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quarta-feira, 7 de março de 2012

8 de Março: Dia Internacional das Mulheres

A UBM (organização das mulheres do PCdoB) vai organizar atos políticos em todo o país para conscientização da importância da Luta por mais poder político para as mulheres.
Em Terezinha o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terezinha (STR/Terezinha), vai organizar grande ato político com a participação das mulheres terezinhenses. A festa vai ser na próxima sexta-feira, dia 9, e encerra a Semana Internacional da Mulher. O 8 de março é um dia de conscientização, de luta pela igualdade de gêneros, pelo fim das injustiças sociais e pelo fim do preconceito e da violência contra a mulher.


O dia da mulher ou dia da mulher trabalhadora
é um dia de solidariedade internacional
e um dia para relembrar sua força e sua organização”.
Alexandra Kollontai 


História

Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a professora comunista Clara Zetkin apresentou a proposta de se fixar um dia específico para destacar as lutas e o protagonismo histórico das mulheres. No entanto, é só a partir de 1922 que o 8 março vai se constituir como data unitária mundial, referenciada na greve das operárias têxteis de Petrogrado em 1917, que tomaram as ruas exigindo pão e paz. Esta luta das operárias russas inaugura um ciclo revolucionário na Rússia czarista que culminará no maior acontecimento político do século XX, a revolução soviética. O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, assinala, pois, a grandeza de nossa participação e a positividade de nossas lutas, reafirmadas por nossa coragem, ousadia e irreverência.

Presente

A primeira divisão do trabalho teve como base a divisão sexual do trabalho, onde o homem foi direcionado à caça e a mulher à reprodução e aos cuidados da casa. No capitalismo, a divisão do trabalho adquire uma nova dimensão: a exploração da classe trabalhadora pela classe dos capitalistas, a classe burguesa. Homens, mulheres e crianças, então absolutamente livres de capital, precisam entregar-se a ele para sobreviverem. Mas esta entrega não foi, e não é, uma entrega voluntária, ao contrário, realiza-se mediante a coerção e a violência organizadas pelo estado capitalista e suas instituições, ao que respondemos com nossa luta.

Desde o início dos anos 90 a correlação de forças na luta de classes tem sido tão favorável aos capitalistas quanto dramática para o conjunto da classe trabalhadora. Enquanto mulheres e mães testemunham isto diariamente, ao vermos como as exigências do capital dificultam nossa vida familiar e como desorganizam a vida escolar de nossos filhos, ao recrutá-los prematura e covardemente para o mercado de trabalho. Enquanto trabalhadoras e companheiras percebemos a regressão acelerada dos nossos direitos, sofremos com o desemprego e a constante degradação salarial. Por isto, adotar-se a reivindicação por direitos iguais entre homens e mulheres como foco central de nossa luta, como quer o feminismo liberal, não é outra coisa senão exigir que nos conformemos com a precarização da vida, que nos basta ser tão escravas quanto os nossos companheiros, enfim, que nos resignemos com a generalização da escravidão assalariada.

Estas duas últimas décadas foram muito dolorosas, mas também muito ricas em lições. Aprendemos que no capitalismo não há direito assegurado de antemão; que mesmo com a luta, muitas vezes os resultados são insatisfatórios; que o nosso trabalho diário, que parece correr para o ralo, é de fato o que sustenta a corrupção e engorda multinacionais e banqueiros. Estas lições demonstram que para compreendermos o mundo, condição essencial para transformá-lo, precisamos enxergar as contradições que estão além das diferenças de gênero. De fato, o antagonismo essencial do capitalismo está nas diferenças de classe, nas diferenças entre os trabalhadores, que produzem as riquezas, e os capitalistas, que se apropriam delas por deterem os meios de produção. As feministas socialistas sabem a quem interessa que mulheres e homens se consumam numa luta interminável entre si. Por isso, o movimento feminista socialista afirma que é integrando as lutas de mulheres e homens que seremos capazes destruir o poder do capital, abolir as classes e de vencer os desafios colocados pela vida.

Futuro

Vivemos a época da globalização imperialista, da integração monopolista, da supremacia de uma poderosa oligarquia financeira internacional, cujos tentáculos abarcam todo o planeta. A aplicação planetária das fórmulas neoliberais, que conhecemos bem, é o sinal mais evidente da existência de um governo dos governos, acima de povos e nações. Os princípios da soberania e da auto-determinação foram já redefinidos: tornaram-se soberania e auto-determinação do capital financeiro. Nesta nova ordem, os povos e países que a contestaram foram catalogados como pertencentes ao “Eixo do Mal”, e constam de uma lista de espera pela ira do senhor... a guerra imperialista.

A entrega da soberania pelos governos nacionais, uma vez que os torna ainda mais incapazes de responder às demandas de seus povos, implicará a utilização, com freqüência crescente, da repressão e da fraude contra as trabalhadoras e os trabalhadores, através da polícia e da mídia. No capitalismo é este o futuro que nos espera!

Companheiras! A luta das mulheres só pode ser uma luta revolucionária, uma luta contra os monopólios, contra o imperialismo e suas guerras. Reafirmamos também as bandeiras levantadas pelas mulheres na II Internacional Socialista: pelo direito à creche, a salários iguais, pelo direito de decisão sobre  o  nosso  corpo (aborto legal e seguro) e pelo fim  da violência doméstica e sexual. A nossa luta é a luta de todas as mulheres do mundo, a nossa luta é internacional. A emancipação plena da mulher só será alcançada na sociedade socialista.

Nossa solidariedade às mulheres trabalhadoras de todo o mundo!
PCdoB, o Partido do Socialismo!
Viva a Mulher!

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