Realizou-se nesta sexta-feira (25) em São Paulo a reunião da Comissão Política Nacional (CPN) do Partido Comunista do Brasil. Foi o primeiro encontro ordinário da direção partidária desde o desencadeamento da ofensiva política e midiática anticomunista das forças reacionárias, que teve como epicentro a crise envolvendo o Ministério do Esporte. Durante a crise, a CPN havia feito uma reunião extraordinária na qual adotou resoluções e medidas de defesa do partido e do ministro Orlando Silva.
Como é habitual, o presidente do partido, Renato Rabelo, apresentou um informe de abertura, abordando diferentes aspectos da situação política internacional e nacional e indicando as tarefas imediatas do PCdoB.
Imperialismo: Crise e guerras
“O desenvolvimento da situação mundial mostra que o imperialismo norte-americano e as demais potências dos países capitalistas centrais, diante do desenrolar da crise, vão revelando a sua natureza de sistema agressivo, que escolheu a guerra como estratégia de sobrevivência, intensificando suas políticas belicistas e intervencionistas, abrindo novas frentes de guerra e fabricando novos armamentos”.
Ao detalhar sua opinião, Rabelo afirmou: “Estamos diante de uma escalada de guerra do imperialismo que corresponde a uma necessidade essencial do imperialismo. Na ofensiva atual, voltam suas baterias contra a Síria e o Irã”.
O dirigente do PCdoB chamou a atenção para a preparação política e ideológica que as forças imperialistas fazem, através dos meios de comunicação, para tornar suas ações agressivas “justificáveis” perante a opinião pública. “Trata-se de um cinismo atroz”, disse, “apresentar essas guerras criminosas como intervenções humanitárias, em defesa da paz, da democracia e dos direitos humanos”, enfatizou.
O dirigente comunista comentou sobre a crise do capitalismo, cujo epicentro encontra-se nos Estados Unidos e na Europa. Para ele, trata-se de uma crise “sistêmica que se aprofunda”. Rabelo advertiu que a situação se tornou “instável e imponderável”, sendo impossível prever o que pode acontecer, principalmente porque “o sistema não tem controle de nada e as forças políticas responsáveis pela crise continuam no comando”.
Trabalhadores em luta
Os dirigentes comunistas comentaram os efeitos políticos da crise, que já derrubou sucessivos governos de direita e sociais-democratas que praticaram políticas de direita, e saudaram o fato de que tanto nos Estados Unidos como nos países da União Europeia intensificam-se as lutas dos trabalhadores e dos povos, uma luta vasta, combativa e classista, com arraigado conteúdo anticapitalista.
Por nova política macroeconômica
Sobre o desenvolvimento da situação brasileira, Renato Rabelo disse que se bem orientado, o país pode aproveitar para contornar a crise mundial e transformá-la numa “oportunidade” para fomentar o desenvolvimento econômico do país. Para isso, diz Renato, é preciso mudar a política macroeconômica que em sua opinião “está superada”.
O dirigente do PCdoB avalia que no enfrentamento da crise e no desenvolvimento da situação política, o governo da presidente Dilma tem sido um governo “de avanços, mas também de limites, ambigüidades e alguns recuos”.
Ele ressaltou principalmente, como aspecto positivo, que a presidente Dilma tem dado passos adiante no enfrentamento da crise, tem buscado algumas saídas, como por exemplo, a “queda sistemática da taxa de juros”.
Renato Rabelo reafirmou a opinião já exposta em ocasiões anteriores de que o Brasil precisa de “um novo pacto político entre trabalhadores, empresários nacionais e empresários da produção, um pacto do trabalho e da produção”, que enfrente as turbulências da economia mundial fortalecendo a produção, a infraestrutura e o mercado interno.
Regulação da mídia
Ao analisar o quadro político, o presidente do PCdoB ressaltou que a oposição está frágil do ponto de vista político e partidário, isolada e sem bandeiras, por isso recorre ao udenismo como tábua de salvação.
O único ponto forte das forças conservadoras e reacionárias do país é sua hegemonia sobre os meios de comunicação, disse. Por isso, propôs a concertação de outra aliança política das forças progressistas para uma luta política e de massas contra o monopólio dos meios de comunicação e pela regulação da mídia. Rabelo foi enfático ao afirmar que “não é possível avançar na realização das mudanças progressistas no país se permanecer o monopólio dos meios de comunicação pelas forças conservadoras”.
Ofensiva anticomunista
A reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB debruçou-se também sobre a ofensiva anticomunista desencadeada contra o PCdoB, durante a crise que resultou na substituição de Orlando Silva no Ministério do Esporte. Renato Rabelo destacou a honestidade, a competência e a liderança política de Orlando Silva, cujo comportamento foi exemplar. Ressaltou ainda o acerto da condução da direção partidária durante o episódio e enalteceu a unidade das fileiras de militantes, quadros e dirigentes na defesa do partido, do seu caráter, da sua identidade e das suas posições.
Rabelo considera que o PCdoB “está avançando e acumulando força” e distingue-se no cenário político como um partido com ideias e posições corretas, organizado , estruturado e permanente, o que não é aceito pelas forças conservadoras do país, que fazem contra ele uma campanha orquestrada.
Tirando lições de todo o episódio, o dirigente comunista afirmou que o partido “viveu um choque de realidade” e pôde constar na prática a dureza dos embates políticos e ideológicos.
Candidaturas próprias
Os dirigentes do PCdoB chegaram à conclusão de que no quadro atual, as tarefas imediatas são a ativação do movimento social pelas reivindicações do povo e a batalha eleitoral de 2012,
Os comunistas decidiram manter as candidaturas próprias nas capitais e cidades médias em que foram lançadas, principalmente as candidaturas de Manuela D´Ávila, em Porto Alegre, Ângela Albino, em Florianópolis, Netinho de Paula, em São Paulo, Alice Portugal, em Salvador, Inácio Arruda, em Fortaleza, Perpétua Almeida, em Rio Branco, Evandro Milhomen, em Macapá, Osmar Júnior, em Teresina, Renildo Calheiros, em Olinda e dezenas de outras candidaturas em cidades interioranas médias.
Da Redação
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011
OCDE prevê crescimento de 3,4% no Brasil e recessão na Europa
Da BBC Brasil
Brasília - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu hoje (28) as suas previsões para o crescimento global, após advertir que a Grã-Bretanha e a zona do euro podem estar entrando em um período de recessão.
Segundo a OCDE, que representa os países considerados desenvolvidos, a Grã-Bretanha deve crescer apenas 0,02% no último trimestre deste ano e 0,14% no primeiro trimestre de 2012, enquanto a previsão para a zona do euro é de queda de 1% no último trimestre deste ano e de 0,4% no primeiro trimestre de 2012.
Segundo o relatório, o Brasil, que não faz parte da OCDE, deve crescer 3,4% neste ano e 3,2% no ano que vem - abaixo das previsões de crescimento da economia global, de 3,8% neste ano e 3,4% em 2012.
A organização advertiu ainda que um "evento negativo" na zona do euro (como a desintegração da moeda única) poderá provocar uma contração global.
Brasília - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu hoje (28) as suas previsões para o crescimento global, após advertir que a Grã-Bretanha e a zona do euro podem estar entrando em um período de recessão.
Segundo a OCDE, que representa os países considerados desenvolvidos, a Grã-Bretanha deve crescer apenas 0,02% no último trimestre deste ano e 0,14% no primeiro trimestre de 2012, enquanto a previsão para a zona do euro é de queda de 1% no último trimestre deste ano e de 0,4% no primeiro trimestre de 2012.
Segundo o relatório, o Brasil, que não faz parte da OCDE, deve crescer 3,4% neste ano e 3,2% no ano que vem - abaixo das previsões de crescimento da economia global, de 3,8% neste ano e 3,4% em 2012.
A organização advertiu ainda que um "evento negativo" na zona do euro (como a desintegração da moeda única) poderá provocar uma contração global.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Dois pilares de um Partido que não se enverga
Por Luciano Siqueira, deputado estadual pelo PCdoB em Pernambuco e membro do Comitê Central do Partido.
Na história institucional brasileira são frequentes os casos em que um partido político sofre ataques e não resiste. Não apenas pela dimensão da agressão sofrida, mas sobretudo pela carência de musculatura sólida e hígida, teórica e política. A maioria permaneceu na cena política por um lapso de tempo conjuntural, não mais do que isso. Outros se perderam no redemoinho da luta teórica, incapazes de compreender que a realidade sofre constante mutação, trazendo à luz novas questões que a teoria há que responder. Por sectarismo ou fragilidade ideológica, sucumbiram ou mudaram de conteúdo e cor.
O Partido Comunista do Brasil, que fará 90 anos em 2012, sofreu imensas provações ao longo de sua trajetória – atacado pela repressão policial, muitas vezes; e envolto em tumultuoso episódio político-ideológico que lhe subtraiu momentaneamente princípios, programa, denominação e sentido estratégico, levando a que 100 quadros dissidentes o reorganizassem em 1962.
Em 1987, a propósito dos 25 anos da reorganização, João Amazonas publicou no jornal A Classe Operária notável síntese da natureza revolucionária inquebrantável do PCdoB no artigo “Por que o Partido venceu”. Dentre os fatores amealhados por ele, a fidelidade à teoria marxista-leninista, a ligação estreita com os trabalhadores e o povo e a capacidade de se orientar taticamente nas mais diversas situações. Isto como produto da capacidade do coletivo militante, orientado pelo seu centro dirigente, cumprir as determinações do seu Programa e do seu Estatuto – ambos atualizados e renovados para dar conta dos novos fenômenos no mundo e no Brasil.
Não é sem razão, portanto, que no cataclismo do final dos 50 e início dos 60 o Programa e o Estatuto estiveram na alça de mira dos que tentaram mudar a natureza do Partido.
Também não é sem razão que na atualidade, a par dos ataques sem fundamento desferidos contra um gestor público competente e idôneo – o ex-ministro Orlando Silva – vieram à tona, mais uma vez, na grande mídia, afirmações distorcidas sobre o Programa Socialista – assinalado por alguns, irresponsavelmente, como inviável nas condições do Brasil -, e sobre o Estatuto, tentando nele identificar normas que impingem a militantes comunistas ocupantes de postos em governos a obrigatoriedade de colocar supostos interesses partidários menores acima dos deveres assumidos para com o Estado. O que seria, nesse caso, segundo os detratores, a convalidação do mal uso de recursos públicos. Um imenso e grosseiro absurdo!
Porém por mais rasteiras que sejam as acusações, não cabe nenhuma ilusão de que a pena dos acusadores é bem instruída e tem alvo definido: chamuscar, aos olhos de militantes e aliados, esses dois pilares que dão força e vida ao Partido, em qualquer circunstância – o Programa e o Estatuto.
Daí porque, passada a primeira avalanche da atual guerra aberta contra o PCdoB, olha-se em torno e verifica-se que não há escombros a registrar; há, sim, uma organização mais unida, mais autoconfiante, mais determinada a cumprir seu papel histórico - porque atenta e ativa na defesa dos princípios e da linha política constantes no Estatuto e no Programa.
Ponto para o povo brasileiro, que terá sempre nesse partido uma fonte de orientação que o levará a grandiosas vitórias na luta por sua emancipação.
Na história institucional brasileira são frequentes os casos em que um partido político sofre ataques e não resiste. Não apenas pela dimensão da agressão sofrida, mas sobretudo pela carência de musculatura sólida e hígida, teórica e política. A maioria permaneceu na cena política por um lapso de tempo conjuntural, não mais do que isso. Outros se perderam no redemoinho da luta teórica, incapazes de compreender que a realidade sofre constante mutação, trazendo à luz novas questões que a teoria há que responder. Por sectarismo ou fragilidade ideológica, sucumbiram ou mudaram de conteúdo e cor.
O Partido Comunista do Brasil, que fará 90 anos em 2012, sofreu imensas provações ao longo de sua trajetória – atacado pela repressão policial, muitas vezes; e envolto em tumultuoso episódio político-ideológico que lhe subtraiu momentaneamente princípios, programa, denominação e sentido estratégico, levando a que 100 quadros dissidentes o reorganizassem em 1962.
Em 1987, a propósito dos 25 anos da reorganização, João Amazonas publicou no jornal A Classe Operária notável síntese da natureza revolucionária inquebrantável do PCdoB no artigo “Por que o Partido venceu”. Dentre os fatores amealhados por ele, a fidelidade à teoria marxista-leninista, a ligação estreita com os trabalhadores e o povo e a capacidade de se orientar taticamente nas mais diversas situações. Isto como produto da capacidade do coletivo militante, orientado pelo seu centro dirigente, cumprir as determinações do seu Programa e do seu Estatuto – ambos atualizados e renovados para dar conta dos novos fenômenos no mundo e no Brasil.
Não é sem razão, portanto, que no cataclismo do final dos 50 e início dos 60 o Programa e o Estatuto estiveram na alça de mira dos que tentaram mudar a natureza do Partido.
Também não é sem razão que na atualidade, a par dos ataques sem fundamento desferidos contra um gestor público competente e idôneo – o ex-ministro Orlando Silva – vieram à tona, mais uma vez, na grande mídia, afirmações distorcidas sobre o Programa Socialista – assinalado por alguns, irresponsavelmente, como inviável nas condições do Brasil -, e sobre o Estatuto, tentando nele identificar normas que impingem a militantes comunistas ocupantes de postos em governos a obrigatoriedade de colocar supostos interesses partidários menores acima dos deveres assumidos para com o Estado. O que seria, nesse caso, segundo os detratores, a convalidação do mal uso de recursos públicos. Um imenso e grosseiro absurdo!
Porém por mais rasteiras que sejam as acusações, não cabe nenhuma ilusão de que a pena dos acusadores é bem instruída e tem alvo definido: chamuscar, aos olhos de militantes e aliados, esses dois pilares que dão força e vida ao Partido, em qualquer circunstância – o Programa e o Estatuto.
Daí porque, passada a primeira avalanche da atual guerra aberta contra o PCdoB, olha-se em torno e verifica-se que não há escombros a registrar; há, sim, uma organização mais unida, mais autoconfiante, mais determinada a cumprir seu papel histórico - porque atenta e ativa na defesa dos princípios e da linha política constantes no Estatuto e no Programa.
Ponto para o povo brasileiro, que terá sempre nesse partido uma fonte de orientação que o levará a grandiosas vitórias na luta por sua emancipação.
PCdoB em Terezinha realiza sua 3ª Reunião da Comissão Política
Foi realizada no último sábado a 3ª Reunião Ordinária da Comissão Política (ampliada) do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha. Esteve presente, além dos camaradas da CP, o camarada José Carlos que contribuiu para engrandecer o debate.
Na Reunião, além de informes gerais e encaminhamentos, foi discutido o papel da imprensa do Partido (blog) e as matérias que serão divulgadas a partir de agora. Também foram discutidas as Eleições Municipais de 2012 e a participação do PCdoB no Pleito.
O PCdoB segue firme na ideia de discutir a realidade de Terezinha, contribuindo para a melhora da atual administração e elaborando seu Programa para as Eleições de 2012 em Terezinha. O Partido vai lançar candidaturas próprias a vereador e vem discutindo os nomes que disputarão em 2012.
Na Reunião, além de informes gerais e encaminhamentos, foi discutido o papel da imprensa do Partido (blog) e as matérias que serão divulgadas a partir de agora. Também foram discutidas as Eleições Municipais de 2012 e a participação do PCdoB no Pleito.
O PCdoB segue firme na ideia de discutir a realidade de Terezinha, contribuindo para a melhora da atual administração e elaborando seu Programa para as Eleições de 2012 em Terezinha. O Partido vai lançar candidaturas próprias a vereador e vem discutindo os nomes que disputarão em 2012.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A base ideológica da pauta da direita
Eron Bezerra *
No Amazonas há um fato pitoresco, atribuído a um poeta local, que no início do golpe militar de 1964 teve a sua prisão decretada pelos órgãos de repressão. Ao ser informado de que a causa era suspeição de ser comunista, protestou veementemente: “eu não aceitei nem a república, quanto mais o comunismo, eu sou monarquista”.
Essa caricatura, esse reacionarismo, cabe perfeitamente na atual direita brasileira que também ainda não aceitou esses breves 122 anos de república. Não lutam porque é “politicamente incorreto”, mas sonham, nos mais recônditos de seus turvos pensamentos, com a monarquia, com a chibata, com o voto censitário e restrito aos homens e, por que não, com a volta do poder absolutista.
Só isso explica a defesa de pautas reacionárias e sem qualquer pudor até mesmo quanto ao seu grotesco caráter submisso, de “macaqueamento”, como o slogan que o PSDB, por inspiração de FHC, acaba de lançar: ”yes, we care” (sim, nós nos preocupamos), numa clara e admitida cópia do “Yes, we can” (sim, nós podemos) de Brack Obama nos Estados Unidos.
Se na forma a bandeira é uma tragédia por expor o grau de submissão que essa gente tem ao belicoso e falido império americano, no conteúdo é ainda pior. Além da aberta defesa da redução dos serviços públicos (saúde, educação, segurança, etc.) eles querem acabar com o crédito subsidiado que o governo tem dado a agricultura, à moradia, a bolsas de estudantes universitários, e aos trabalhadores de maneira geral, o que proporcionou, junto com outras politicas públicas, que a economia brasileira crescesse, incorporasse milhões de pessoas ao consumo, se situasse entre as 7 maiores economias do planeta, mesmo numa conjuntura internacional de profunda crise do capitalismo. Mesmo nesse cenário o Brasil seguiu em frente e hoje caminha para o pleno emprego (algo como 5% de desempregados), quando nos Estados Unidos e Europa esse índice oscila entre 10 e 20%. Ainda bem que com a derrota da direita em 2002 nos livramos desse receituário elitista e atrasado, anti-povo.
O que a direita quer é precisamente evitar que essa gente simples tenha acesso a bens de consumo que eles consideram privilegio apenas deles, como o direito de moradia, de comer e até mesmo de viajar de avião, algo até bem pouco tempo era restrito as camadas de maior poder aquisitivo. Eles querem interromper tudo isso.
Mas de onde vem tanto ódio e tanto reacionarismo?
O ódio vem do conteúdo de classe. Eles se consideram superior ao povo e por isso precisam que o povo permaneça pobre, inculto, morando em condições subumanas para que eles possam “reinar” sem contestação.
E o reacionarismo vem de pensadores ultrarreacionários como Thomas Hobbes e Friedrich Hayek e seus confrades de Mont Pelerin (Milton Friedman, Lionel Robins, Karl Popper, dentre outros).
Thomas Hobbes assentou na sua obra o Leviatã (1651), os fundamentos do reacionarismo argumentando, em essência, que o homem é eminentemente mau, perverso e corrupto, assim a única forma de viver em sociedade é através de um contrato social em que ele abre mão de seus direitos em favor de um soberano com poderes absoluto (o Leviatã).
Anos depois, na década de 40, Hayek e seus confrades vão desenvolver esse pensamento no livro intitulado “Caminho da Servidão”, no qual eles defendem abertamente o aumento do desemprego (exército de reserva), o fim de qualquer proteção social aos trabalhadores (restrição a aposentadorias, cobertura de saúde e educação, por exemplo), intransigência absoluta contra toda e qualquer reivindicação trabalhista (repressão à greve), fim da presença do estado na economia (privatizações) e combate sem tréguas ao socialismo que vicejava na Rússia. Era o neoliberalismo.
Não era possível levar tais ideias adiante num momento em que a então União Soviética crescia e desenvolvia uma sociedade que era exatamente o oposto de tudo isso. Assim, as teses de Hayek ficaram na geladeira até o desmonte da experiência socialista da União Soviética e veio com força quando encontrou eco em gente como Pinochet (o primeiro a aplicar), Helmut Kohl, Margareth Thatcher, Fujimori, e os “Fernandos” no Brasil (Collor e FHC) dentre outros seguidores submissos.
O que está em debate no Brasil e no mundo, mais do que forma, é esse conteúdo programático entre a pauta da esquerda ou de centro esquerda e essa pauta reacionária e elitista que a direita do mundo e do Brasil procuram ressuscitar.
* Secretário de Produção Rural do Amazonas, Membro do CC do PCdoB, Secretário Nacional da Questão Amazônica e Indígena e doutorando em "Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia".
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Encontro Nacional de Finanças abordou preparação para eleições
Encontro Nacional de Finanças abordou preparação para eleições
Com o objetivo de preparar o partido para as eleições municipais de 2012, o PCdoB realizou, nos últimos sexta (18) e sábado (19), um Encontro Nacional de Finanças, em Brasília. Dirigentes de 12 estados estiveram presentes. Eles debaterem questões como prestação de contas, arrecadação e gastos. E concordaram que a questão financeira deve ser encarada como uma tarefa do coletivo partidário.Mais que organizar o partido financeiramente para a disputa do ano que vem – discutindo como angariar e como usar os recursos -, o encontro também buscou informar as direções partidárias sobre leis e normas da Justiça Eleitoral e dos órgãos de controle, que a cada ano se tornam mais rígidas.
“O encontro foi feito pensando as finanças como uma questão política essencial, principalmente diante de uma batalha eleitoral, em que as condições materiais têm um papel fundamental”, afirmou Vital Nolasco, secretário nacional de Finanças do PCdoB.
Os debates ocorreram com base em uma minuta da resolução eleitoral do partido, que deverá ser aprovada até o próximo dia 5 de março. O texto prevê pequenas alterações em relação às eleições anteriores.
A principal delas é motivada por uma alteração na legislação, que abre a possibilidade de as direções partidárias iniciarem a arrecadação de recursos para campanha já a partir de janeiro - não precisando, como antes, esperar o registro de candidaturas e seus respectivos CNPJs. Caso seja aprovada a minuta, será exigido que o diretório use uma conta específica para esta finalidade.
A antecipação valerá apenas para as instâncias partidárias. Permanece inalterado o sistema de arrecadação para os candidatos e comitês financeiros de campanha. “Essa mudança vai facilitar muito, porque as direções ficam com mais tempo para fazer a arrecadação. Então passamos essa informação e fizemos um chamado para que os estados e municípios assumam esta tarefa”, disse Vital.
O texto da minuta de resolução também prevê que, a partir da próxima eleição, será obrigatório que um contador acompanhe a prestação de contas das campanhas.
Segundo Vital, com a meta de eleger prefeitos em cidades importantes e de multiplicar o número de vereadores, o PCdoB precisa ter uma preocupação estrutural com a questão financeira. “É importante evitar que falhas em prestações de contas, por exemplo, atrapalhem nossas candidaturas”, disse.
Nesse sentido, durante o encontro, o advogado Paulo Guimarães, especialista em legislação eleitoral, falou sobre as questões jurídicas, na perspectiva de armar o partido contra possíveis problemas.
Agenda
A partir dos debates, verificou-se a necessidade de realizar um outro encontro, assim que a resolução eleitoral for aprovada, desta vez com advogados que trabalham com o PCdoB. A ideia é fazer um seminário para trocar experiências nessa área jurídica, inclusive com a presença de pessoas já experientes no assunto e que estão acostumadas aos trâmites junto à Justiça Eleitoral.
Também foi apontada a importância de replicar este encontro de Finanças nos estados ou por regiões, para que as demais instâncias participem e sejam informadas sobre estes temas.
Contribuição
No encontro, também foi apresentado um balanço sobre o Sistema Nacional de Contribuições Militantes – SINCOM. De acordo com Vital, não tem sido cumprida a determinação estatutária que estabelece que todos os dirigentes nas capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes precisam estar em dia com a contribuição. “Hoje, existe uma média de 1800 contribuintes por mês”, contabiliza João Brasil. “A contribuição é o elo mais estreito entre o partido e os militantes”, defende Vital.
Outra preocupação levantada no encontro foi a de ampliar a emissão da Carteira Nacional de Militantes. “Até agora, apesar da meta de atingirmos mais de 300 mil filiados até a eleição de 2010, só emitimos 13 mil. Isso exige um esforço redobrado da direção do partido.
O evento também deu ênfase à mobilização para as comemorações pelos 90 anos do partido e, consequentemente, à venda do bônus para a arrecadação de verbas para os festejos. O prazo para requerer bônus de R$ 100, R$ 500 e R$ 1000 foi prorrogado e agora vai até 15 de dezembro. Dos recursos angariados, 60% ficarão nos estados e 40%, aos cuidados do Comitê Central.
A Secretaria Nacional de Finanças também reforçou a necessidade de haver um esforço no sentido de proporcionar a plena distribuição do Curso Básico em Vídeo, importante instrumento de formação.
Para além do tema eleitoral, o encontro discutiu também as questões de finanças do próprio partido.
Este trecho do debate foi subsidiado por um processo administrativo que poderá ser transformado em resolução. A comissão nacional de Finanças irá preparar um material, com aspectos técnicos e contábeis, que deve orientar os estados.
Participaram do encontro secretários estaduais e municipais de Finanças e de Organização. Os Estados representados foram Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás, Amazonas, Amapá, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Piauí. O presidente estadual do partido no Amazonas também esteve presente.
Da Redação do www.vermelho.org.br
terça-feira, 15 de novembro de 2011
PCdoB Pernambuco se une por um projeto ousado para 2012
“Quando um partido comunista, contemporâneo e revolucionário como o nosso, se afirma e cresce, isso não passa despercebido”, avaliou o presidente estadual do PCdoB, Alanir Cardoso, na reunião plenária deste sábado (12), a primeira realizada pela direção eleita para dirigir o Partido em Pernambuco no biênio 2011/2013.
“A ofensiva contra o nosso Partido é um ataque ao governo Dilma. E a tática utilizada é derrubar ministros com denúncias veiculadas repetidamente pela mídia. No caso de nosso companheiro Orlando Silva, respondemos com a firmeza, a unidade e a clareza que temos de que essas denúncias não têm qualquer fundamento e que tudo não passa de uma tentativa de rebaixar o nosso Partido, que tem um patrimônio de 90 anos”.
Além da defesa do PCdoB, que mereceu a aprovação por unanimidade de uma moção de solidariedade ao ex-ministro dos Esportes (veja nota abaixo), os dirigentes comunistas debateram os efeitos da crise econômica, o cenário político e as tarefas partidárias rumo às eleições de 2012. Ao final, também elegeram a nova Comissão Política estadual, composta por 21 membros.
Na condição de presidente nacional do PCdoB em exercício, a deputada federal Luciana Santos deu as boas vindas aos camaradas eleitos para o Comitê Estadual, destacando a importância da participação nessa instância deliberativa, particularmente agora em que o Partido pretende apresentar um ousado projeto eleitoral, nacionalmente e em âmbito estadual. “Precisamos estar bem afinados para esse desafio”, alertou.
Na opinião da deputada, fora do período da ditadura, em que muitos dos militantes do PCdoB tombaram, esse foi o maior ataque sofrido pelo Partido. “Acabamos de assistir ao inconformismo das forças de direita que tentam desqualificar sistematicamente os êxitos alcançados a partir do governo Lula batendo o carimbo da corrupção”, disse Luciana, para em seguida chamar a atenção para o debate do marco regulatório das comunicações: “é preciso entender a dimensão do ataque que estamos sofrendo para buscar outro modelo de comunicação para o país. Salta aos olhos a necessidade de discutir a reforma dos meios de comunicação.”
Para o deputado estadual Luciano Siqueira, há sinais de que a campanha presidencial da direita já começou. “A Rede Globo escolheu Aécio Neves como o seu candidato. Se ele tropeçar, poderá ser substituído, mas a campanha tem um conteúdo essencial, que é reviver o udenismo, a UDN contra Juscelino Kubitschek. Eles não têm uma proposta alternativa aos rumos que o Brasil está trilhando, então criam um ambiente na sociedade destinado a levar o eleitor médio a considerar que com a esquerda não dá mais”, disse. Em relação à crise global que atualmente concentra seus efeitos na Europa e nos Estados Unidos, o deputado acredita que todas as medidas anunciadas até agora representam uma grave perda de direitos e o massacre dos trabalhadores. E isso poderá resultar no aguçamento, em uma proporção enorme, da contradição entre capital e trabalho nesses países.
Luciano também destacou a necessidade do Partido se voltar mais atentamente para a luta dos trabalhadores neste momento em que grandes investimentos industriais são anunciados no Estado. “Acelera-se o processo de mudança estrutural na matriz produtiva de Pernambuco. Nós temos comemorado isso, mas é preciso completar a nossa análise com um olhar atento sobre a realidade dos trabalhadores. Vem por aí uma onda de lutas operárias e populares em Pernambuco”, ressaltou.
Preparando o Partido
O Comitê Estadual vai realizar um grande ato político para o lançamento do Curso do Programa Socialista – CPS, marcado para o dia 26 de novembro, na Sociedade de Medicina de Pernambuco. O evento, que deve contar com a presença de Bernardo Jofilly, autor do roteiro do DVD e do gibi do Programa Socialista, abrirá um cronograma de formação militante. Na reunião do Comitê estadual, foi feito um apelo para que todos os dirigentes estejam engajados no esforço de atingir a meta de aplicar o curso a oito mil filiados em todo o Estado, com prioridade para os chamados territórios estratégicos de atuação do Partido.
“A ofensiva contra o nosso Partido é um ataque ao governo Dilma. E a tática utilizada é derrubar ministros com denúncias veiculadas repetidamente pela mídia. No caso de nosso companheiro Orlando Silva, respondemos com a firmeza, a unidade e a clareza que temos de que essas denúncias não têm qualquer fundamento e que tudo não passa de uma tentativa de rebaixar o nosso Partido, que tem um patrimônio de 90 anos”.
Além da defesa do PCdoB, que mereceu a aprovação por unanimidade de uma moção de solidariedade ao ex-ministro dos Esportes (veja nota abaixo), os dirigentes comunistas debateram os efeitos da crise econômica, o cenário político e as tarefas partidárias rumo às eleições de 2012. Ao final, também elegeram a nova Comissão Política estadual, composta por 21 membros.
Na condição de presidente nacional do PCdoB em exercício, a deputada federal Luciana Santos deu as boas vindas aos camaradas eleitos para o Comitê Estadual, destacando a importância da participação nessa instância deliberativa, particularmente agora em que o Partido pretende apresentar um ousado projeto eleitoral, nacionalmente e em âmbito estadual. “Precisamos estar bem afinados para esse desafio”, alertou.
Na opinião da deputada, fora do período da ditadura, em que muitos dos militantes do PCdoB tombaram, esse foi o maior ataque sofrido pelo Partido. “Acabamos de assistir ao inconformismo das forças de direita que tentam desqualificar sistematicamente os êxitos alcançados a partir do governo Lula batendo o carimbo da corrupção”, disse Luciana, para em seguida chamar a atenção para o debate do marco regulatório das comunicações: “é preciso entender a dimensão do ataque que estamos sofrendo para buscar outro modelo de comunicação para o país. Salta aos olhos a necessidade de discutir a reforma dos meios de comunicação.”
Para o deputado estadual Luciano Siqueira, há sinais de que a campanha presidencial da direita já começou. “A Rede Globo escolheu Aécio Neves como o seu candidato. Se ele tropeçar, poderá ser substituído, mas a campanha tem um conteúdo essencial, que é reviver o udenismo, a UDN contra Juscelino Kubitschek. Eles não têm uma proposta alternativa aos rumos que o Brasil está trilhando, então criam um ambiente na sociedade destinado a levar o eleitor médio a considerar que com a esquerda não dá mais”, disse. Em relação à crise global que atualmente concentra seus efeitos na Europa e nos Estados Unidos, o deputado acredita que todas as medidas anunciadas até agora representam uma grave perda de direitos e o massacre dos trabalhadores. E isso poderá resultar no aguçamento, em uma proporção enorme, da contradição entre capital e trabalho nesses países.
Luciano também destacou a necessidade do Partido se voltar mais atentamente para a luta dos trabalhadores neste momento em que grandes investimentos industriais são anunciados no Estado. “Acelera-se o processo de mudança estrutural na matriz produtiva de Pernambuco. Nós temos comemorado isso, mas é preciso completar a nossa análise com um olhar atento sobre a realidade dos trabalhadores. Vem por aí uma onda de lutas operárias e populares em Pernambuco”, ressaltou.
Preparando o Partido
O Comitê Estadual vai realizar um grande ato político para o lançamento do Curso do Programa Socialista – CPS, marcado para o dia 26 de novembro, na Sociedade de Medicina de Pernambuco. O evento, que deve contar com a presença de Bernardo Jofilly, autor do roteiro do DVD e do gibi do Programa Socialista, abrirá um cronograma de formação militante. Na reunião do Comitê estadual, foi feito um apelo para que todos os dirigentes estejam engajados no esforço de atingir a meta de aplicar o curso a oito mil filiados em todo o Estado, com prioridade para os chamados territórios estratégicos de atuação do Partido.
Moção de solidariedade ao camarada Orlando Silva, em defesa do PCdoB
O Comitê Estadual do PCdoB de Pernambuco, recém eleito em Conferência, em sua primeira reunião plenária reafirma a unidade do Partido e manifesta irrestrita solidariedade ao camarada Orlando Silva, vítima de ataques mentirosos de setores da mídia inconformados com os êxitos do processo mudancista iniciado pelo ex-presidente Lula e continuado pela Presidenta Dilma.
O Brasil se insere, de forma cada vez mais soberana, num mundo marcado pela crise capitalista e pelo declínio progressivo dos países imperialistas. Ao ganhar prestígio internacional, conquistou o direito de sediar a copa mundial de futebol em 2014 e as olimpíadas em 2016. Na economia, setores produtivos da sociedade são fortalecidos em detrimento justo do capital financeiro e parasitário. A infra-estrutura nacional recupera-se, cresce o emprego formal e aumentam os investimentos em educação, ciência e tecnologia, saúde e em programas de inclusão social. O esporte se transformou em política pública relevante para estados e municípios e o Brasil bateu todos os recordes anteriores de êxitos nas competições esportivas mundiais.
Essas ideias e ações fazem parte das bandeiras históricas dos comunistas na luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento. Orlando e o PCdoB, que abraçam essa grande causa da Nação, não se deterão diante de mais um ataque das forças reacionárias e imperialistas. Continuaremos vencendo!
Recife, 12 novembro de 2011.
Comitê Estadual do PCdoB/Pernambuco.
O Comitê Estadual do PCdoB de Pernambuco, recém eleito em Conferência, em sua primeira reunião plenária reafirma a unidade do Partido e manifesta irrestrita solidariedade ao camarada Orlando Silva, vítima de ataques mentirosos de setores da mídia inconformados com os êxitos do processo mudancista iniciado pelo ex-presidente Lula e continuado pela Presidenta Dilma.
O Brasil se insere, de forma cada vez mais soberana, num mundo marcado pela crise capitalista e pelo declínio progressivo dos países imperialistas. Ao ganhar prestígio internacional, conquistou o direito de sediar a copa mundial de futebol em 2014 e as olimpíadas em 2016. Na economia, setores produtivos da sociedade são fortalecidos em detrimento justo do capital financeiro e parasitário. A infra-estrutura nacional recupera-se, cresce o emprego formal e aumentam os investimentos em educação, ciência e tecnologia, saúde e em programas de inclusão social. O esporte se transformou em política pública relevante para estados e municípios e o Brasil bateu todos os recordes anteriores de êxitos nas competições esportivas mundiais.
Essas ideias e ações fazem parte das bandeiras históricas dos comunistas na luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento. Orlando e o PCdoB, que abraçam essa grande causa da Nação, não se deterão diante de mais um ataque das forças reacionárias e imperialistas. Continuaremos vencendo!
Recife, 12 novembro de 2011.
Comitê Estadual do PCdoB/Pernambuco.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Artigo do deputado estadual do PCdoB Luciano Siqueira
Como se consolida um partido político?
Luciano Siqueira *
Este é um tema de certo modo frequente na mídia e em círculos acadêmicos: o dos partidos políticos no Brasil, submetidos a variáveis históricas e atuais que, no todo, têm contribuído para que, aqui, diferentemente de outros países, inclusive nossos vizinhos argentinos e uruguaios, mas sobretudo na Europa, predomine a instabilidade e a tênue vinculação com compromissos programáticos. Há que se considerar como pano de fundo do fenômeno, no caso do Brasil, a sinuosa a acidentada construção da República, que em pouco mais de cem anos sofreu o agravo restritivo de nada menos que dezoito intervenções militares – sempre na contramão da democracia. A prática democrática continuada é condição sine qua non de experiências partidárias longevas e consistentes, "em tempo de paz", à margem de epsiódios revolucionários.Mas há uma variávels que pesam decisivamente, situadas nos próprios partidos, em grande medida independentemente de circunstâncias conjunturais: a base teórica e ideológica, os compromissos de classe, a capacidade de construir um pensamento político próprio e de se manter atado à sua base social – mesmo nos mais duros períodos de interdição legal e perseguição policial.
O PCdoB é o exemplo mais marcante, nesse sentido, na história institucional brasileira. Às vésperas de completar noventa anos de existência ininterrupta, amplia e diversifica sua inserção nas mais diversas instâncias e frentes de combate na sociedade – nas esferas institucional, social, teórica e científica – e avança na fortificação de sua matriz teórico-ideológica e política. Nesse intuito, uma iniciativa inédita acaba de ser lançada, a publicação “Estudos Estratégicos”, no dizer do secretário nacional de Organização do Partido, Walter Sorrentino, “uma verdadeira injeção na veia dos quadros”.
Isto porque, segundo Sorrentino, esta é uma necessidade decorrente das “responsabilidades ampliadas do PCdoB perante a nação, e a extensão de suas fileiras militantes bem como da estrutura de quadros, a complexidade crescente da construção partidária, (que) demandam instrumentos que possibilitem organizar a ingente luta pela ampliação e aprofundamento de conhecimentos e pensamento crítico”.
O foco são os quadros de responsabilidades nacionais, instados a estudarem em profundidade temas relacionados com os desafios do desenvolvimento do Brasil, à luz do Programa Socialista, e questões teóricas de fronteira, que dizem respeito ao próprio evolver da teoria marxista-leninista.
Vale anotar que tal iniciativa, apesar da sua ousada dimensão e do seu ineditismo, se insere tão natural quanto o nascer de um novo dia numa gama de realizações cotidianas deste partido que se renova aos noventa anos, capaz de arrostar os mais desmedidos desafios – a exemplo da contraofensiva que ora enceta contra a campanha difamatória que lhe move a grande mídia reacionária – e de avançar sempre.
* Médico, deputado estadual em Recife, membro do Comitê Central do PCdoB
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
7 de novembro, Dia da Revolução Socialista Russa!
Por Clóvis Manfrini
Em 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no antigo calendário russo), era proclamada a primeira república socialista da História, a República Socialista Federativa Russa, sob a liderança do maior revolucionário de todos os tempos, Vladimir Ilitch Ulianov (ou simplesmene Lênin).
Depois de vários anos de luta, a Revolução Russa passou por diversas etapas, iniciadas no final do século XIX. Em 1905, mesmo após a repressão do regime czarista (monarquista), os trabalhadores russos criaram os primeiros Sovietes (Conselhos, em russo) de trabalhadores. O Soviete era uma espécie de Governo paralelo, organizado e liderado pela classe trabalhadora. Com sua inteligência brilhante, Lênin, que se encontrava no exílio, conseguiu influenciar a maioria dos Sovietes e dirigi-los através de membros do Partido Operário Social Democrata Russo (Bolchevique). O POSDR (b) seria mais tarde, em 1921, batizado de Partido Comunista (Bolchevique) Russo.
Em fevereiro de 1917, a burguesia russa contrária ao czarismo deu um golpe e derrubou o czar Nicolau II. Foi a segunda etapa da revolução. Um Governo burguês foi instalado e liderado pelos mencheviques (minoria do POSDR).
Em abril de 1917, Lênin volta do exílio e lidera o processo de tomada de poder pelos bolcheviques. Pão, Terra e Liberdade, eram as três palavras que Lênin colocaria em prática para que a Revolução fosse vitoriosa. Os trabalhadores das cidades e os camponeses apoiam o Partido Bolchevique de Lênin e em 25 de outubro no antigo calendário russo (7 de novembro do atual) a Revolução Socialista Russa é vitoriosa.
O Governo Revolucionário tem Vladimir Lênin à frente que cumpre o Programa Bolchevique e realiza uma reforma agrária, dando terra aos camponeses, pão aos trabalhadores das cidades que viviam na miséria e promove a liberdade do povo que vivia há séculos na opressão czarista.
O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução de Outubro como ficou conhecida. A Rússia passou de um país atrasado, com 70% de analfabetos, vivendo numa miséria absoluta, para (já em meados da década de 1930) ser um dos países mais avançados. Em 1921, com a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Revolução alcançou mais países vizinhos. Até 1991, ano em que foi extinta, a União Soviética era a maior potência militar e industrial do mundo, sua economia era a segunda do mundo e os índices sociais eram os primeiros em vários aspectos como: saúde, educação, segurança, entre outros.
As experiências socialistas não morreram, estão aí vivas, para demonstrar que o sistema capitalista não é o melhor para o mundo. O mundo só será livre quando viver num sistema onde todos tenham oportunidade, onde todos possam usufruir das riquezas, onde todos vivam em paz.
Viva o Socialismo!
Em 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no antigo calendário russo), era proclamada a primeira república socialista da História, a República Socialista Federativa Russa, sob a liderança do maior revolucionário de todos os tempos, Vladimir Ilitch Ulianov (ou simplesmene Lênin).
Depois de vários anos de luta, a Revolução Russa passou por diversas etapas, iniciadas no final do século XIX. Em 1905, mesmo após a repressão do regime czarista (monarquista), os trabalhadores russos criaram os primeiros Sovietes (Conselhos, em russo) de trabalhadores. O Soviete era uma espécie de Governo paralelo, organizado e liderado pela classe trabalhadora. Com sua inteligência brilhante, Lênin, que se encontrava no exílio, conseguiu influenciar a maioria dos Sovietes e dirigi-los através de membros do Partido Operário Social Democrata Russo (Bolchevique). O POSDR (b) seria mais tarde, em 1921, batizado de Partido Comunista (Bolchevique) Russo.
Em fevereiro de 1917, a burguesia russa contrária ao czarismo deu um golpe e derrubou o czar Nicolau II. Foi a segunda etapa da revolução. Um Governo burguês foi instalado e liderado pelos mencheviques (minoria do POSDR).
Em abril de 1917, Lênin volta do exílio e lidera o processo de tomada de poder pelos bolcheviques. Pão, Terra e Liberdade, eram as três palavras que Lênin colocaria em prática para que a Revolução fosse vitoriosa. Os trabalhadores das cidades e os camponeses apoiam o Partido Bolchevique de Lênin e em 25 de outubro no antigo calendário russo (7 de novembro do atual) a Revolução Socialista Russa é vitoriosa.
O Governo Revolucionário tem Vladimir Lênin à frente que cumpre o Programa Bolchevique e realiza uma reforma agrária, dando terra aos camponeses, pão aos trabalhadores das cidades que viviam na miséria e promove a liberdade do povo que vivia há séculos na opressão czarista.
O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução de Outubro como ficou conhecida. A Rússia passou de um país atrasado, com 70% de analfabetos, vivendo numa miséria absoluta, para (já em meados da década de 1930) ser um dos países mais avançados. Em 1921, com a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Revolução alcançou mais países vizinhos. Até 1991, ano em que foi extinta, a União Soviética era a maior potência militar e industrial do mundo, sua economia era a segunda do mundo e os índices sociais eram os primeiros em vários aspectos como: saúde, educação, segurança, entre outros.
As experiências socialistas não morreram, estão aí vivas, para demonstrar que o sistema capitalista não é o melhor para o mundo. O mundo só será livre quando viver num sistema onde todos tenham oportunidade, onde todos possam usufruir das riquezas, onde todos vivam em paz.
Viva o Socialismo!
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
4 de novembro de 1969: Marighella é assassinado! Viva Marighella!
Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo revolucionário fundado e dirigido por Marighella |
Carteira de membro do Partido |
Marighella morto dentro do carro de um companheiro quando foi emboscado pela polícia do delegado Fleury |
Carlos Marighella, ex-deputado constituinte pelo Partido Comunista do Brasil em 1946. Assassinado em 4 de novembro de 1969 numa emboscada armada pelo sanguinário delegado de polícia Fleury, num bairro em São Paulo. Marighella foi um dos grandes herois do povo brasileiro, na sua luta pelo socialismo, deu sua vida. Camarada Marighella, presente! | |||
Derrotar a direita em Terezinha é um dos papéis do PCdoB
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha segue uma orientação do Comitê Central: defender o Governo Dilma Roussef (PT) e derrotar a direita reacionária em 2012 em todos os municípios onde o Partido está organizado.
Em Terezinha, uma das ideias centrais do PCdoB é derrotar a direita reacionária (representada pelo PSDB e DEM) se aliando a grupos progressistas, desenvolvimentistas. O PCdoB em Terezinha vai combater a velha política da direita, o toma-lá-dá-cá, o velho coronelismo de oligarquias decadentes, entre outras práticas que estão ficando no passado, principalmente após a histórica eleição de um nordestino, metalúrgico, de esquerda, Luís Inácio da Lula da Silva.
O PCdoB vem para desmascarar as velhas formas de fazer política. Partidos como o PSDB, o DEM, sempre estiveram contra o povo, sempre jogaram sujo contra políticos de perfil popular. O PFL, hoje DEM, sempre foi contra mudanças, sempre ficou do lado do atraso, lutou a vida inteira contra o ex-governador Miguel Arraes (PSB), combateu raivosamente os 8 anos do Governo Lula (PT) e hoje faz uma oposição rasteira, sem ideias, só para atrapalhar o bom Governo Dilma Roussef (PT).
O PSDB governou o Brasil com Fernando Henrique Cardoso durante 8 anos. Apesar de ter conseguido estabilizar a economia - por um lado - por outro, destruiu o patrimônio público brasileiro, entregando estatais lucrativas como a Telebras, a Vale do Rio Doce, entre outras. Hoje, o PSDB faz oposição só por fazer, tanto a nível nacional como aqui em Terezinha. O PSDB não traz nada de novo, embora seu discurso seja mascarado, numa tentativa de iludir o povo. Em Pernambuco, o PSDB tenta se aproximar do Governo Eduardo Campos (PSB) para pegar uma boquinha, mostrando suas garras de um oportunismo barato. O PCdoB vai desmascarar a direita, mostrando ao povo a verdade sobre estes partidos oportunistas: PSDB e DEM.
Históricamente, como disse o ex-presidente Lula certa vez, a direita reacionária está sendo "extirpada" do Brasil. Já não cabe mais espaço para a prática nefasta dos partidos de direita e seus representantes.
Para o PCdoB só com uma política justa, honesta, nova, democrática de fato, para desmascarar as verdadeiras intenções da direita reacionária no Brasil e em Terezinha.
Nunca mais queremos o PSDB ou DEM no poder!
Viva a luta do povo!
Viva o Partido Comunista do Brasil!
Viva Terezinha!
Em Terezinha, uma das ideias centrais do PCdoB é derrotar a direita reacionária (representada pelo PSDB e DEM) se aliando a grupos progressistas, desenvolvimentistas. O PCdoB em Terezinha vai combater a velha política da direita, o toma-lá-dá-cá, o velho coronelismo de oligarquias decadentes, entre outras práticas que estão ficando no passado, principalmente após a histórica eleição de um nordestino, metalúrgico, de esquerda, Luís Inácio da Lula da Silva.
O PCdoB vem para desmascarar as velhas formas de fazer política. Partidos como o PSDB, o DEM, sempre estiveram contra o povo, sempre jogaram sujo contra políticos de perfil popular. O PFL, hoje DEM, sempre foi contra mudanças, sempre ficou do lado do atraso, lutou a vida inteira contra o ex-governador Miguel Arraes (PSB), combateu raivosamente os 8 anos do Governo Lula (PT) e hoje faz uma oposição rasteira, sem ideias, só para atrapalhar o bom Governo Dilma Roussef (PT).
O PSDB governou o Brasil com Fernando Henrique Cardoso durante 8 anos. Apesar de ter conseguido estabilizar a economia - por um lado - por outro, destruiu o patrimônio público brasileiro, entregando estatais lucrativas como a Telebras, a Vale do Rio Doce, entre outras. Hoje, o PSDB faz oposição só por fazer, tanto a nível nacional como aqui em Terezinha. O PSDB não traz nada de novo, embora seu discurso seja mascarado, numa tentativa de iludir o povo. Em Pernambuco, o PSDB tenta se aproximar do Governo Eduardo Campos (PSB) para pegar uma boquinha, mostrando suas garras de um oportunismo barato. O PCdoB vai desmascarar a direita, mostrando ao povo a verdade sobre estes partidos oportunistas: PSDB e DEM.
Históricamente, como disse o ex-presidente Lula certa vez, a direita reacionária está sendo "extirpada" do Brasil. Já não cabe mais espaço para a prática nefasta dos partidos de direita e seus representantes.
Para o PCdoB só com uma política justa, honesta, nova, democrática de fato, para desmascarar as verdadeiras intenções da direita reacionária no Brasil e em Terezinha.
Nunca mais queremos o PSDB ou DEM no poder!
Viva a luta do povo!
Viva o Partido Comunista do Brasil!
Viva Terezinha!
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Eleições 2012
A partir de hoje, o Blog do PCdoB tira algumas dúvidas sobre o processo eleitoral do ano que vem.
As Eleições de 2012 serão para escolher que cargos?
Em 7 de outubro de 2012, os cidadãos brasileiros maiores de 16 anos votarão para Prefeito e Vereador.
Quantas vagas para vereador em Terezinha?
Em Terezinha, o número de vereadores continua o mesmo, nove.
O que é Quociente Eleitoral?
Quociente eleitoral ou Coeficiente eleitoral é, em conjunto com o quociente partidário e a distribuição das sobras, o método pelo qual se distribuem as cadeiras nas eleições proporcionais brasileiras (cargos de deputado federal, deputado estadual ou distrital e vereador).
Se chamarmos de Qe o quociente eleitoral e de Qp o quociente partidário, temos:
e
O número de cadeiras obtidas por cada partido corresponde a parte inteira do quociente partidário. Caso a soma das cadeiras obtidas pelos partidos não seja igual ao total de cadeiras, as cadeiras restantes são divididas de acordo com o sistema de médias, também conhecido como distribuição das sobras.
Nas últimas eleições em Terezinha, a média de votos válidos para candidatos proporcionais ficou em 4200 votos, ou seja, uma média de 460 votos por cadeira (vereador). Lembrem que isto é uma média, podendo ser maior ou menor a cada eleição. Neste caso, para uma coligação ou Partido conseguir uma vaga, terá que obter esta média.
As Eleições de 2012 serão para escolher que cargos?
Em 7 de outubro de 2012, os cidadãos brasileiros maiores de 16 anos votarão para Prefeito e Vereador.
Quantas vagas para vereador em Terezinha?
Em Terezinha, o número de vereadores continua o mesmo, nove.
O que é Quociente Eleitoral?
Quociente eleitoral ou Coeficiente eleitoral é, em conjunto com o quociente partidário e a distribuição das sobras, o método pelo qual se distribuem as cadeiras nas eleições proporcionais brasileiras (cargos de deputado federal, deputado estadual ou distrital e vereador).
Se chamarmos de Qe o quociente eleitoral e de Qp o quociente partidário, temos:
e
O número de cadeiras obtidas por cada partido corresponde a parte inteira do quociente partidário. Caso a soma das cadeiras obtidas pelos partidos não seja igual ao total de cadeiras, as cadeiras restantes são divididas de acordo com o sistema de médias, também conhecido como distribuição das sobras.
Nas últimas eleições em Terezinha, a média de votos válidos para candidatos proporcionais ficou em 4200 votos, ou seja, uma média de 460 votos por cadeira (vereador). Lembrem que isto é uma média, podendo ser maior ou menor a cada eleição. Neste caso, para uma coligação ou Partido conseguir uma vaga, terá que obter esta média.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Companheiro Lula, torcemos por você!
Lula agradece apoio e diz que não há espaço para o pessimismo
Ao lado de sua mulher, Marisa Letícia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradece, em vídeo, o apoio recebido da população após a descoberta de um tumor na laringe. "Eu quero agradecer o povo brasileiro pelo carinho, pela solidariedade. O que aconteceu comigo é daquelas coisas que acontece com tudo mundo, mas que a gente acha que acontece com os outros e nunca com a gente." O ex-presidente também afirmou que não há espaço para o pessimismo.Lula diz que estar preparado para enfrentar "mais essa batalha". "E acho que vamos conseguir tirar de letra, basta que a gente siga as recomendações médicas, que a gente faça aquilo que deve ser feito. Não foi a primeira nem a última batalha."
O ex-presidente ainda pede que a população continue acreditando no Brasil. "A gente precisa continuar acreditando no Brasil, botando fé nesse país. Acreditar na nossa presidenta, ajudá-la. Não existe espaço para pessimismo, para ficar lamentando", diz.
"Sem perseverança, sem muita persistência, sem muita garra, a gente não consegue nada... E eu vim para a terra para lutar e para melhorar a vida do povo."
Lula finaliza o vídeo afirmando que sua voz está ruim, mas que ele está doido para falar para os seus companheiros. "Até a primeira assembleia, comício ou ato público."
O vídeo foi gravado na tarde desta terça-feira (1º), pouco antes de Lula deixar o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde fez sua primeira sessão de quimioterapia.
Fonte: Folha de S.Paulo
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