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quarta-feira, 27 de junho de 2012

PCdoB é "Por Amor a Terezinha", é Alexandre 22

Num clima de muita festa e emoção, com ampla participação popular, o PCdoB em Terezinha participou - juntamente - com PR, PSB, PTB e PSD da Convenção que homologou as candidaturas de Alexandre Martins (PR) à prefeito e Arnóbio Gomes (PSB) à vice, além de 20 candidaturas à vereador, entre elas as candidaturas do PCdoB Adriano Campos e Clóvis Manfrini.
O PCdoB vive em Terezinha um momento histórico, participando pela primeira vez de um processo eleitoral e com grandes chances de êxito.
A luta continua!

Foto: http://www.claudioandreopoeta.com.br/

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Comissão Política do PCdoB se reuniu e decidiu suas pré-candidaturas em Terezinha

A Comissão Política do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha se reuniu ontem, 13, e definiu seus pré-candidatos a vereador. Os pré-candidatos escolhidos pelo PCdoB são Adriano Campos (professor e estudante universitário na UPE), Clóvis Manfrini (radialista/jornalista, com formação superior pela UFPE, atualmente coordenando a biblioteca pública municipal) e Lourenço Vieira (ex-Conselheiro Tutelar e atualmente trabalhando no serviço público estadual).
O PCdoB integrará, juntamente com o PTB e PSD, uma das coligações proporcionais que vão apoiar a reeleição do prefeito Alexandre Martins (PR).
Na reunião, o Partido aprovou, por unanimidade, seu Programa Para Terezinha, onde destaca ideias e projetos para o desenvolvimento do Município.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Orlando Silva (PCdoB) é inocentado pelo Conselho de Ética da Presidência

A Comissão de Ética da Presidência da República absolveu nesta segunda-feira (11) o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, da denúncia sobre supostas irregularidades no Programa Segundo Tempo. O processo foi aberto em 17 de outubro, baseado em notícias publicadas na revista Veja. Em entrevista dada após a reunião que tomou a decisão, o presidente Sepúlveda Pertence informou que “a Comissão arquivou a denúncia contra Silva por absoluta falta de provas”.


Luis Ushirobira/Valor
Orlando Silva Orlando: "Primeira vitória na defesa da verdade"
Orlando Silva, em entrevista ao Vermelho, disse que essa foi a “primeira vitória na cruzada em defesa da justiça e da verdade”. O ex-ministro conta que sabe como é longo o caminho da justiça brasileira e que está percorrendo todos os passos para provar a verdade contra as calúnias que foram divulgadas. Ele lembrou que a denúncia analisada na Comissão de Ética foi iniciada em um processo “a partir de mentiras publicadas na revista Veja”.

“É importante essa decisão da Comissão de Ética, pois depois de longo processo de análise, conclui-se que não existe absolutamente nenhuma prova contra mim”, analisa Orlando, que comentou estar tomando todas as medidas para que a verdade seja restabelecida. “Continuo, por exemplo, com os processos que movo contra os delinquentes que me caluniaram”.

Orlando agradeceu o carinho e a solidariedade de tantos amigos e companheiros que se manifestaram no Facebbok e no Twitter. Comentou também como é injusta a cobertura da imprensa, pois quando foi aberto o processo na Comissão foi feito muito alarde com manchetes garrafais. Já a sua absolvição sai publicada apenas em poucas linhas de um ou outro jornal.

As voltas que o mundo dá

Oito meses separam a data em que foi aberto o processo na Comissão de Ética até o dia da absolvição de Orlando Silva. Neste período, a verdade vem cada vez mais à tona. E não se trata apenas da decisão tomada pela Comissão nesta segunda-feira.

A revista Veja, que foi a ponta de lança das calúnias contra Orlando e o PCdoB, passou de acusadora a ré. As gravações obtidas pela Polícia Federal provaram que a revista faz parte da máfia comandada pelo bandido Carlinhos Cachoeira, que se encontra preso. O editor da Veja, Policarpo Júnior, agia como funcionário de Cachoeira, que era o verdadeiro editor da revista. Suspeita-se inclusive, que o bandido pode ter plantado nas suas páginas também as mentiras contra Orlando.

Outro que trocou de cadeira no tribunal foi o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Ele era a voz que mais gritava mentiras no plenário do Senado e nos microfones do PIG na crise deflagrada no Ministério do Esporte. Hoje, é um morto vivo que mal aparece no Senado, ou dá as caras apenas em dias de depoimentos em processos que terminarão com a cassação do seu mandato. Também ele é membro da quadrilha do bandido Cachoeira. Só não sai preso do Senado, porque estamos no Brasil.

E quem se lembra do policial bandido João Dias, que serviu como caluniador contra o PCdoB. Poucos meses depois, protagonizou uma série de atos criminosos, sendo preso por mais de uma vez. Uma de tantas que aprontou, foi esparramar 200 mil reais dentro do Palácio dos Buritis, sede do Governo do Distrito Federal. Contido pelos seguranças, bateu em funcionárias, quebrou um dedo de um policial e saiu preso. Sabe-se lá porque, hoje está recluso graças a algum “Cala Boca”.

Quanto aos parlamentares da oposição, que desfilavam calúnias no período, estão bastante ocupados na manhã desta terça-feira. Devem estar inventando argumentos para tentar defender o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, que se encontra sentado como depoente na CPI do Cachoeira. O goiano é acusado de ser sócio, parceiro, subserviente ao bandido Cachoeira, que inclusive foi preso dentro de uma casa que foi do governador.

De Brasília,
Kerison Lopes

domingo, 10 de junho de 2012

Sem Lênin não há Partido Comunista

Lênin: Engels e a importância da luta teórica (*)




Entre finais de 1901 e princípios de 1902, Lênin escreveu sua célebre obra “Que Fazer?”. A primeira edição foi publicada há exatos 110 anos, em 1902. Nesta obra, o dirigente da Revolução Socialista Soviética lança as bases teóricas da construção do partido comunista, combatendo o espontaneísmo e defendendo os princípios do Marxismo. “Sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário”, dizia.


"O dogmatismo, o doutrinarismo", a fossilização do Partido, castigo inevitável do estrangulamento forçado do pensamento", tais são os inimigos contra os quais entram na arena os campeões da "liberdade de crítica" do Rabótcheie Dielo. Apreciamos que esta questão tenha sido colocada na ordem do dia; apenas proporíamos completá-la com esta outra questão: Mas, quem são os juizes? Temos diante de nós dois prospectos de edições literárias. O primeiro é o "programa do Rabótcheie Dielo, órgão periódico da 'União dos Sociais-Democratas(**) Russos'" (separata do número 1 do Rab. Dielo). O segundo é o "anúncio da retomada das edições do grupo 'Liberação do Trabalho'".

Todos os dois são datados de 1899, época em que a "crise do marxismo" estava, há muito, na ordem do dia. Portanto, em vão procuraríamos na primeira obra as indicações sobre esta questão e uma exposição precisa da posição que pensa tomar, a esse respeito, perante o novo órgão. Quanto ao trabalho teórico e suas tarefas essenciais à hora presente, esse programa e seus complementos adoptados; pelo Terceiro Congresso da "União"(em 1901) nada mencionam (Dois Congressos, p. 15-18). Durante todo esse tempo, a redaçcão do Rabótcheie Dielo deixou de lado as questões de teoria, apesar de essas preocuparem os sociais-democratas do mundo inteiro. O outro prospecto, ao contrário, assinala logo de início o descuro do interesse pela teoria, no decurso desses últimos anos; reclama, insistentemente, "uma atenção vigilante para o aspecto teórico do movimento revolucionário do proletariado", e exorta a uma "crítica implacável das tendências anti-revolucionárias, bernsteinianas, e outras", em nosso movimento.

Os números publicados da Zaria mostram como este programa foi aplicado. Vê-se assim, portanto, que as grandes frases contra a fossilização do pensamento etc. dissimulam o desinteresse e a impotência para fazer progredir o pensamento teórico. O exemplo dos sociais-democratas russos ilustra, de uma forma particularmente notável, esse fenômeno comum à Europa (e de há muito assinalado pelos marxistas alemães), de que a famosa liberdade de crítica não significa a substituição de uma teoria por outra, mas a liberdade com respeito a todo sistema coerente e reflectido; significa o eclectismo e a ausência de princípios.

Quem conhece, por pouco que seja, a situação de fato de nosso movimento não pode deixar de ver que a grande difusão do marxismo foi acompanhada de certo abaixamento do nível teórico. Muitas pessoas, cujo preparo era ínfimo ou nulo, aderiram ao movimento pelos seus sucessos práticos e importância efectiva. Pode-se julgar a falta de tacto demostrada pelo Rabótcheie Dielo, pela definição de Marx, que lançou de forma triunfante: "Cada passo avante, cada progresso real valem mais que uma dúzia de programas".

Repetir tais palavras nessa época de dissensão teórica equivale a dizer à vista de um cortejo fúnebre: "Tomara que sempre tenham algo para levar!" Além disso, essas palavras são extraídas da carta sobre o programa de Gotha, na qual Marx condena categoricamente o eclectismo no enunciado dos princípios. Se a união é verdadeiramente necessária, escrevia Marx aos dirigentes do partido, façam acordos para realizar os objectivos práticos do movimento, mas não cheguem, ao ponto de fazer comércio dos princípios, nem façam "concessões" teóricas.

Tal era o pensamento de Marx, e eis que há entre nós pessoas que, em seu nome, procuram diminuir a importância da teoria! Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário. Não seria demasiado insistir sobre essa ideia em uma época, onde o entusiasmo pelas formas mais limitadas da acção prática aparece acompanhado pela propaganda em voga do oportunismo.

Para a social-democracia russa em particular, a teoria assume importância ainda maior por três razões esquecidas com muita frequência, a saber: primeiro, nosso partido apenas começou a se constituir. a elaborar sua fisionomia, e está longe de ter acabado com as outras tendências do pensamento revolucionário que ameaçam desviar o movimento do caminho certo. Ao contrário, assistimos justamente nesses últimos tempos (como Axelrod já há muito havia predito aos "economistas") ao recrudescimento das tendências revolucionárias não sociais-democratas. Nessas condições, um erro "sem importância" à primeira vista pode acarretar as mais deploráveis consequências, e é preciso ser míope para considerar inoportunas ou supérfluas as controvérsias de facção e a estrita delimitação dos matizes.

Da consolidação deste ou daquele matiz pode depender o futuro da social-democracia russa por muitos e longos anos. Segundo, o movimento social-democrata é, pela sua própria essência, internacional. Isso não significa somente que devemos combater o chauvinismo nacional. Significa, também que um movimento iniciado em um país jovem só pode ter êxito se assimilar a experiência dos outros países. Ora, para tanto não é suficiente apenas conhecer essa experiência, ou limitar-se a copiar as últimas resoluções. É preciso saber proceder à análise crítica dessa experiência e controlá-la por si próprio. Somente quando se constata o quanto se desenvolveu e se ramificou o movimento operário contemporâneo, pode-se compreender a reserva de forças teóricas e de experiência política (e revolucionária) necessárias para se realizar essa tarefa. Terceiro, a social-democracia russa tem tarefas nacionais como nenhum outro partido socialista do mundo jamais o teve.

Mais adiante, falaremos das obrigações políticas e da organização que nos impõe essa tarefa: liberar todo um povo do jugo da autocracia. No momento, apenas indicaremos que só um partido guiado por uma teoria de vanguarda é capaz de preencher o papel de combatente de vanguarda E para se fazer uma ideia mais concreta do que isso significa, lembre-se o leitor dos predecessores da social-democracia russa, tais como Herzen, Bielínski, Tchernichévski e a brilhante pleiade de revolucionários de 1870-1880; pense na importância mundial de que a literatura, russa atualmente se reveste; mas, basta! Citaremos as observações, feitas por Engels em 1874, sobre a importância da teoria no movimento social-democrata. Engels reconhecia na grande luta da social-democracia não apenas duas formas (política e econômica) - como se faz entre nós - mas três, colocando a luta teórica no mesmo plano. Suas recomendações ao movimento operário alemão, já vigorosa prática e politicamente, são tão instrutivas do ponto de vista dos problemas e discussões atuais, que o leitor, esperamo-lo, não se importará que transcrevamos o longo trecho do prefácio ao livro “Der deutsche Bauernkrieg”, que há muito já se tornou uma raridade bibliográfica: "Os operários alemães apresentam duas vantagens essenciais sobre os demais operários da Europa. Primeiramente, pertencem, ao povo mais teórico da Europa; além disso, conservaram o senso teórico já quase completamente desaparecido nas classes por assim dizer "cultivadas" da Alemanha.

Sem a filosofia alemã que o precedeu, notadamente a de Hegel, o socialismo alemão - o único socialismo científico que já existiu - não teria sido estabelecido. Sem o sentido teórico dos operários, estes não teriam jamais assimilado esse socialismo científico, como o fizeram. E o que prova esta imensa vantagem é, de um lado, a indiferença com respeito a toda teoria, uma das causas principais do pouco progresso do movimento operário inglês, apesar da excelente organização dos diferentes ofícios, e, de outro lado, a perturbação e a confusão provocadas pelo proudhonismo, em sua forma inicial, entre os franceses e os belgas, e, na sua forma caricaturada, que lhe deu Bakunin, entre os espanhóis e os italianos. A segunda vantagem é que os alemães integraram tardiamente o movimento operário, tendo sido quase os últimos. Do mesmo modo que o socialismo alemão jamais se esquecerá de que foi erigido sobre os ombros de Saint-Simon, de Fourier de Owen, três homens que, apesar de toda a fantasia e a utopia de suas doutrinas, encontram-se entre os maiores cérebros de todos os tempos e se anteciparam genialmente a inumeráveis idéias, cuja exatidão presentemente demonstramos de maneira científica, também o movimento operário prático alemão jamais deve esquecer-se que desenvolveu sobre os ombros dos movimentos inglês e francês, que pôde simplesmente beneficiar-se de suas experiências adquiridas penosamente e evitar, no presente, seus erros, então na maioria inevitáveis.

Sem o passado dos sindicatos ingleses e das lutas políticas dos franceses, sem o impulso gigantesco dado especialmente pela Comuna de Paris, onde estaríamos nós, hoje? É preciso reconhecer que os operários alemães souberam aproveitar as vantagens de sua situação, com rara inteligência. Pela primeira vez, desde que existe um movimento operário, a luta é conduzida em suas três direções - teórica, política e econômico-prática (resistência contra os capitalistas) - com tanto método e coesão. É neste ataque concêntrico, por assim dizer, que reside a força invencível do movimento alemão. De um lado, em ramo de sua posição vantajosa; de outro, em decorrência das particularidades insulares do movimento inglês e da violenta repressão do movimento francês, os operários alemães, no momento, colocam-se na vanguarda da luta proletária.

Não é possível prever durante quanto tempo os acontecimentos, lhes permitirão ocupar esse posto de honra. Mas, enquanto o ocuparem, é de se esperar que cumprirão seu dever, como convém. Para tanto, deverão redobrar os esforços, em todos os domínios da luta e da agitação. Os dirigentes, em particular, deverão instruir-se cada vez mais sobre todas as questões teóricas, libertar-se cada vez mais da influência das frases tradicionais, pertencentes às concepções obsoletas do mundo, e jamais se esquecer que o socialismo, desde que se tornou uma ciência, exige ser tratado, isto é, estudado, como uma ciência. A tarefa consistirá, a seguir, em difundir com zelo cada vez maior entre as classes operárias, as concepções sempre mais claras, assim adquiridas, e em consolidar de forma cada vez mais poderosa a organização do partido e dos sindicatos... ... Se os operários alemães continuarem a agir assim, não digo que marcharão à frente do movimento - não é de interesse do movimento que os operários de uma única nação, em particular, marchem à frente -, mas ocuparão um lugar de honra na linha de combate; e estarão armados e prontos se provas difíceis e inesperadas, ou ainda grandes acontecimentos exigirem deles maior coragem, decisão e ação".

As palavras de Engels revelaram-se proféticas. Alguns anos mais tarde, os operários alemães foram inesperadamente submetidos à dura provação da lei de exceção contra os socialistas. E os operários alemães encontram-se de fato suficientemente preparados para sair vitoriosos.

O proletariado russo terá de sofrer provas ainda infinitamente mais duras, terá de combater um monstro perto do qual o da lei de exceção, em um país constitucional, parece um pigmeu. A história nos atribui, agora, uma tarefa imediata, a mais revolucionária de todas as tarefas imediatas do proletariado de qualquer país. A realização dessa tarefa, a destruição do baluarte mais poderoso, não somente da reação européia, mas também (podemos agora dizê-lo) da reação asiática, fará do proletariado russo a vanguarda do proletariado revolucionário internacional. E temos o direito de esperar que obteremos este título honorário merecido já pelos nossos predecessores, os revolucionários de 1870-1880, se soubermos animar com o mesmo espírito de decisão e a mesma energia irredutível o nosso movimento, mil vezes mais amplo e mais profundo.

(*) Extrato do livro “Que Fazer?”

(**) Na Rússia como na Europa da época, o movimento comunista designava-se como “social-democracia”.


Fonte: www.vermelho.org.br

sábado, 2 de junho de 2012

Siqueira: Responsabilidades irrecusáveis dos Comitês Municipais


Quando se quer acentuar o peso específico do poder local, costuma-se afirmar que os indiví duos não residem na União Federal, nem nos Estados – e sim no Município. O que é óbvio, embora não negue as injunções oriundas das esferas federal (sobretudo) e estadual sobre os problemas locais e as políticas públicas destinadas a solucioná-los.

Por Luciano Siqueira
O raciocínio também é válido para a esfera da luta política. Assim, orientações e planos políticos de envergadura nacional não se viabilizam sem a sua materialização local. Vide as campanhas eleitorais para a presidência da República.

A introdução aqui alinhavada vem a propósito do caráter nacional das eleições municipais de outubro, antessala das eleições gerais de 2014, quando estarão em causa o poder central, os governos estaduais e a correlação de forças no Congresso Nacional e nas casas legislativas estaduais. Todos os partidos buscam agora, na eleição de prefeitos e vereadores, melhorar sua capacidade competitiva para daqui a dois anos. O PCdoB está nessa.

Está sim – e com pretensões ousadas. A resolução do CC de setembro de 2011 (Enfrentar a crise mundial impulsionando o desenvolvimento nacional) concita o coletivo militante a intensificar “o trabalho de fortalecimento do Partido, com sua expansão, estruturação e organização desde as bases e com todo o empenho para garantir seu plano político eleitoral para 2012 com a eleição de prefeitos, vices e aumento de sua representação nas Câmaras Municipais”.

Demais, a Carta Compromisso do 7º. Encontro Nacional sobre Questões de Partido, referendada pelo CC (Mais vida militante para um Partido do tamanho das nossas ideias), propugna a elevação da “capacidade de liderança, a força e a autoridade das direções para elaborar e conduzir a luta pelos projetos partidários e ajustar rumos de sua estruturação”.

As três dimensões do projeto político local

Daí decorre a inarredável responsabilidade do Comitê de Municipal na formulação e execução do projeto político do PCdoB no âmbito do município, que implica três dimensões articuladas entre si.

A luta por um município funcionalmente organizado, econômica e ambientalmente sustentável e de feição mais humana pode ser tomada como fio condutor da ação política e os preparativos para as eleições de 2012 a medida das conquistas acumuladas na construção partidária.

Isto que dizer que o Partido deve construir seu próprio juízo de valor sobre a realidade do município – sua inserção no desenvolvimento econômico em curso, possibilidades e obstáculos, oportunidades e riscos; o evolver das contradições sociais; as forças políticas em presença. Daí se deve extrair a opinião própria sobre os rumos do município com a qual o PCdoB se apresenta à mesa de conversações com os demais partidos e ocupa espaço na sociedade e nos meios de comunicação.

Demais, tendo em conta o cenário eleitoral em formação – que agora tende a ganhar traços mais nítidos, às vésperas das convenções partidárias -, a correlação de forças; a movimentação dos partidos aliados; a própria capacidade de combate acumulada, etc., é hora definir o projeto eleitoral propriamente dito: encabeçar ou compor a chapa majoritária, quando for o caso; disputar em chapa própria, ou em coligação, a Câmara Municipal.

Entrelaçada com essas duas dimensões do projeto político está a estruturação e a construção partidária. Para que o Partido esteja de fato, na esfera municipal, “à altura de nossas ideias”.

Autoridade do núcleo dirigente

Ao Comitê Municipal cabe o comando do exercito militante na batalha eleitoral. Para tanto é preciso que esteja munido de autoridade política, fruto não apenas da capacidade de discernimento tático, mas igualmente da competência para unir e organizar a militância para a ação. O PCdoB não atua em bando, luta como corrente política organizada e disciplinada, sob direção capaz, coesa e hábil.

A batalha eleitoral, nesse sentido, há de ser tomada como uma privilegiada oportunidade de praticarmos as diretrizes do 7º. Encontro Nacional sobre Questões de Partido. Um teste para a capacidade política e operativa do sistema de direção – o pleno e a Comissão Política do Comitê Municipal; as secretarias executivas; os comitês intermediários (Distritais, de Empresa, de Categoria); o Fórum de Quadros Dirigentes Intermediários, o Fórum de Movimentos Sociais.

Em nossa tradição registra-se quase sempre uma defasagem entre formulação tática e ação política e a efetiva estruturação e construção partidária. Instalado o embate eleitoral, ganham força o espontaneismo e o pragmatismo, que dispersam a direção e enfraquecem o coletivo militante.

Portanto, às portas das convenções eleitorais deste mês de junho, cabe a cada Comitê Municipal passar em revista essas três dimensões do projeto do Partido para o município e adotar as medidas necessárias para fortalecê-lo.