O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realiza neste final de semana — dias 10 e 11—, em São Paulo, a 9ª reunião do Comitê Central. O órgão máximo dirigente do Partido examinará uma extensa pauta sobre temas políticos nacionais, internacionais e da construção partidária.
A profunda crise do sistema capitalista mundial que tem como epicentro, no atual momento, a Europa, é um dos temas em debate. O secretário nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, ressalta que a fase atual é uma das mais agudas da crise representada pela falência do modelo neoliberal adotado nos últimos anos pelas potências imperialistas. “Essa é uma demonstração da incapacidade do capitalismo de oferecer soluções minimamente aceitáveis para os problemas estruturais que a humanidade enfrenta”.
A pauta da reunião da direção comunista também contemplará a denúncia contundente das medidas anti-operárias e anti-nacionais que vêm sendo tomadas pelos governos capitalistas e retrógrados para “enfrentar” a crise. Essas medidas resultam em mais arrocho para os trabalhadores e maiores perdas de direitos econômicos e sociais.
Os dirigentes do PCdoB examinarão ainda o quadro internacional cada vez mais marcado pelas gravíssimas ameaças à paz, à segurança mundial, à estabilidade e aos direitos democráticos. Os comunistas brasileiros devem reiterar a condenação dos planos de guerra imperiais dos EUA e seus aliados.
O cenário político nacional também é um dos temas em destaque da reunião. Preocupam de maneira particular os reflexos da crise econômica internacional no Brasil. A divulgação dos dados do PIB brasileiro esta semanaaponta a momentânea estagnação da economia. Segundo José Reinaldo, o resultado é fruto de uma situação objetiva desfavorável, mas também de uma política macro-econômica e financeira errada e já esgotada.
A pauta da última reunião deste ano do CC também fará um balanço da conjuntura política e a preparação do debate eleitoral de 2012 — que se reveste de grande importância para a acumulação de forças eleitoral da legenda comunista. A direção partidária vai reforçar o apoio político ao governo da presidente Dilma Rousseff, e seu empenho em colaborar com o êxito do propósito da consolidação da democracia no país, a soberania nacional e promoção de reformas estruturais necessárias para o avanço do país.
Os comunistas examinarão uma série de documentos relacionados com a política de construção partidária, a valorização da militância e das organizações de base, da atividade de comunicação, formação, de massas e internacionalista do Partido.
Da redação.
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