texto de apresentação da uma nova fase afirma: "A UJS entra numa nova fase a partir desse VIII Congresso Nacional. Depois do lançamento em 1984, a nossa entidade se desenvolveu bastante, participou de várias lutas, realizou campanhas e várias atividades."

1997, A UJS define 1997 como o "Ano Che Guevara", em função dos anos 30, da queda em combate do líder guerrilheiro. Por ser identificado com a rebeldia e com luta pelo Socialismo, Che, no Brasil e na América Latina, é um grande exemplo para a juventude. E foi nesse sentido que a UJS procurou resgatar sua história. A campanha contagia a UJS no país, cartazes, adesivos, bandeiras e camisetas são produzidos e alguns debates sobre o "Ano Che". A UJS ocupou um espaço tão importante nas homenagens, que na matéria espacial que o programa Fantástico da Rede Globo produziu, os militantes da entidade foram convidados para falar. A UJS atuou com destaque no comitê contra a reeleição de FHC e nas mobilizações contra a privatização das estatais, como a Companhia vale do Rio Doce. A entidade se ocupa também com os preparativos para o XIV Festival Mundial de Juventude, no mês de Julho, em Cuba. A delegação brasileira com cerca de 400 jovens. Mais de 130 eram da União da Juventude Socialista. No evento estão presentes dezenas de países e a presença da UJS é marcante em todos os debates, nas atividades culturais e nos contatos com outras organizações. Durante o festival, a direção nacional é convidada pela União dos Jovens Comunistas de Cuba, para uma reunião de amizade.

1998, precedido de assembléias estaduais de núcleos, no mês de abril acontece o IX Congresso Nacional, no Tuca, em São Paulo. Os delegados presentes aprovam o novo manifesto da UJS "Socialismo com a nossa cara". A resolução sobre eleições afirma: "não aceitamos a negação dos nossos direitos, a perda da Soberania Nacional e os ataques à democracia que representa o governo FHC. Por isso, a UJS deve participar ativamente das elisões combatendo a candidatura de FHC e seus aliados". Consta no documento também, uma plataforma juvenil, na qual se destaca a questão do emprego para a juventude, e têm propostas para a educação, ciência e tecnologia; cultura, esporte, lazer, terra, saúde, meio ambiente, cidadania, violência, drogas e crianças e adolescentes. Durante a batalha eleitoral realizou-se a primeira fase da campanha "Sem emprego não dá". Tivemos presença destacada nas atividades eleitorais em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em outros estados. A UJS promove em conjunto com a UNEGRO e o Movimento Negro Unificado, o II encontro da Juventude Negra e Favelada, em BH. Ampliou seu contato com jovens da periferia e começou a participar do movimento HIP-HOP. Promoveu em conjunto com a CSC, o Encontro dos Jovens trabalhadores Socialistas

1999, a UJS se filia e é eleita para o Conselho Geral da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD). Além disso, participou das atividades em Portugal, no Chile e em Cuba. Com a bandeira do "Fora FHC" a UJS lança junto com Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania, um abaixo-assinado pedindo a CPI para o presidente no caso Telebrás. Desde o início e uma das organizações da "marcha dos 100 mil" Dela participou com destaque. A UJS chega aos seus 15 anos, tendo coordenações em 17 estados, sendo a força mais influente na UNE, na UBES, na ANPG e atuando no Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania. Conhecida e reconhecida pela juventude e pêlos movimentos sociais como organização da luta pelos direitos juvenis, pela democracia e pelo socialismo. A UJS é a única organização política e ideológica juvenil com 16 anos de existência no país. Desde que surgiu é personagem principal na história de luta da nossa juventude. Mesmo com toda a onda do "pensamento único" neoliberal e dos ataques ao Socialismo, ela mobiliza milhares de jovens contra o capitalismo e em torno da idéia de um socialismo com a cara da juventude e do Brasil. Socialismo que nascerá da luta unitária do povo e que inaugurará a república dos trabalhadores. Com 16 anos de idade, a UJS acumula o melhor da experiência da juventude brasileira, sua garra e disposição de luta.É tanta história feita, e tanta coisa ainda por fazer. Desafios não faltam, agora, o governo Fernando Henrique Cardoso cai na desmoralização e a juventude ocupa a linha de frente do movimento que quer "Fora FHC" e um novo rumo para o país. Outros desafios, outras pessoas, mas a mesma certeza que motivou os mais de 600 jovens que fundaram a UJS em 1984, como dizia o primeiro manifesto: "não temos futuro no mundo capitalista, mesmo porque o capitalismo não tem futuro no mundo...". O manifesto atual completa:"... aqui, na UJS, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verdes, amarelas e nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e justa. Nos 16 anos da UJS, viva a Juventude Socialista tem mais, a UJS tem atividades em torno da luta da mulher jovem, do movimento negro, dos jovens desempregados do movimento comunitário, participa de várias torcidas organizadas e de tantas outras áreas e movimentos que a juventude se faz presente.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Este é o meu Partido!

Guiomar Cordeiro: “Meu pai deu a vida ao Partido Comunista”

Passo firme, sorriso aberto e muita história pra contar. Aos 87 anos, Guiomar Cordeiro de Oliveira recebeu o Vermelho/CE para falar da sua história de luta, da atuação comunista e de seu grande exemplo: o pai. Pedro Teixeira de Oliveira, conhecido como Pedro Rufino, foi um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil, em Camocim, e é até hoje um dos maiores símbolos comunistas cearenses.
Única filha mulher de Pedro Rufino, Dona Guiomar tem da infância lembranças da companhia do pai nas passeatas, comícios e reuniões que ele participava. “Eu era pequena, não entendia muito, mas sempre o acompanhava”. Mas as recordações também são dolorosas. “Ele foi preso onze vezes, apenas por ser comunista e lutar pelo direito dos trabalhadores e do povo da região. Muitas vezes ia deixar a comida dele na prisão, ficava na delegacia fazendo companhia e quando voltava, chorava de saudade”, relembra. Na escola, quando ouvia brincadeira dos colegas por conta das prisões, a resposta tinha na ponta da língua. “Ele não é ladrão. Foi preso porque defende os direitos dos pais de vocês”.

Não foram poucas as vezes que Dona Guiomar presenciou a prisão do pai. “Ele era comerciante, tinha um bar e atendia a clientela noite adentro. Uma vez, tarde da noite, ao chamar minha mãe para abrir a porta, foi surpreendido pela polícia que já o aguardava de tocaia. Não pode nem entrar para pegar roupas”, recorda.

Pedro Rufino filiou-se ao Partido Comunista do Brasil em 1928, ano em que fundou o Partido em Camocim. Liderança destacada, sempre lutou pelos direitos dos trabalhadores e das pessoas da região. “Meu pai nunca foi empregado de ninguém, então colocou um comércio. Ele não aguentava abuso de patrão e por isso defendia tanto os trabalhadores”, ratifica Dona Guiomar.

Foram inúmeras as participações de Pedro Rufino que marcaram o movimento popular em Camocim. “Onde ele chegava, era logo cercado. Meu pai era muito querido por todos. Mercado, estação de trem, construção civil, todo mundo recorria a ele quando precisava de alguma coisa”. Dona Guiomar cita um incêndio que aconteceu numa localidade próxima e Pedro Rufino saiu em defesa da vítima. “Ele veio a Fortaleza, falar pessoalmente com o Governador, para garantir o ressarcimento dos bens”.

Nas passeatas do 1º de Maio e na greve geral de 1949, ele também era destaque. “Outra data de muito discurso e festa era o dia 3 de janeiro, dia em que comemorávamos o aniversário de Luis Carlos Prestes. O dia já amanhecia com foguetório na cidade”, sorri ao relembrar. A luta pela manutenção da estrada de ferro foi outra bandeira encabeçada por Pedro Rufino. “Foram meses se dedicando a esta causa. Dia e noite, ele estava atuando, mobilizando as pessoas para garantir que a estrada de ferro não fosse retirada de Camocim. Teve até a visita de ministro na cidade e conseguimos adiar por quase 30 anos esta decisão. Saímos vitoriosos”, comemora Dona Guiomar.

Companheira de lutas do pai

Já mocinha, Dona Guiomar além de acompanhar Pedro Rufino nas atividades, também passou a participar dos debates. “Gostava de conversar com ele porque sei que o que dizia era o certo. Eu fazia até discursos nos comícios, sempre seguindo o mesmo caminho do meu pai”.

Dona Guiomar casou bem jovem, aos 15 anos. Por um tempo morou em Parnaíba (PI), mas sempre com vínculos em Camocim. Após oito anos, volta para a cidade natal e começa a atuar na defesa dos direitos das mulheres. “Fui presidente da União Feminina de Camocim. Realizávamos reuniões aos domingos para discutir as necessidades das mulheres da região. Nossa sede era bem movimentada e a participação empolgava. Muitas vezes vim a Fortaleza para representar a entidade nos encontros da capital”. Dentre as demandas, leite para as crianças carentes e melhoria das escolas. “A gente também se integrou na campanha ‘O Petroleo é nosso’. Saíamos para colher assinaturas”, relembra.

Dona Guiomar já tinha os quatro filhos quando Pedro Rufino foi eleito vereador, em 1948. Apesar de comunista, foi pelo Partido Republicano que conseguiu concluir o mandato, sigla que abrigou os comunistas no Ceará depois de o Partido Comunista entrar na ilegalidade.

A atuação de Pedro Rufino na Câmara Municipal de Camocim foi marcada por posições firmes e muita polêmica, principalmente por ir de encontro aos interesses das famílias tradicionais da política local. Como parlamentar fez parte das Comissões de Legislação, Educação e Cultura, Comissão de Saúde Pública e Assistência Social e Comissão de Redação. “Ele contribuiu na redação do regimento da Câmara de Camocim que está em vigor até hoje”, ratifica Dona Guiomar, orgulhosa.

Um fato que hoje arranca sorrisos de Dona Guiomar era a conduta do Vereador Alfredo Coelho. “Ele faltava sessões e pedia licenças constantes porque não queria ter o desprazer de dividir o mesmo lugar com meu pai nem ser chamado de colega por um comunista”. Além de vereador, Pedro Rufino foi ainda Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Camocim e de outras entidades e associações ligadas aos movimentos sociais da região. Ele faleceu em 18 de outubro de 1973, em decorrência de problemas cardíacos.

Filiada há mais de 50 anos ao Partido Comunista, Dona Guiomar continua com a convicção de defender as ideias de Pedro Rufino. “A lição que ele me deixou foi de fazer o bem, defender o povo e trabalhar muito em benefício da melhoria de vida das pessoas. Meu pai deu a vida ao Partido Comunista e em defesa de sua causa e nada era mais importante para ele que as ações do Partido”.

Uma das pioneiras na luta em defesa dos direitos da mulher, Dona Guiomar comemora o fato de uma mulher ter sido eleita Presidente do Brasil pela primeira vez. “Ela é corajosa e muito inteirada das coisas. Torço que continue nossa luta e faça um grande governo, com democracia e sem corrupção. Eu estou do lado dela”, ratifica.

Liderança destacada e referência comunista no Ceará, Pedro Rufino foi responsável pelo fortalecimento do Partido no Estado. Atualmente, o PCdoB elegeu um Senador (Inácio Arruda), dois Deputados Federais (Chico Lopes e João Ananias), um Deputado Estadual (Lula Morais), além de administrar várias prefeituras cearenses. Questionada sobre o que o pai acharia deste crescimento, Dona Guiomar é enfática: “Ele estaria muito feliz e batalhando para o Partido crescer ainda mais. Quem sabe até ele mesmo chegar a estes cargos”.

Apesar da idade avançada, Dona Guiomar ainda acompanha reuniões do Partido e participa de eventos, como na solenidade em comemoração aos 90 anos de fundação do PCdoB ( na foto com Renato Rabelo, presidente do partido), momento em que a atuação de Pedro Rufino foi destacada como um dos comunistas pioneiros no Ceará. “Até quando puder, vou continuar a luta de meu pai, na defesa dos trabalhadores, das mulheres e dos direitos do povo”.

Com atuação voltada para a juventude e para as mulheres, Dona Guiomar deixa um recado para os comunistas enfatizando a necessidade de o povo se organizar e da união de todos. “É aquele velho ditado: uma andorinha só não faz verão. Devemos atuar com união e organização, trabalhando pela defesa dos direitos das pessoas e sempre com um olhar voltado para o futuro”, defende.

De Fortaleza,
Carolina Campos

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Etapa estadual da Consocial começa hoje em Recife

Tem início hoje a Etapa Pernambuco da 1ª Conferência Sobre Transparência e Controle Social (CONSOCIAL), realizada até a próxima quarta-feira, em Recife.
Consocial-site-foto-da-principal
O Governo do Estado dá início, hoje (02.04), à 1ª Conferência Estadual sobre Transparência Pública e Controle Social de Pernambuco – Consocial, que aborda o tema “A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública”. O evento segue até a próxima quarta-feira (04.04).
Um dos palestrantes será o deputado estadual pelo PCdoB Luciano Siqueira, que falará sobre a transparência e o controle sobre gastos públicos.

Apesar de ter realizado a Etapa Municipal em Terezinha, o município não enviou delegados para a Etapa Estadual.

Mais informações: http://www.consocialpe.com.br/

sábado, 31 de março de 2012

1º de abril: Dia da Verdade!

Foi num 1º de abril de 1964 que militares e civis ligados à burguesia e ao imperialismo deflagaram o Golpe de Estado de 1964, iniciando 21 anos de uma Ditadura Civil-Militar que perseguiu, prendeu, torturou e assassinou milhares de brasileiros que lutavam pela democracia, pela liberdade e pelo socialismo.
Os ditadores governaram através de decretos, os Atos Institucionais, fecharam o Congresso e criaram um bipartidarismo artificial, onde o povo - mais uma vez - ficava fora das decisões. Foi uma época de censura, onde crimes, atos de corrupção, traição da pátria, ficavam impunes. Foi um tempo onde torturadores, covardes, vermes asquerosos, realizavam ações das mais odiosas contra homens, mulheres e até crianças (muitas sequestradas dos pais presos e desaparecidos).
Temos que sempre lembrar este negro 1º de abril e lutar pela Comissão da Verdade que irá punir com o rigos da lei os que anda estão por aí, posando de vítimas, mas que na verdade não passam de carrascos do povo brasileiro.
O PCdoB pagou com o sangue de muitos camaradas, abatidos pelas forças da repressão, mas, sobreviveu e hoje continua sua luta pela liberdade e pelo socialismo.
Aos camaradas revolucionários que tombaram no combate contra a Ditadura implantada em 1964, vai nossa homenagem: Camaradas mortos e desaparecidos, Presente!