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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Diap escolhe os mais influentes do Congresso: sete são do PCdoB

Da bancada de 14 deputados e dois senadores, o PCdoB teve sete escolhidos entre os cem mais influentes do Congresso Nacional. Os dados fazem parte da pesquisa anual do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Desde 1994, o Diap escolhe entre o universo dos 513 deputados e 81 senadores, os cem parlamentares que, segundo critérios do Diap, são os mais influentes. Os mais influentes escolhem os 10 “cabeças”.

Segundo Alysson Alves, jornalista e assessor do Diap, a escolha é balizada por critérios científicos das ciências políticas. São critérios reputacionais, institucionais e decisionais. Reputacionais correspondem o modo como são visto pelos companheiros de Parlamento; institucionais consideram os postos que ocupam na estrutura da Casa; e decisionais, como atuam frente às decisões que ocorrem no Parlamento.

Alves explica ainda que “o Diap não efetua nenhum patrulhamento ideológico”, acrescentando que o levantamento é feito como uma prestação de serviço ao movimento sindical e à sociedade em geral. O Diap acompanha a disputa eleitoral, quem são os candidatos e o que defendem na campanha, e procura informar os trabalhadores - base do Diap – e, ao longo do mandato, acompanha o trabalho desses parlamentares para verificar se a prática legislativa corresponde ao que foi prometido durante a campanha eleitoral.

O Diap classifica os parlamentares em cinco categorias, de acordo com suas habilidades, dando destaque à característica principal de cada operador-chave do processo legislativo. As categorias são debatedores; articuladores/organizadores; formuladores; negociadores; e formadores de opinião. As classificações não são excludentes. Assim, um parlamentar pode, além de sua habilidade principal, possuir outras secundárias.

Presença feminina

A presença feminina entre os mais influentes do Congresso, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Enquanto as mulheres representam 15,31% do Congresso (91, sendo 83 deputadas e oito senadoras), na elite do Congresso (Câmara e Senado) elas correspondem a apenas 9% (cinco deputadas e quatro senadoras).

São as deputadas Alice Portugal (BA) e Manuela D´Ávila (RS), ambas do PCdoB, Ana Arraes (PE) e Luiza Erundina (SP), do PSB; e Rose de Freitas (PMDB-ES) e as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Kátia Abreu (DEM-TO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Marta Suplicy (PT-SP).

Em ascensão

A lista dos cem mais influentes é acrescida por 50 nomes dos parlamentares considerados em “ascensão”. Segundo Diap, são aqueles deputados ou senadores que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas. Estão também nessa categoria os parlamentares que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento.

As deputadas Jô Morares (MG) e Jandira Feghali (RJ), do PCdoB, estão na lista dos 50 em ascensão. Pode-se afirmar que os parlamentares em ascensão estariam entre os 150 mais influentes do Congresso Nacional.

Os “Cabeças”

Os 100 mais influentes são convidados a escolher os 10 “cabeças” do Congresso. Este ano, 65 congressistas, sendo 43 deputados e 22 senadores participaram da pesquisa e, ao votarem para eleição dos dez mais influentes, optaram por valorizar o critério institucional, ou seja, o posto que o parlamentar ocupa na estrutura da Casa, já que foram escolhidos os presidentes das duas Casas do Congresso, os líderes do governo na Câmara e no Senado e seis líderes partidários.

Partidariamente, lidera a lista dos mais influentes os dois principais partidos da base de sustentação do governo, estando em primeiro lugar o PMDB, com quatro parlamentares, e, em segundo, o PT, com três, seguidos dos dois principais partidos de oposição, o DEM, com dois, e o PSDB, com um.

Mais informações no Portal Vermelho:  http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=170363&id_secao=1

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