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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Camarada João Amazonas: presente!

Renato Rabelo: Homenagem no décimo ano da morte de João Amazonas

Os militantes e filiados do PCdoB, os defensores da democracia popular e progressista, os lutadores da causa do socialismo em nossa terra rendem homenagem neste dia 27 de maio à memória de uma das grandes figuras de nossa história recente: João Amazonas de Souza Pedroso, falecido há exatos dez anos, em São Paulo.
João Amazonas Homenagem dos lutadores pelo socialismo neste 27 de maio
 
O camarada Amazonas alcançou 90 anos de vida, dos quais quase sete décadas dedicadas à atividade política, em defesa de convicções revolucionárias, sempre como militante do Partido Comunista do Brasil.

Amazonas foi o eminente dirigente do PCdoB, um dos mais importantes ideólogos da causa revolucionária em nosso país, destacado batalhador da aplicação da teoria marxista à realidade própria do Brasil. No ano em que comemoramos os 90 anos de atividade ininterrupta do PC do Brasil – lembramos que Amazonas foi dos líderes da terceira geração o mais destacado dirigente comunista responsável pela construção política, ideológica e orgânica do que se firmou como a mais antiga legenda partidária em atividade permanente no cenário político brasileiro.

Amazonas se destacou em momentos-chave da trajetória partidária. Foram vários os processos de reestruturação pelos quais o Partido passou. Em todos eles João Amazonas deu sua importante contribuição. Participou da reconstrução partidária em 1943 e da reorganização histórica em 1962, assumiu a liderança do coletivo dirigente, reconstituído pelo reforço que o PCdoB obteve com a incorporação da organização revolucionária Ação Popular Marxista-Leninista e também de outros quadros de suas fileiras originais.

João Amazonas, Maurício Grabois e Pedro Pomar foram os principais protagonistas da reorganização de 1962, que deu continuidade à história do Partido fundado em 1922. Isso porque entre 1957 e 1960, a segunda geração de dirigentes se dividiu em duas correntes. Uma delas criou outra legenda, o Partido Comunista Brasileiro, agremiação que absorveu e respaldou a fratura ideológica e moral provocada por Nikita Kruschev, negando a trajetória heroica do Partido Comunista da União Soviética, e adotou um programa de caráter nacional-reformista.

A outra corrente, em condições muito adversas, mas impulsionada por coerência e coragem política, tomou a decisão de reorganizar a histórica legenda comunista fundada em 1922. Esse processo se consumou com a realização da Conferência extraordinária, em 18 de fevereiro de 1962, que assegurou a continuidade revolucionária do Partido Comunista do Brasil, daí por diante com a sigla PCdoB.

Logo depois, com o desfecho do golpe militar de 1964, Amazonas e Maurício Grabois foram também os condutores da Guerrilha do Araguaia, acontecimento destacado da resistência armada contra o terror da ditadura militar, que se transformou numa página heroica da história do Partido e do povo brasileiro. Os comunistas, ao protagonizá-la, expressaram uma vez mais a radicalidade de seu compromisso com a democracia. A resistência do Araguaia elevou o ânimo da luta geral contra a ditadura.

Quebrou o mito de um regime que se proclamava intocável.

Transcorridos 40 anos, a resistência do Araguaia ainda é um tema recorrente da agenda política do país. Será uma das principais pautas da Comissão da Verdade, recentemente criada. E esta é uma herança afirmativa a mais que o Partido proporciona: prevenir para que, no presente e no futuro, o Estado brasileiro não cometa novas atrocidades e crimes hediondos contra os próprios filhos da Nação.

A composição da terceira geração foi alterada, entretanto, pelos desfalques em decorrência de vários dirigentes terem sido assassinados pela ditadura militar. João Amazonas, então, assumiu a liderança principal do coletivo dirigente. De 1975 até 1985, o Partido conseguiu acompanhar a evolução do curso político e tirar consequências do declínio progressivo da ditadura. Flexionou, no tempo certo, sua tática de enfrentamento ao regime. Soube apontar tanto a hora da contraofensiva quanto do desencadeamento da “ofensiva final” que ocorreu com as “Diretas Já” e a campanha pela vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Essa conduta ajudou a unir as forças democráticas e a começar conquistar a democracia em 1985.

No plano da tática política, desde o primeiro turno da memorável campanha presidencial de 1989, João Amazonas e o PCdoB apoiaram o líder operário Luiz Inácio Lula da Silva, e mantiveram o apoio ao PT em todas as suas futuras campanhas presidenciais.

João Amazonas assumiu papel relevante e predominante em momentos decisivos para existência do Partido Comunista do Brasil. Em dois períodos de exceção política da nossa história, a ditadura estadonovista e a ditadura de 1964, a direção central do Partido Comunista foi atingida profundamente, tendo que ser reestruturada. Em 1962, resultante do cume da luta ideológica, foram as ideias revisionistas e reformistas que tentaram liquidar a essência do Partido.

No 8º. Congresso do PCdoB, em 1992, quando esteve em pauta a débâcle do Leste europeu e da URSS, João Amazonas voltou a jogar papel importante. Afinal de contas estava novamente em xeque a continuidade política e ideológica da organização partidária fundada em 1922. Tratava-se de mais uma batalha de grande envergadura, que consistiu no enfrentamento dos novos desafios teóricos e ideológicos gestados no curso do colapso do socialismo na URSS e no Leste europeu, e do avanço e dominância global do capitalismo na sua etapa neoliberal.

Amazonas, já então com mais de 80 anos, dirigiu o labor teórico, ideológico e político do coletivo de quadros e militantes para enfrentar e vencer as consequências da derrota estratégica do campo socialista. Ele deu uma contribuição teórica relevante, dentre outras, ao restabelecer a categoria da transição para a construção do socialismo com particularidades nacionais. Componente importante da elaboração teórica de Lênin que havia sido relegado pelo dogmatismo. Amazonas, uma vez mais, cumpria tarefa determinante para a continuidade revolucionária do Partido.

Sua capacidade de enxergar a oportunidade dada pelas novas exigências políticas e ideológicas teve marca de descortino histórico e partiu para o “desengavetamento” do que de mais avançado criou-se desde então em matéria de teoria de transição ao socialismo, em países de capitalismo relativamente atrasados. Tratava-se das teses acerca da transição socialismo pela via do capitalismo de Estado elaborado por Lênin nos estertores do fim da Guerra Civil em 1921 e da implementação da Nova Política Econômica (NEP).

Amazonas percebe, de forma precisa, que a transição ao socialismo tende a ser mais prolongada do que a teoria convencional previa. Esta transição, a partir de Lênin, estaria – necessariamente – marcada por etapas determinadas, etapas estas que, segundo Amazonas, se tornariam uma lei objetiva da transição ao socialismo. Esta prolongada transição nada mais seria do que um longo processo de convivência entre o setor estatal e coletivizado, hegemônico, com diversas formas de propriedade privada e estatal mista e onde a planificação e o mercado conviveriam, com seus respectivos papéis de balizamento, regulação e mediação das relações econômicas em seus mais diversos níveis.

A convivência entre público e privado e entre mercado e planejamento – sob a égide de uma superestrutura de novo tipo – seja talvez uma necessidade diante de determinadas e complexas realidades como as do Brasil. Neste sentido, esta notável contribuição de João Amazonas também nos orienta no sentido de uma tática mais ampla e flexível. Mas também não menos radical. Uma estratégia clara e precisa. Onde e como queremos chegar, conforme o Programa atual do Partido, na sua definição de “caminho” e “rumo”. É no caminho brasileiro ao socialismo na expressão de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, que esta contribuição de João Amazonas ao nosso pensamento ganha concretude.

Em dezembro de 2001, convicto da possibilidade de vitória nas eleições presidenciais de 2002, o 10º Congresso do PCdoB aprovou uma plataforma de “reconstrução nacional”. Nesta ocasião Amazonas defendeu decididamente que só uma ampla frente, nucleada pelas forças de esquerda, composta por variado leque de forças políticas e apoiada por extenso movimento social, seria capaz de vencer e governar.

A chapa Lula-José Alencar materializava essa diretriz e se sagrou vitoriosa. O PCdoB, ao apoiar Lula em todas as suas campanhas e ao oferecer ideias programáticas e diretrizes táticas que se revelaram indispensáveis, deu contribuições relevantes à histórica vitória de 2002. Fato que o próprio Lula já enalteceu muitas vezes publicamente, sobretudo nas referências ao papel de João Amazonas, que não viveu para ver a vitória da campanha presidencial consumada no final de 2002.

Ainda neste ano – em novembro de 2012 – ano do nonagésimo aniversário do Partido Comunista do Brasil, haveremos de comemorar, com uma série de atividades, os Centenários de nascimento de João Amazonas e de Maurício Grabois, dois dos mais proeminentes dirigentes do Partido Comunista do Brasil.

Renato Rabelo é presidente nacional do PCdoB

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Internacional (hino dos que lutam pelo socialismo)

De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, Patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
O crime de rico, a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores
Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Criada a UJS em Terezinha

A União da Juventude Socialista (UJS) em Terezinha, organização de jovens ligada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi fundada na tarde de 23 de maio de 2012 numa Reunião Plenária com a participação de mais de 20 jovens, além de convidados, membros do PCdoB em Terezinha. Também esteve presente na Plenária a dirigente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e membro da UJS/Pernambuco, Luana Lopes, que falou sobre a UJS e sua participação em movimentos políticos na História do Brasil, sempre ao lado das causas sociais e populares.
Foi mais um momento histórico na política terezinhense, onde um grupo de jovens inicia-se na Política fundando uma organização própria, independente, que segue o ideal do socialismo científico e traz a conscientização política à uma parcela da população que vive muitas vezes às margens dos acontecimentos econômicos, sociais, políticos e culturais.A UJS em Terezinha busca desenvolver nos jovens, além desse trabalho político-conscientizador, as artes, a cultura, os desportos, entre outras manifestações populares.
Luana Lopes da UJS Pernambuco e Adriano Campos (Presidente da UJS Terezinha)
A Direção da UJS em Terezinha ficou assim composta: Adriano Campos (presidente), Diego Santos (organização), Élton Vasconcelos (comunicação), além de Júlia Corado, Linaldo Ribeiro, Emanuel Messias, Nadya e  Leandro.
Direção da UJS Terezinha com Luana Lopes da UJS Pernambuco
Participantes da Plenária que fundou a UJS em Terezinha

sábado, 19 de maio de 2012

UJS em Terezinha!

Nesta quarta, dia 23 de maio, será realizada a Reunião Plenária para Fundação da União da Juventude Socialista (UJS) em Terezinha. É uma boa oportunidade para a juventude terezinhense se conscientizar e mudar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Comissão Política realizou nova reunião

A Comissão Política do PCdoB em Terezinha realizou na última sexta-feira nova reunião. No encontro, foram discutidos vários temas, entre eles a conjuntura atual e a posição dos comunistas terezinhenses em relação às Eleições Municipais de 2012.
A Comissão também está organizando todo o Partido em Terezinha para o Congresso de Fundação da União da Juventude Socialista (UJS) em Terezinha que se realizará em breve no nosso município. Este Congresso será uma oportunidade de levar à juventude propostas e ideias da UJS, organização ligada ao PCdoB, para Terezinha.



Da Redação.

A nação contra a usura


Luciano Siqueira *

São medidas corajosas as adotadas pela presidenta Dilma no intuito de destravar o crescimento econômico. Uma peleja entre a nação e a usura, que tende a clarear o cenário pondo em lados opostos, separados por um risco nítido e definitivo, a maioria da população versus o capital financeiro, este identificado como inimigo maior do povo e da na nação.


Os dados divulgados ontem pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) são animadores. Há uma queda importante, pelo terceiro mês consecutivo, dos juros cobrados por instituições financeiras de pessoas físicas e pela quarta vez para pessoas jurídicas, alcançando o menor nível desde 1995.

Segundo a Anefac, a taxa média cobrada de pessoas físicas ficou em 6,25% ao mês (106,99% ao ano), uma redução de 0,08 ponto percentual (p.p.) ante março, quando o juro médio cobrado foi 6,33% (108,87% ao ano). Das seis linhas de crédito avaliadas, apenas a taxa do cartão de crédito rotativo se manteve inalterada em 10,69% ao mês. Todas as demais foram reduzidas, inclusive para o empréstimo pessoal em bancos que passou de 3,84% ao mês na apuração anterior para 3,69% em abril.

Algum benefício para o consumidor? Sim. O comércio diminuiu em 2,05% a taxa média cobrada, passando de 4,87% ao mês, para 4,77%. O juro do crédito direto ao consumidor (CDC) para financiamento de automóveis caiu de 1,97% no mês em março para 1,94% no último levantamento. O cheque especial e o empréstimo pessoal em financeiras sofreram retração de 0,72% (8,34% para 8,28%) e 1,45% (8,26% para 8,14%), respectivamente.

E para os banqueiros? Estes nunca deixam de ganhar muito, mas é clara que sofrem uma baixa, que se reflete na queda do valor de suas ações negociadas no mercado cuja cotação cai diante da perspectiva de redução de lucros.

Tudo bem. Nada disso acontece sem o esperneio de analistas econômicos postados na grande mídia e sempre prontos a defender a política macroeconômica conservadora. Sempre há um senão, uma ameaça de efeitos negativos (para quem, cara pálida?) e quejandos.

E há o rebatimento político. Seguindo-se o roteiro estabelecido pela presidenta Dilma, a economia se aquece, expandem-se as oportunidades de novos investimentos e a oferta de novos postos de trabalho. E, por conseguinte, alarga-se a base social do governo.

Este é um fator importante a considerar no ambiente das eleições municipais que se aproximam. Seja nas plataformas de candidatos às Prefeituras, seja no discurso dos postulantes às Câmaras Municipais. Porque há uma conexão entre essas medidas do governo central e as condições de existência da maioria da população, inclusive das camadas mais populares.



*Deputado estadual pelo PCdoB/PE e membro do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prosa e Poesia: hoje poema de Vladimir Maiakóvski

Poema do revolucionário soviético Vladimir Maiakóvski

Fiz ranger as folhas de jornal

abrindo-lhes as pálpebras piscantes.

E logo

de cada fronteira distante

subiu um cheiro de pólvora

perseguindo-me até em casa.

Nestes últimos vinte anos

nada de novo há

no rugir das tempestades.



Não estamos alegres,

é certo,

mas também por que razão

haveríamos de ficar tristes?

O mar da história

é agitado.

As ameaças

e as guerras

havemos de atravessá-las,

rompê-las ao meio,

cortando-as

como uma quilha corta

as ondas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pravda (Verdade) completa 100 anos!

Cem anos do jornal Pravda, a voz da esquerda

Além da estante com alguns livros de Marx, o enorme retrato de Lênin com uma edição no Pravda em mãos é a primeira coisa que salta aos olhos ao entrar no escritório de Boris Komotski no oitavo andar da rua Pravda, em Moscou. É como se fosse possível imaginar tudo que se passava naquele momento.


Tanta coisa se passou desde aquele dia no qual, enquanto operários russos organizavam greves, era impresso o primeiro volume do jornal que ao longo dos anos tornou-se não só símbolo, mas voz crescente da esquerda soviética.

“Aqui trabalhava-se quarenta vezes mais. Havia um maquinário gigante em torno da redação, e trabalhávamos cotidianamente com grandes personagens, críticos e fatos importantes. Desde então muita coisa mudou”, conta.

Fechado em seu paletó escuro, Boris Komotski fala lentamente e interrompe a conversa a cada toque do telefone. Agora, daquela grande máquina que constituía o Pravda, restam apenas poucas engrenagens, porem igualmente sólidas e ativas: 15 pessoas na redação, seis colaboradores externos e 3 correspondentes internacionais. Nikolai Dmitrovitch Simokov é o mais antigo do grupo.

Hoje, aos 82 anos, Simokov folheia com orgulho a cópia original e empoeirada de 22 de junho de 1941, dia em que foi comunicada a entrada da Rússia na guerra. “Lembro-me como se fosse ontem”, diz, virando a página com cuidado.

Simokov passou 58 anos de sua vida naquela redação. “Veja”, diz, mostrando outra folha, “aqui, debaixo dessas poesias na página de cultura, selecionadas para a edição do dia, está escrito meu nome”.

Primeira edição do Pravda, datada de 22 abril de 1912 (pelo antigo calendário gregoriano, que corresponde a 5 de maio do atual calendário gregoriano)

O apoio ao Partido Comunista também resistiu à poeira do tempo. “O jornal ainda é o principal órgão de informação do PCFR, embora, obviamente, as coisas sejam um pouco diferentes”, explica Komotski, ajustando o paletó.

“Hoje somos a oposição e devemos dar um jeito de sobreviver.” As verbas são, é claro, provenientes do partido, e “junto a ele ainda luta-se contra o capitalismo, perseguindo os ideais de Lênin”.


O orgulho dos tempos áureos permanece vivo. A tiragem chegava a cifra de seis zeros – como em 1987, quando daquelas prensas saíram 11 milhões de exemplares –, enquanto, atualmente, são impressas apenas cem mil cópias.

Entre os leitores mais fiéis estão os trabalhadores, comunistas, seguidores do partido de esquerda. Também diversos jovens, de acordo com Komotski.

“Tenho, contudo, a impressão de que a impressa perdeu sua autoridade hoje em dia”, diz. “Escreve-se aquilo que quer, mas não serve mais a ninguém: as notícias são impressas, lidas, e caem no esquecimento. Era uma vez em que a notícia deixava para traz qualquer rastro de si.”

A censura é um capítulo à parte. “Ela existia e sempre existirá”, diz. “Pode-se agir de maneira oficial ou por vias indiretas, de forma mais velada. Mas não conseguimos nos livrar dela. Nem agora nem futuro.”

Komotski mostra com entusiasmo a grande edição comemorativa, que está nas bancas russas neste 5 de maio. “Trata-se de um jornal que fala sobre o próprio veículo”, explica, apontando para as provas de impressão. “Um daqueles exemplares que podem ser lidos agora, como também daqui a cinquenta anos.”

Na noite do centenário acontecerá ainda a cerimônia oficial na Salão das Colunas de Dom Soiuzov, palácio que foi sede dos encontros do Partido Comunista, com a presença de algumas autoridades, grandes veteranos e dos maiores expoentes do movimento.

Na primeira fileira, junto com os 20 representantes de jornais estrangeiros de esquerda – como o alemão “Unsere Zeit” e o espanhol “Mundo Obrero” –, estará, obviamente, Guennádi Ziuganov, atual líder do Partido Comunista.

“O futuro? É incerto”, conclui Komotski, continuando a folhear o esboço do exemplar para o grande dia. “Alguns gostam de brincar com cartas da nostalgia soviética. Mas sabe-se bem que não passa de teatro. Nós, contudo, ainda temos muita energia e recursos. E continuaremos seguindo em frente por muitos anos.”

Fonte: Gazeta Russa

sábado, 5 de maio de 2012

Terezinha pode ter mais eleitores que habitantes

Com uma população, segundo o IBGE, de 6 737 habitantes, Terezinha pode bater o recorde de eleitores nas eleições deste ano. Até o momento (pois as transferências e cadastro de novos títulos serão até o dia 9/5), segundo o Cartório Eleitoral em Bom Conselho, já estão aptos a votar em 2012 5 959 eleitores.
O caso é preocupante, pois, se compararmos com as últimas eleições municipais, em 2008, o aumento é de mais de 1000 votos (em 2008 estavam aptos a votar 4 823 eleitores). Se compararmos com 2004, o absurdo é ainda maior! Em 2004 estavam aptos a votar 4 819 eleitores. Entre 2004 e 2008 a diferença foi de apenas 4 votos para mais.
A Justiça Eleitoral precisa investigar o porquê de tamanho aumento. Nesta lógica, este ano, irão votar em terezinha crianças e mortos.

5 de maio de 1818, nasce Karl Heinrich Marx!

Por Clóvis Manfrini

Karl Marx nasceu na cidade de Treves, Alemanha, há 194 anos. Foi o maior cientista social de todos os tempos, fundador do materialismo histórico e dialético, que juntamente com seu amigo Friendricih Engels fundou o Socialismo Ciêntífico, a Teoria que leva a humanidade ao sistema de produção Comunista, uma sociedade sem classes sociais, sem exploração, justa e fraterna.
Marx têm milhares de textos escritos, sozinho e em parceria com Engels, entre eles a principal obra da Economia Política, mais atual que nunca, O Capital. Em O Capital Marx faz uma crítica científica do modo de produção capitalista e comprova suas contradições e sua inadequação para a sociedade humana. Baseado na mais-valia (relativa ou absoluta, roubo do trabalha alheio pelo capitalista ou empresário), o sistema de produção capitalista produz riquezas que ficam concentradas nas mãos de poucos, enquanto a maioria do povo precisa vender sua única riqueza: o trabalho.
Karl Marx, além de pesquisador brilhante e escritos singular, também foi um militante comunista exemplar, um dos fundadores da Associação Internacional dos Trabalhadores (Primeira Internacional, o primeiro partido político operário baseado em um programa científico).
Marx também foi jornalista e viveu sempre perseguido pela burguesia. Viveu na Alemanha por muito tempo, mas também em Bruxelas e Paris, sempre correndo dos seus algozes. Morreu em Londres onde seus restos mortais estão até hoje.
Após a sua morte, seu legado de vida e obra entrou para a história como Marxismo, uma Teoria social, econômica, cultural e científica que visa a derrubada do sistema capitalista e a implantação do socialismo como etapa preliminar da sociedade comunista.
Marx vive nos corações e mentes dos que vivem por uma Causa, a Causa da Revolução Socialista!

Viva Karl Marx!
Viva o Socialismo!