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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Entrevista com a Comissão Política do PCdoB em Terezinha

A entrevista com membros da Comissão Política do PCdoB em Terezinha foi realizada na última terça-feira, dia 27, no programa Independência Debate (comandado por J. Régis) pela FM Independência de Terezinha.



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Entrevista com Renato Rabelo, Presidente Nacional do PCdoB

Renato Rabelo: Um PCdoB mais forte ideologicamente e organizado

Em entrevista ao Portal Vermelho, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, falou das perspectivas eleitorais do PCdoB em 2012, definidas por ele como um importante momento de “acumulação de forças”. Segundo ele, o Partido tem registrado, a cada pleito, um importante crescimento e as eleições majoritárias [para prefeitos] serão importantes para que o PCdoB se torne ainda mais conhecido pela população.

Por Mariana Viel
 
O dirigente nacional falou ainda dos recentes ataques e calúnias que o Partido sofreu e enfatizou que elas são uma demonstração da importante influência que o PCdoB exerce no cenário político brasileiro. “Para as forças de direita, ter um governo que possui em seu núcleo partidos mais consequentes, que oferecem uma visão mais à esquerda, é inimaginável.”

Renato ressaltou ainda o crescimento do Partido e a importância do reforço de sua organização. “Um Partido estruturado, organizado, consciente e permanente é uma ameaça. Na prática, a resposta que temos que dar é fazer um grande esforço por um Partido mais forte ideologicamente e mais bem organizado.”

Leia abaixo a segunda parte da entrevista com o dirigente nacional do PCdoB ao Vermelho:

Vermelho:
Quais são as perspectivas para a atuação do Partido em 2012?
Renato Rabelo: O Partido tem uma compreensão, que considero uma conquista muito importante, que é a acumulação de forças. Para alcançar nossos objetivos maiores, é preciso acumular forças. Baseado exatamente nessa compreensão teórica, o PCdoB definiu a sua política. O Programa Socialista também reflete isso porque está estruturado nessa visão – de que é preciso alcançarmos um rumo, que é o nosso grande ideal: a construção de uma nova sociedade, uma sociedade socialista.

Para isso, é preciso um caminho de acumulação – que é traduzido dentro de uma orientação política que seria a luta pela construção de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. O Partido vem tentando seguir essa orientação e com isso tem crescido e se expandido – não apenas na sua influência política e no governo do qual participamos, mas também no seio do povo e dos trabalhadores.

Vermelho: Qual a importância das eleições do próximo ano nesse processo de acumulação de forças?
Renato Rabelo: O PCdoB vem crescendo, mesmo que progressivamente, nos pleitos – onde também foi definido um processo de acumulação. Estamos também fortalecendo pouco a pouco nossa participação nas eleições majoritárias. Se em 2008 tivemos uma presença maior nas eleições majoritárias, em 2012 essa participação será muito maior.

Temos hoje condições concretas para disputar o pleito majoritário em 10 capitais brasileiras – o que é também um processo importante de acumulação. Além disso, o Partido passou a ocupar posições institucionais de maior relevância no governo federal, criando inclusive incômodos para as forças reacionárias. É exatamente em função dessa expansão, desse crescimento e do aumento dessa influência, que essas forças mais à direita vêm procurando atingir o Partido – na tentativa de jogar o PCdoB na vala comum. Para eles é muito perigoso um partido que defende um novo rumo, uma nova sociedade.

O PCdoB tem que ficar mais conhecido da população e para isso tem que ter candidatos majoritários. O momento da acumulação de forças, no nível em que o Partido se encontra, são as eleições majoritárias. Quando chegamos em uma capital ou cidade média importante – e iremos disputar a Prefeitura em mais 20 dessas cidades – apresentando as nossas propostas, passamos a popularizar o PCdoB e o nosso número de legenda, o 65.

Uma candidatura em São Paulo, que é o maior município do país, tem uma repercussão muito grande. O povo de São Paulo passa a ficar conhecendo o PCdoB. Ainda mais porque teremos um nome conhecido. As pesquisas mostram que um dos pré-candidatos mais conhecidos é Netinho de Paula. Teremos um candidato muito conhecido representando o Partido e isso é muito importante para aproximar o povo do PCdoB. Se levarmos em conta as demais capitais e cidades médias onde vamos disputar as eleições municipais, é possível atingir mais da metade do eleitorado do Brasil. Por isso 2012 tem um significado importante para nós.

Vermelho: Os recentes ataques caluniosos contra o Partido e contra o ex-ministro Orlando Silva foram motivados pelo crescimento do PCdoB e pelas lutas que ele defende?
Renato Rabelo: Para as forças de direita, ter um governo que possui em seu núcleo partidos mais consequentes, que oferecem uma visão mais à esquerda, é inimaginável. Tudo aquilo que pode levar o governo mais à esquerda tem que ser barrado. Eles criam uma agenda que é para incompatibilizar o governo com esses partidos. O próprio Fernando Henrique Cardoso, que é o ideólogo deles, já vinha atacando o PCdoB. Por que ele nominava o PCdoB? Se fosse um Partido que não tivesse influência, ou nenhum papel maior, para quê ele perderia tempo?

Eles encontraram um provocador que fez uma denúncia montada, uma grande armação política – isso na história dos Partidos Comunistas existem muitos exemplos – e a partir daí procuraram exatamente construir aquilo que eles já vinham perseguindo. A campanha não se voltou apenas contra o ministro Orlando Silva, ela foi dirigida contra o Partido. Foram 20 dias de campanha uníssona nacional contra o PCdoB. É tanto que você vê que nos outros casos os partidos não entraram muito em cena. No nosso caso houve uma campanha dirigida, orquestrada, montada contra o Partido.

Vermelho: Quais são as lições que o PCdoB tirou desse episódio?
Renato Rabelo: À medida que um partido como o nosso cresce, a luta de classes se acirra. À medida que partidos como o nosso têm um papel maior, podendo até influir nos rumos do governo, a luta política se acirra e temos que estar mais preparados para ela. Não podemos subestimar isso. Não devemos deixar de lado que a elevação e a radicalização da luta política acontecem nos momentos em que um partido mais consequente, ou com uma visão mais avançada, começa a vingar. As forças de direita procuram reagir, muitas vezes, agressivamente.

No plano mundial o cenário atual é muito parecido. À medida que a crise se aprofunda e que as forças de direita podem perder posições, as reações são mais agressivas. Temos dito inclusive que o processo de radicalização decorre da ação das forças dominantes de direita que não querem perder posição. Eles não querem deixar suas posições simplesmente no diálogo. Temos que estar preparados para isso. Essa é uma lição histórica para os comunistas. Temos que ter uma compreensão profunda sobre isso.

Outra questão é que podemos cometer erros também, deixar flancos, e nessas horas o método que usamos é sempre tirar lições. As experiências socialistas do século passado, que foram importantes, chegaram a um apogeu muito grande, mas tiveram grandes reveses. É o que o Partido vai procurar fazer, tirar ensinamentos e se preparar mais ainda para as lutas que vêm.

Vermelho: A unidade do PCdoB, desde sua militância até seus quadros e dirigentes partidários, também marcou esse momento. Em sua análise, qual foi a importância dessa unidade?
Renato Rabelo: É nas grandes batalhas e diante dos grandes ataques que a luta política e de classe revela, que temos de ver também como o Partido se comporta. O PCdoB se comportou com uma característica essencial nessas horas, que é a unidade. Em situações como essas, tanto na guerra como na luta política, não pode haver desagregação. Porque a divisão leva justamente à derrota. A prova mais importante, mostrando que o Partido vai se colocando à altura, é que conseguimos nos unir. O Partido não recuou e se colocou de forma viva e audaz diante do ataque que sofreu. Começo pelo próprio ministro, o alvo direto dos ataques, que atuou com altivez e de forma determinada. Posso dizer que diante dessa grande batalha o Partido até cresceu. Durante a deflagração das denúncias, as conferências municipais e estaduais – que são uma norma estatutária e que vinham sendo realizadas em todo o país – se transformaram em grandes atos de desagravo ao ministro e em defesa do PCdoB.

Procuramos também demonstrar que o ataque contra o PCdoB foi igualmente um ataque ao próprio governo. O medo das forças reacionárias é que o governo seja ainda mais influenciado pelas forças de esquerda. Esse era um foco importante para desestabilizar e descaracterizar o governo. Percebemos que o governo teve essa compreensão porque um dos objetivos dos ataques era afastar o PCdoB. No ato de posse do ministro Aldo Rebelo – que aconteceu no Palácio do Planalto – a presidente Dilma Rousseff defendeu o Partido, dizendo que o PCdoB é fundamental para o seu governo, que o Orlando havia sido um ministro excepcional e que o novo ministro iria elevar e valorizar ainda mais o governo. A mídia ficou engasgada naquele momento. Por isso o ato não teve tanta repercussão.

Vermelho:
Além da disputa em grandes capitais nas eleições do próximo ano, qual será a importância do crescimento da base partidária em 2012?
Renato Rabelo: O Partido tem aumentado sua influência política e por isso tem atraído muita gente para se filiar. Durante o processo de conferências, nosso contingente cresceu 35% em alguns meses – inclusive incorporando lideranças populares, do âmbito intelectual e de diversos setores da sociedade.

O outro lado da medalha é que temos que nos estruturar e organizar. Isso é o que diferencia o PCdoB. Um partido estruturado tem muito mais força do que um partido que não é tão organizado e permanente. Lutamos e definimos tarefas, sobretudo tendo uma política de quadros – que também é uma grande conquista do Partido – que seja capaz de nos levar aos objetivos que traçamos. O Partido não é um ente abstrato, não está fora da contenda política. Quadros e uma camada grande de militantes são fundamentais.

Demos alguns passos nesse sentido e esse foi um dos fatores que causou temor em alguns setores. Um Partido estruturado, organizado, consciente e permanente é uma ameaça. Na prática, a resposta que temos que dar é fazer um grande esforço por um Partido mais forte ideologicamente e mais bem organizado.

Vermelho: Diante dessa necessidade, qual é a importância do lançamento do Curso do Programa Socialista?
Renato Rabelo: Esse é um curso básico sobre o Programa do Partido – uma iniciativa que já vínhamos perseguindo – e que agora se tornou mais focal e pelo qual todos os filiados e militantes precisam passar. Temos que envolver todos os 280 mil filiados. Considero o curso como o primeiro liame de nossos militantes com o PCdoB. Sabemos que um partido bem organizado é uma grande força. Um partido pode ter uma política justa, mas se não tem uma organização forte essa força será sempre débil e sem condições de grandes enfrentamentos.

Vermelho: A questão da luta pela verdade no episódio dos ataques contra o PCdoB foi definida, na última reunião do Comitê Central do Partido, como prioridade. Como o Partido vai encarar essa tarefa?
Renato Rabelo: Nossa luta hoje é para repor a verdade. Essa é uma tarefa atual que não será deixada para segundo plano. Começando por demonstrar a inocência do ministro Orlando Silva, que é essencial. Vamos persistir e queremos demonstrar isso no menor tempo possível. Estamos com a verdade. Fomos vítimas de uma grande armação, de uma inquisição. Não podemos ficar submetidos a calúnias, mentiras e difamações como essas. Isso tudo leva o Partido a se levantar e foi por isso que o PCdoB se uniu.

Foi uma grande injustiça em uma situação muito desigual em que não tivemos o direito de defesa. Eles falavam para milhões e nós apenas para alguns milhares. Temos que fazer com que a verdade venha à luz do dia. Por isso todas as respostas políticas e orgânicas são importantes. O Partido crescer é uma grande resposta, termos uma grande vitória no pleito de 2012 é uma resposta. Alcançarmos um prestígio maior no seio dos movimentos sociais e sindicais, conseguirmos nos ligar mais ao povo e às massas, também são importantes respostas. Além, é claro, do terreno judicial para provar o mais rapidamente possível a inocência do ministro e a dignidade do Partido. Impetramos três ações e queremos que elas rapidamente sejam julgadas.

www.vermelho.org.br

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Luciana Santos quer debater financiamento para mídia alternativa

Uma subcomissão especial foi instalada, nesta quarta-feira (21), pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, para analisar formas de financiamento de mídia alternativa. A proposta para a criação do grupo foi da deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), que foi nomeada relatora da subcomissão. Segundo ela, “esse processo é fundamental para a democratização dos meios de comunicação e toda a sociedade deve estar envolvida nesse debate”, afirmou a deputada.

Agência Câmara
Luciana Santos que debater financiamento para mídia alternativa Deputada Luciana Santos
 
Segundo a deputada, a ideia é analisar propostas para o financiamento de diversas formas de comunicação, desde blogs até rádios comunitárias.

Para a deputada, é preciso estimular a sociedade civil organizada a construir espaços de informação, com a divulgação de conteúdo mais próximo de suas realidades. “É necessário entender melhor este fenômeno (produção de conteúdo em mídias alternativas) e quais as alternativas de financiamento possíveis para difundir e qualificar essas produções.”

Já existe uma proposta em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que determina 10% da verba de publicidade oficial da União, de estados e municípios a jornais alternativos, de bairros ou regionais. O texto define como alternativo o jornal preponderantemente dirigido a bairros, regiões ou segmentos específicos da sociedade, com tiragem mínima de cinco mil exemplares ou reconhecimento local.

De Brasília
Com informação da Ass. Dep. Luciana Santos

Veja a logomarca dos 90 anos do PCdoB em 2012

domingo, 18 de dezembro de 2011

Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários: Declaração Conjunta "O socialismo é o futuro!"

A organização do 13º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários divulgou essa semana a declaração final do encontro realizado entre os dia 9 e 11 de dezembro em Atenas, Grécia.


A situação internacional e a experiência dos comunistas 20 anos após a contra-revolução na URSS. As tarefas para o desenvolvimento da luta de classes nas condições da crise capitalista, das guerras imperialistas e das atuais lutas e levantamentos populares pelos direitos dos povos e da classe operária, o fortalecimento do internacionalismo proletário e da frente anti-imperialista, pelo derrube do capitalismo e a construção do socialismo.”

O Encontro contou com a participação de 78 Partidos de 59 países. Vários Partidos que, por motivos alheios à sua vontade, não puderam estar presentes, enviaram mensagens escritas. Saudamos, a partir de Atenas, as crescentes lutas populares, das quais resulta um enorme potencial emancipador contra o imperialismo, contra a exploração e opressão capitalistas e pelos direitos sociais, laborais e à segurança social dos trabalhadores de todo o mundo.

O Encontro realizou-se em condições complexas, em que a situação internacional continua dominada pela persistente e cada vez mais profunda crise capitalista, bem como pela escalada agressiva do imperialismo expressa nas decisões da Cimeira de Lisboa que aprovou o novo conceito estratégico da NATO. Esta realidade confirma as análises das declarações dos X, XI e XII Encontro Internacionais, realizados no Brasil (São Paulo) em 2008, na Índia (Nova Delhi) em 2009 e na África do Sul (Tshwane) em 2010.

Torna-se cada vez mais óbvio para milhões de trabalhadores que a crise é uma crise do sistema. Não resulta de falhas no sistema, mas da falha que é o próprio sistema, gerando crises periódicas e frequentes. Resulta do aprofundamento da principal contradição do capitalismo, entre o caráter social da produção e a apropriação capitalista privada, e não de uma qualquer versão das políticas de gestão do sistema ou duma qualquer aberração resultante da ganância de alguns banqueiros ou outros capitalistas, ou da ausência de mecanismos de regulação eficazes. A crise põe em evidencia os limites históricos do sistema e a necessidade de fortalecer as lutas por rupturas anti-monopolistas e anti-capitalistas e da superação revolucionária do capitalismo.

O impasse das várias versões de gestão burguesa estão a ser demonstradas nos EUA, Japão, União Europeia e em outras economias capitalistas. Por um lado, a linha de políticas restritivas conduz a uma longa e profunda recessão, enquanto que por outro lado políticas expansionistas com enormes pacotes de ajudas aos grupos monopolistas, ao capital financeiro e à banca, aumentam a inflação e aumentam a dívida pública. O capitalismo converte a insolvência dos grupos econômicos em insolvências soberanas. O capitalismo não tem outra resposta para a crise que não a destruição massiva de forças produtivas e de recursos, os despedimentos em massa, o encerramento de empresas, o ataque global aos salários, pensões e segurança social, a redução dos rendimentos do povo e o aumento exponencial do desemprego e da pobreza.

A ofensiva anti-popular aprofunda-se e manifesta-se com particular intensidade em certas regiões. A concentração e centralização do capital monopolista aprofundam o caráter reacionário do poder econômico e político. A re-estruturação capitalista e as privatizações são promovidas visando a competividade e a maximização do lucro do capital, assegurando uma força de trabalho mais barata e a regressão de décadas no plano dos direitos sociais e laborais.

A intensidade da crise, a sua sincronização global, a perspectiva duma recuperação débil, intensificam as dificuldades das forças burguesas para gerir a crise, conduzindo ao agudizar das contradições e rivalidades inter-imperialistas, ao mesmo tempo que aumenta o perigo de guerras imperialistas.

Os ataques contra os direitos democráticos e contra a soberania intensificam-se em muitos países. Os sistemas políticos tornam-se mais reacionários. Reforça-se o anti-comunismo. Generalizam-se as medidas contra a atividade dos partidos comunistas e operários, contra as liberdades sindicais, políticas e democráticas. As classes dominantes desenvolvem uma tentativa multi-facetada para conter o descontentamento popular através de mudanças nos sistemas políticos, da utilização duma série de ONGs e outras organizações pró-imperialistas, através das tentativas de canalizar o descontentamento popular para movimentos de cariz alegadamente apolítico ou mesmo de características reacionárias.

Saudamos as importantes lutas e levantamentos dos trabalhadores e dos povos pelos direitos sociais, democráticos e políticos, contra os regimes anti-populares no Médio Oriente e no Norte de África, nomeadamente na Tunísia e no Egito. Apesar das contradições que se manifestam na atual situação, tais acontecimentos constituem uma experiência significativa que o movimento comunista deve estudar e utilizar. Simultaneamente condenamos veementemente a guerra imperialista da Otan e da União Europeia contra o povo Líbio, bem como as ameaças e ingerências nos assuntos internos da Síria, do Irão e de qualquer outro país. Consideramos que qualquer intervenção estrangeira contra o Irão, independentemente do pretexto invocado, ataca os interesses dos trabalhadores iranianos e as suas lutas por direitos sociais e liberdades democráticas.

Estes desenvolvimentos confirmam a necessidade de fortalecer os partidos comunistas de forma a poderem desempenhar o seu papel histórico, fortalecendo ainda mais a luta dos trabalhadores e dos povos em defesa dos seus direitos e aspirações, tirando partido das contradições do sistema e das contradições inter-imperialistas, para assegurar uma ruptura ao nível do poder e da economia, que satisfaça as necessidades populares. Sem o papel dirigente dos partidos comunistas e operários e da classe de vanguarda, a classe operária, os povos tornar-se-ão vulneráveis à confusão, assimilação e manipulação por parte das forças que representam os monopólios, o capital financeiro e o imperialismo.

Estão em cursos significativos realinhamentos na correlação de forças mundial. Verifica-se o enfraquecimento relativo da posição dos EUA, uma estagnação geral da produção nas economias capitalistas mais avançadas e a emergência de novas potências econômicas globais, com destaque para a China. Intensifica-se a tendência para o aprofundamento das contradições entre os centros imperialistas e entre estes e as chamadas economias emergentes.

Intensifica-se a agressividade imperialista. Os focos de tensão e guerra regionais multiplicam-se: na Ásia, na África e no Médio Oriente com a crescente agressividade de Israel, em particular contra o povo palestino. Simultaneamente verifica-se a emergência de forças xenófobas e neo-nazis na Europa bem como as intervenções multifacetadas, as ameaças e a ofensiva contra os movimentos populares e as forças políticas progressistas na América Latina. Aumenta o risco de uma conflagração geral ao nível regional. Neste sentido são fundamentais o alargamento e o fortalecimento da frente social e política anti-imperialista e das lutas pela paz na direção da erradicação das causas das guerras imperialistas.

Há duas vias de desenvolvimento:

• a via capitalista, a via da exploração dos povos, repleta de grandes perigos de guerras imperialistas e para os direitos dos trabalhadores e dos povos;

• e a via da libertação com imensas possibilidades para a promoção dos interesses dos trabalhadores e dos povos, para a conquista da justiça social, soberania popular, paz e progresso. O caminho das lutas dos trabalhadores e dos povos, o caminho do socialismo e do comunismo, que é historicamente necessário.

Graças à contribuição decisiva dos comunistas e do movimento sindical de classe, as lutas dos trabalhadores na Europa e em todo o mundo fortaleceram-se. A agressividade imperialista continua a deperarar-se com uma forte e decidida resistência popular no Médio Oriente, na Ásia e na América Latina. Este fato, a par com a experiência acumulada até agora, especialmente na América Latina, e com as lutas e processos em desenvolvimento, demonstra as potencialidades das lutas de resistência e de classe, que, quando assumindo como seu objetivo derrubar a barbárie imperialista, permitem aos povos dar passos em frente e ganhar terreno infligindo derrotas ao imperialismo.

Saudamos as lutas dos trabalhadores e dos povos e assinalamos a necessidade de as fortalecer ainda mais. As condições exigem a intensificação da luta de classes, da luta ideológica, política e de massas de modo a impedir as medidas anti-populares e promover objetivos de luta que correspondam às necessidades atuais dos povos e apontem para uma contra-ofensiva organizada dos trabalhadores por rupturas anti-capitalistas e anti-monopolistas, pelo derrube do capitalismo pondo fim à exploração do homem pelo homem.

Hoje verifica-se um amadurecimento das condições para a construção de amplas alianças sociais anti-monopolistas e anti-imperialistas capazes de derrotar as agressões e a ofensiva multifacetada do imperialismo, de lutar pelo poder e de promover profundas transformações progressistas, radicais e revolucionárias. A unidade da classe operária, a sua organização e uma orientação de classe do movimento operário são fatores fundamentais para assegurar a construção de efetivas alianças sociais com o campesinato, as camadas médias urbanas, o movimento das mulheres e da juventude.

Nesta luta, o papel dos partidos comunistas e operários a nível nacional, regional e internacional, bem como o fortalecimento da sua cooperação, são indispensáveis. A ação conjunta e coordenada dos Partidos Comunistas, das organizações juvenis comunistas, das organizações anti-imperialistas nas quais os comunistas têm uma importante contribuição, constitui um dos mais sólidos elementos para o alargamento da luta anti-imperialista e para o fortalecimento da frente anti-imperialista.

A luta ideológica do movimento comunista é de importância vital para defender e desenvolver o socialismo científico, repudiar o anti-comunismo contemporâneo, fazer frente à ideologia burguesa, às teorias anti-científicas e às correntes oportunistas que rejeitam a luta de classes, e para combater o papel das forças social-democratas que, apoiando a estratégia do capital e do imperialismo, defendem e concretizam políticas anti-populares e pró-imperialistas. A compreensão da natureza unificada das tarefas de luta pela emancipação social, nacional e de classe, pela promoção clara da alternativa socialista, exige uma contra-ofensiva ideológica do movimento comunista.

A superação do capitalismo e a construção do socialismo constituem uma necessidade imperiosa para os povos. Face à crise do capitalismo e às suas consequências, a experiências e práticas internacionais de construção socialista provam a superioridade do socialismo. Sublinhamos a nossa solidariedade para com os povos que lutam pelo socialismo e estão envolvidos na construção do socialismo.

Só o socialismo pode criar as condições para a erradicação das guerras, do desemprego, da fome, da miséria, do analfabetismo, da insegurança de centenas de milhões de pessoa e da destruição do meio-ambiente. Só o socialismo cria as condições para um desenvolvimento consentâneo com as necessidades contemporâneas dos trabalhadores.

Operários, camponeses, trabalhadores da cidade e do campo, mulheres, jovens, apelamo-vos para que lutem junto de nós para pôr fim à barbárie capitalista. Existe uma esperança, existe uma perspectiva. O futuro pertence ao socialismo.



O SOCIALISMO É O FUTURO!



Atenas, 11 de Dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Luciana garante R$15 milhões para infraestrutura de municípios

Diversos municípios do interior de Pernambuco, além de Olinda e Recife, serão beneficiados com verba de 25 emendas individuais totalizadas em R$15 milhões de reais da deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE) – cota máxima destinada a cada parlamentar. Embora o limite obrigatório seja de 2 milhões, para o orçamento 2012 Luciana reservou quase 3 milhões de reais para a área de Saúde.
 
Esse valor deve ser investido em projetos de estruturação de unidades, aquisição de equipamentos e fortalecimento do Programa de Atenção à Saúde em vários municípios, a exemplo de Gravatá, Camaragibe, Olinda e da capital, Recife. Os municípios de Chã de Alegria, Glória do Goitá, Goiana, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes e Sanharó também estão entre as destinações.

O prazo para emendas às leis orçamentárias foi finalizado na última sexta-feira (24), porém, outras receitas para valorização da cultura e apoio à educação através de universidades e institutos também estão previstas. Todo ano deputados e senadores dedicam recursos através de emendas individuais e de bancadas a estados e municípios.

“Esperamos colaborar com estas demandas mais urgentes e estamos prontos para, através do nosso mandato, achar alternativas ao longo de 2012 que ajudem o crescimento dos municípios e de Pernambuco”, comentou Luciana.


Da redação do Vermelho-PE

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ato homenageia líderes do PCdoB mortos na Chacina da Lapa


Na próxima quarta (14), a Câmara Municipal de São Paulo sedia ato em homenagem a Ângelo Arroyo, João Batista Drummond e Pedro Pomar, os três comunistas mortos pela ditadura na Chacina da Lapa, em 16 de dezembro de 1976.


O ato, realizado nos 35 anos da chacina, pretende trazer à tona o contexto em que as mortes aconteceram e a importância da luta dos comunistas no processo de redemocratização no Brasil.

Entre os convidados estão Haroldo Lima e Aldo Arantes, dirigentes do Comitê Central do PCdoB que, na ocasião, foram presos pelas forças de repressão. Ambos foram soltos apenas com a Anistia, em 1979.

A homenagem é uma iniciativa do vereador Jamil Murad (PCdoB) e da Fundação Maurício Grabois e acontece a partir das 19h no salão nobre da Câmara (Viaduto Jacareí, 100 – 8º andar – Bela Vista).

Chacina da Lapa: democracia custou muitas vidas


No dia 16 de dezembro de 1976, três dirigentes do PCdoB – Ângelo Arroyo, João Batista Drummond e Pedro Pomar – foram assassinados por agentes da repressão em uma casa na Lapa, São Paulo, onde acontecia reunião da direção nacional da legenda comunista.

Outros dirigentes foram presos e torturados. Este acontecimento revela o ódio da ditadura contra um partido que resistiu ao golpe de 1964 e que, mesmo na clandestinidade, conseguiu combater o regime ao lutar por liberdade, democracia e pelo socialismo.

A Chacina da Lapa – cujo objetivo era aniquilar a direção do Partido Comunista do Brasil – representa o fato de a democracia ter renascido, em 1985, às custas de muitas lutas e de muitas vidas. Simboliza também a presença constante dos comunistas na jornada de amplos setores progressistas que, ao longo da história, lutam por uma república efetivamente democrática.

"Num momento em que o Brasil vive uma fase próspera, de melhoria das condições de vida de seus cidadãos, de desenvolvimento e de maior democracia e justiça social e institui a tão almejada Comissão da Verdade, é um dever histórico com as novas gerações recordar aqueles que deram sua contribuição, muitas vezes a própria vida, para termos um país melhor para todos", diz o convite para o ato que resgata um episódio importante da história e homenageia a memória de heróis da luta democrática e revolucionária.

Com informações da assessoria de Jamil Murad

sábado, 10 de dezembro de 2011

Comunistas analisam cenário político nacional e internacional

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realiza neste final de semana — dias 10 e 11—, em São Paulo, a 9ª reunião do Comitê Central. O órgão máximo dirigente do Partido examinará uma extensa pauta sobre temas políticos nacionais, internacionais e da construção partidária.


A profunda crise do sistema capitalista mundial que tem como epicentro, no atual momento, a Europa, é um dos temas em debate. O secretário nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, ressalta que a fase atual é uma das mais agudas da crise representada pela falência do modelo neoliberal adotado nos últimos anos pelas potências imperialistas. “Essa é uma demonstração da incapacidade do capitalismo de oferecer soluções minimamente aceitáveis para os problemas estruturais que a humanidade enfrenta”.

A pauta da reunião da direção comunista também contemplará a denúncia contundente das medidas anti-operárias e anti-nacionais que vêm sendo tomadas pelos governos capitalistas e retrógrados para “enfrentar” a crise. Essas medidas resultam em mais arrocho para os trabalhadores e maiores perdas de direitos econômicos e sociais.

Os dirigentes do PCdoB examinarão ainda o quadro internacional cada vez mais marcado pelas gravíssimas ameaças à paz, à segurança mundial, à estabilidade e aos direitos democráticos. Os comunistas brasileiros devem reiterar a condenação dos planos de guerra imperiais dos EUA e seus aliados.

O cenário político nacional também é um dos temas em destaque da reunião. Preocupam de maneira particular os reflexos da crise econômica internacional no Brasil. A divulgação dos dados do PIB brasileiro esta semanaaponta a momentânea estagnação da economia. Segundo José Reinaldo, o resultado é fruto de uma situação objetiva desfavorável, mas também de uma política macro-econômica e financeira errada e já esgotada.

A pauta da última reunião deste ano do CC também fará um balanço da conjuntura política e a preparação do debate eleitoral de 2012 — que se reveste de grande importância para a acumulação de forças eleitoral da legenda comunista. A direção partidária vai reforçar o apoio político ao governo da presidente Dilma Rousseff, e seu empenho em colaborar com o êxito do propósito da consolidação da democracia no país, a soberania nacional e promoção de reformas estruturais necessárias para o avanço do país.

Os comunistas examinarão uma série de documentos relacionados com a política de construção partidária, a valorização da militância e das organizações de base, da atividade de comunicação, formação, de massas e internacionalista do Partido.

Da redação.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Comissão Política reforça a importância da formação militante

Reforçar a formação militante com o Curso do Programa Socialista (CPS)
 

Lançado no final de outubro último, o Curso do Programa Socialista foi bem avaliado pelo coletivo militante. Reitera-se a resolução do Comitê Central, de setembro, no sentido de que o CPS seja aplicado massiva e extensivamente junto ao conjunto da militância, em especial aos militantes de base e intermediários. Imprimir a esta tarefa um ritmo de campanha no período de outubro até maio do ano próximo, como uma primeira etapa.
 
Os Comitês Estaduais em conjunto com os Municipais devem planejar e executar esse movimento como uma grande iniciativa de mobilização das bases partidárias reunidas nas conferências, formar a militância de base e preparar o Partido para uma participação exitosa nas mobilizações e lutas do povo e nas eleições do ano próximo.
 
Até o próximo 5 de dezembro devem ser enviados os planejamentos de cada Estado bem como um primeiro balanço do que já foi realizado este ano. Este controle será encaminhado à reunião do Comitê Central de dezembro.

São Paulo, 25 de novembro de 2011
A Comissão Política Nacional do PCdoB (CPN)

Artigo do deputado estadual do PCdoB/PE Luciano Siqueira

De braços abertos e mãos dadas

Cá em terras pernambucanas, a gente costuma dizer que para não ser engolido tem que abrir os braços. No cenário mundial em evolução – marcado pela crise que atinge principalmente os EUA e a Europa e pela transição a uma nova ordem multipolar – abrir os braços é necessário. Não apenas para se defender de ameaças externas às economias nacionais; mais do que isso, erguer a cabeça e passar à ofensiva.

Foi o que aconteceu em Caracas, dias atrás, quando 33 presidentes dos países da região deram um passo adiante para viabilizar a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Não apenas abriram os braços; deram-se as mãos no intuito de caminhar juntos, inspirados na solidariedade e no progresso comum.

Um fato relevante sob todos os títulos, especialmente porque congrega nações que entrelaçam situações muito diversificadas, interesses até contraditórios em certa medida, mas convergentes na busca do desenvolvimento econômico e social soberano e democrático.

A constituição da Celac coroa um vitorioso movimento de resistência (no qual o Brasil, então liderado pelo presidente Lula, teve desempenho destacado) que derrotou o intento norte-americano de criar a Alca (Organização de Livre Comércio das Américas) proposta pelo governo Bush com a anuência subserviente do Brasil de Fernando Henrique Cardoso. Com a Celac dá-se o inverso: o subcontinente sul-americano e o Caribe recusam-se ao papel de quintal da grande potência e firmam a disposição comum de trilhar caminho próprio.

Iniciativa de tão relevante significado certamente contraria os interesses de elites conservadoras dos países associados, que ainda se apegam à orientação neoliberal, apesar do desastre eloquente da atual crise global. No Brasil mesmo, os arautos da subserviência torcem o nariz, como sempre fizeram em relação ao Mercosul - dispostos permanentemente a apontar naturais dificuldades e conflitos comerciais entre o Brasil e Argentina como sinal de inviabilidade (sic) da integração sul-americana.
Da mesma forma, sentem-se incomodados com gestos políticos como o adotado ao final da reunião de Caracas, pela rejeição mútua ao bloqueio dos Estados Unidos a Cuba, através de documento em que acentuam que o embargo comercial e financeiro firmado pelo governo norte-americano desde 1962 causa muitos prejuízos ao povo cubano, além de afetar a paz e convivência entre as nações do continente.

O Departamento de Estado norte-americano, outrora arrogante numa situação dessas, como que refletindo os sinais dos novos tempos, emitiu nota cautelosa em que afirma que "os grupos sub-regionais são potencialmente importantes representantes do hemisfério e podem ser parceiros úteis para os Estados Unidos”.

Agora é acompanhar a agenda da Celac e torcer para que se consolide como instrumento da unidade dos povos dessa parte do Globo, tão sonhada desde Bolívar e Guevara a Lula.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lula se encontra com Dilma e receberá visita de Chávez

O ex-presidente Lula se encontrou com a presidente Dilma Rousseff na noite desta terça-feira (6). No domingo, ele receberá o presidente Hugo Chávez, que assim como Lula está em tratamento de um câncer. Dilma estava em São Paulo para receber um prêmio da revista Istoé e aproveitou para se encontrar com seu antecessor.


Lula e Dilma se encontram nesta terça em São Paulo  Lula e Dilma se encontraram nesta terça, em São Paulo, onde ela recebeu um prêmio
 
Quase um ano após deixar a Presidência, Lula admitiu, na saída do encontro, que ainda não "desencarnou" do cargo. Lula e Dilma se reuniram com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o secretário de segurança do Estado, José Mariano Beltrame.

Nesta terça-feira, o presidente Chávez afirmou que virá visitar Lula após a posse da presidente reeleita da Argentina, Cristina Kirchner, que ocorrerá no sábado, em Buenos Aires. Segundo o presidente venezuelano, o encontro com o petista não será em São Bernardo do Campo, onde Lula mora, porque a cidade seria, de acordo com o brasileiro, muito distante.

O local da visita não foi revelado. O venezuelano disse que já falou com Lula pelo menos três vezes por telefone desde que o brasileiro começou o tratamento com quimioterapia.



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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Diap escolhe os mais influentes do Congresso: sete são do PCdoB

Da bancada de 14 deputados e dois senadores, o PCdoB teve sete escolhidos entre os cem mais influentes do Congresso Nacional. Os dados fazem parte da pesquisa anual do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Desde 1994, o Diap escolhe entre o universo dos 513 deputados e 81 senadores, os cem parlamentares que, segundo critérios do Diap, são os mais influentes. Os mais influentes escolhem os 10 “cabeças”.

Segundo Alysson Alves, jornalista e assessor do Diap, a escolha é balizada por critérios científicos das ciências políticas. São critérios reputacionais, institucionais e decisionais. Reputacionais correspondem o modo como são visto pelos companheiros de Parlamento; institucionais consideram os postos que ocupam na estrutura da Casa; e decisionais, como atuam frente às decisões que ocorrem no Parlamento.

Alves explica ainda que “o Diap não efetua nenhum patrulhamento ideológico”, acrescentando que o levantamento é feito como uma prestação de serviço ao movimento sindical e à sociedade em geral. O Diap acompanha a disputa eleitoral, quem são os candidatos e o que defendem na campanha, e procura informar os trabalhadores - base do Diap – e, ao longo do mandato, acompanha o trabalho desses parlamentares para verificar se a prática legislativa corresponde ao que foi prometido durante a campanha eleitoral.

O Diap classifica os parlamentares em cinco categorias, de acordo com suas habilidades, dando destaque à característica principal de cada operador-chave do processo legislativo. As categorias são debatedores; articuladores/organizadores; formuladores; negociadores; e formadores de opinião. As classificações não são excludentes. Assim, um parlamentar pode, além de sua habilidade principal, possuir outras secundárias.

Presença feminina

A presença feminina entre os mais influentes do Congresso, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Enquanto as mulheres representam 15,31% do Congresso (91, sendo 83 deputadas e oito senadoras), na elite do Congresso (Câmara e Senado) elas correspondem a apenas 9% (cinco deputadas e quatro senadoras).

São as deputadas Alice Portugal (BA) e Manuela D´Ávila (RS), ambas do PCdoB, Ana Arraes (PE) e Luiza Erundina (SP), do PSB; e Rose de Freitas (PMDB-ES) e as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Kátia Abreu (DEM-TO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Marta Suplicy (PT-SP).

Em ascensão

A lista dos cem mais influentes é acrescida por 50 nomes dos parlamentares considerados em “ascensão”. Segundo Diap, são aqueles deputados ou senadores que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas. Estão também nessa categoria os parlamentares que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento.

As deputadas Jô Morares (MG) e Jandira Feghali (RJ), do PCdoB, estão na lista dos 50 em ascensão. Pode-se afirmar que os parlamentares em ascensão estariam entre os 150 mais influentes do Congresso Nacional.

Os “Cabeças”

Os 100 mais influentes são convidados a escolher os 10 “cabeças” do Congresso. Este ano, 65 congressistas, sendo 43 deputados e 22 senadores participaram da pesquisa e, ao votarem para eleição dos dez mais influentes, optaram por valorizar o critério institucional, ou seja, o posto que o parlamentar ocupa na estrutura da Casa, já que foram escolhidos os presidentes das duas Casas do Congresso, os líderes do governo na Câmara e no Senado e seis líderes partidários.

Partidariamente, lidera a lista dos mais influentes os dois principais partidos da base de sustentação do governo, estando em primeiro lugar o PMDB, com quatro parlamentares, e, em segundo, o PT, com três, seguidos dos dois principais partidos de oposição, o DEM, com dois, e o PSDB, com um.

Mais informações no Portal Vermelho:  http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=170363&id_secao=1

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Comissão Política Nacional do PCdoB: Imperialistas em crise promovem escalada de guerra

Realizou-se nesta sexta-feira (25) em São Paulo a reunião da Comissão Política Nacional (CPN) do Partido Comunista do Brasil. Foi o primeiro encontro ordinário da direção partidária desde o desencadeamento da ofensiva política e midiática anticomunista das forças reacionárias, que teve como epicentro a crise envolvendo o Ministério do Esporte. Durante a crise, a CPN havia feito uma reunião extraordinária na qual adotou resoluções e medidas de defesa do partido e do ministro Orlando Silva.
 
Como é habitual, o presidente do partido, Renato Rabelo, apresentou um informe de abertura, abordando diferentes aspectos da situação política internacional e nacional e indicando as tarefas imediatas do PCdoB.

Imperialismo: Crise e guerras

“O desenvolvimento da situação mundial mostra que o imperialismo norte-americano e as demais potências dos países capitalistas centrais, diante do desenrolar da crise, vão revelando a sua natureza de sistema agressivo, que escolheu a guerra como estratégia de sobrevivência, intensificando suas políticas belicistas e intervencionistas, abrindo novas frentes de guerra e fabricando novos armamentos”.

Ao detalhar sua opinião, Rabelo afirmou: “Estamos diante de uma escalada de guerra do imperialismo que corresponde a uma necessidade essencial do imperialismo. Na ofensiva atual, voltam suas baterias contra a Síria e o Irã”.

O dirigente do PCdoB chamou a atenção para a preparação política e ideológica que as forças imperialistas fazem, através dos meios de comunicação, para tornar suas ações agressivas “justificáveis” perante a opinião pública. “Trata-se de um cinismo atroz”, disse, “apresentar essas guerras criminosas como intervenções humanitárias, em defesa da paz, da democracia e dos direitos humanos”, enfatizou.

O dirigente comunista comentou sobre a crise do capitalismo, cujo epicentro encontra-se nos Estados Unidos e na Europa. Para ele, trata-se de uma crise “sistêmica que se aprofunda”. Rabelo advertiu que a situação se tornou “instável e imponderável”, sendo impossível prever o que pode acontecer, principalmente porque “o sistema não tem controle de nada e as forças políticas responsáveis pela crise continuam no comando”.

Trabalhadores em luta

Os dirigentes comunistas comentaram os efeitos políticos da crise, que já derrubou sucessivos governos de direita e sociais-democratas que praticaram políticas de direita, e saudaram o fato de que tanto nos Estados Unidos como nos países da União Europeia intensificam-se as lutas dos trabalhadores e dos povos, uma luta vasta, combativa e classista, com arraigado conteúdo anticapitalista.

Por nova política macroeconômica

Sobre o desenvolvimento da situação brasileira, Renato Rabelo disse que se bem orientado, o país pode aproveitar para contornar a crise mundial e transformá-la numa “oportunidade” para fomentar o desenvolvimento econômico do país. Para isso, diz Renato, é preciso mudar a política macroeconômica que em sua opinião “está superada”.

O dirigente do PCdoB avalia que no enfrentamento da crise e no desenvolvimento da situação política, o governo da presidente Dilma tem sido um governo “de avanços, mas também de limites, ambigüidades e alguns recuos”.

Ele ressaltou principalmente, como aspecto positivo, que a presidente Dilma tem dado passos adiante no enfrentamento da crise, tem buscado algumas saídas, como por exemplo, a “queda sistemática da taxa de juros”.

Renato Rabelo reafirmou a opinião já exposta em ocasiões anteriores de que o Brasil precisa de “um novo pacto político entre trabalhadores, empresários nacionais e empresários da produção, um pacto do trabalho e da produção”, que enfrente as turbulências da economia mundial fortalecendo a produção, a infraestrutura e o mercado interno.

Regulação da mídia

Ao analisar o quadro político, o presidente do PCdoB ressaltou que a oposição está frágil do ponto de vista político e partidário, isolada e sem bandeiras, por isso recorre ao udenismo como tábua de salvação.

O único ponto forte das forças conservadoras e reacionárias do país é sua hegemonia sobre os meios de comunicação, disse. Por isso, propôs a concertação de outra aliança política das forças progressistas para uma luta política e de massas contra o monopólio dos meios de comunicação e pela regulação da mídia. Rabelo foi enfático ao afirmar que “não é possível avançar na realização das mudanças progressistas no país se permanecer o monopólio dos meios de comunicação pelas forças conservadoras”.

Ofensiva anticomunista

A reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB debruçou-se também sobre a ofensiva anticomunista desencadeada contra o PCdoB, durante a crise que resultou na substituição de Orlando Silva no Ministério do Esporte. Renato Rabelo destacou a honestidade, a competência e a liderança política de Orlando Silva, cujo comportamento foi exemplar. Ressaltou ainda o acerto da condução da direção partidária durante o episódio e enalteceu a unidade das fileiras de militantes, quadros e dirigentes na defesa do partido, do seu caráter, da sua identidade e das suas posições.

Rabelo considera que o PCdoB “está avançando e acumulando força” e distingue-se no cenário político como um partido com ideias e posições corretas, organizado , estruturado e permanente, o que não é aceito pelas forças conservadoras do país, que fazem contra ele uma campanha orquestrada.

Tirando lições de todo o episódio, o dirigente comunista afirmou que o partido “viveu um choque de realidade” e pôde constar na prática a dureza dos embates políticos e ideológicos.

Candidaturas próprias

Os dirigentes do PCdoB chegaram à conclusão de que no quadro atual, as tarefas imediatas são a ativação do movimento social pelas reivindicações do povo e a batalha eleitoral de 2012,
Os comunistas decidiram manter as candidaturas próprias nas capitais e cidades médias em que foram lançadas, principalmente as candidaturas de Manuela D´Ávila, em Porto Alegre, Ângela Albino, em Florianópolis, Netinho de Paula, em São Paulo, Alice Portugal, em Salvador, Inácio Arruda, em Fortaleza, Perpétua Almeida, em Rio Branco, Evandro Milhomen, em Macapá, Osmar Júnior, em Teresina, Renildo Calheiros, em Olinda e dezenas de outras candidaturas em cidades interioranas médias.

Da Redação

OCDE prevê crescimento de 3,4% no Brasil e recessão na Europa

Da BBC Brasil
Brasília - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu hoje (28) as suas previsões para o crescimento global, após advertir que a Grã-Bretanha e a zona do euro podem estar entrando em um período de recessão.
Segundo a OCDE, que representa os países considerados desenvolvidos, a Grã-Bretanha deve crescer apenas 0,02% no último trimestre deste ano e 0,14% no primeiro trimestre de 2012, enquanto a previsão para a zona do euro é de queda de 1% no último trimestre deste ano e de 0,4% no primeiro trimestre de 2012.
Segundo o relatório, o Brasil, que não faz parte da OCDE, deve crescer 3,4% neste ano e 3,2% no ano que vem - abaixo das previsões de crescimento da economia global, de 3,8% neste ano e 3,4% em 2012.
A organização advertiu ainda que um "evento negativo" na zona do euro (como a desintegração da moeda única) poderá provocar uma contração global.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dois pilares de um Partido que não se enverga

Por Luciano Siqueira, deputado estadual pelo PCdoB em Pernambuco e membro do Comitê Central do Partido.


Na história institucional brasileira são frequentes os casos em que um partido político sofre ataques e não resiste. Não apenas pela dimensão da agressão sofrida, mas sobretudo pela carência de musculatura sólida e hígida, teórica e política. A maioria permaneceu na cena política por um lapso de tempo conjuntural, não mais do que isso. Outros se perderam no redemoinho da luta teórica, incapazes de compreender que a realidade sofre constante mutação, trazendo à luz novas questões que a teoria há que responder. Por sectarismo ou fragilidade ideológica, sucumbiram ou mudaram de conteúdo e cor.


O Partido Comunista do Brasil, que fará 90 anos em 2012, sofreu imensas provações ao longo de sua trajetória – atacado pela repressão policial, muitas vezes; e envolto em tumultuoso episódio político-ideológico que lhe subtraiu momentaneamente princípios, programa, denominação e sentido estratégico, levando a que 100 quadros dissidentes o reorganizassem em 1962.

Em 1987, a propósito dos 25 anos da reorganização, João Amazonas publicou no jornal A Classe Operária notável síntese da natureza revolucionária inquebrantável do PCdoB no artigo “Por que o Partido venceu”. Dentre os fatores amealhados por ele, a fidelidade à teoria marxista-leninista, a ligação estreita com os trabalhadores e o povo e a capacidade de se orientar taticamente nas mais diversas situações. Isto como produto da capacidade do coletivo militante, orientado pelo seu centro dirigente, cumprir as determinações do seu Programa e do seu Estatuto – ambos atualizados e renovados para dar conta dos novos fenômenos no mundo e no Brasil.

Não é sem razão, portanto, que no cataclismo do final dos 50 e início dos 60 o Programa e o Estatuto estiveram na alça de mira dos que tentaram mudar a natureza do Partido.

Também não é sem razão que na atualidade, a par dos ataques sem fundamento desferidos contra um gestor público competente e idôneo – o ex-ministro Orlando Silva – vieram à tona, mais uma vez, na grande mídia, afirmações distorcidas sobre o Programa Socialista – assinalado por alguns, irresponsavelmente, como inviável nas condições do Brasil -, e sobre o Estatuto, tentando nele identificar normas que impingem a militantes comunistas ocupantes de postos em governos a obrigatoriedade de colocar supostos interesses partidários menores acima dos deveres assumidos para com o Estado. O que seria, nesse caso, segundo os detratores, a convalidação do mal uso de recursos públicos. Um imenso e grosseiro absurdo!

Porém por mais rasteiras que sejam as acusações, não cabe nenhuma ilusão de que a pena dos acusadores é bem instruída e tem alvo definido: chamuscar, aos olhos de militantes e aliados, esses dois pilares que dão força e vida ao Partido, em qualquer circunstância – o Programa e o Estatuto.

Daí porque, passada a primeira avalanche da atual guerra aberta contra o PCdoB, olha-se em torno e verifica-se que não há escombros a registrar; há, sim, uma organização mais unida, mais autoconfiante, mais determinada a cumprir seu papel histórico - porque atenta e ativa na defesa dos princípios e da linha política constantes no Estatuto e no Programa.

Ponto para o povo brasileiro, que terá sempre nesse partido uma fonte de orientação que o levará a grandiosas vitórias na luta por sua emancipação.

PCdoB em Terezinha realiza sua 3ª Reunião da Comissão Política

Foi realizada no último sábado a 3ª Reunião Ordinária da Comissão Política (ampliada) do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha. Esteve presente, além dos camaradas da CP, o camarada José Carlos que contribuiu para engrandecer o debate.
Na Reunião, além de informes gerais e encaminhamentos, foi discutido o papel da imprensa do Partido (blog) e as matérias que serão divulgadas a partir de agora. Também foram discutidas as Eleições Municipais de 2012 e a participação do PCdoB no Pleito.
O PCdoB segue firme na ideia de discutir a realidade de Terezinha, contribuindo para a melhora da atual administração e elaborando seu Programa para as Eleições de 2012 em Terezinha. O Partido vai lançar candidaturas próprias a vereador e vem discutindo os nomes que disputarão em 2012.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A base ideológica da pauta da direita

Eron Bezerra *

No Amazonas há um fato pitoresco, atribuído a um poeta local, que no início do golpe militar de 1964 teve a sua prisão decretada pelos órgãos de repressão. Ao ser informado de que a causa era suspeição de ser comunista, protestou veementemente: “eu não aceitei nem a república, quanto mais o comunismo, eu sou monarquista”.


Essa caricatura, esse reacionarismo, cabe perfeitamente na atual direita brasileira que também ainda não aceitou esses breves 122 anos de república. Não lutam porque é “politicamente incorreto”, mas sonham, nos mais recônditos de seus turvos pensamentos, com a monarquia, com a chibata, com o voto censitário e restrito aos homens e, por que não, com a volta do poder absolutista.
Só isso explica a defesa de pautas reacionárias e sem qualquer pudor até mesmo quanto ao seu grotesco caráter submisso, de “macaqueamento”, como o slogan que o PSDB, por inspiração de FHC, acaba de lançar: ”yes, we care” (sim, nós nos preocupamos), numa clara e admitida cópia do “Yes, we can” (sim, nós podemos) de Brack Obama nos Estados Unidos.
Se na forma a bandeira é uma tragédia por expor o grau de submissão que essa gente tem ao belicoso e falido império americano, no conteúdo é ainda pior. Além da aberta defesa da redução dos serviços públicos (saúde, educação, segurança, etc.) eles querem acabar com o crédito subsidiado que o governo tem dado a agricultura, à moradia, a bolsas de estudantes universitários, e aos trabalhadores de maneira geral, o que proporcionou, junto com outras politicas públicas, que a economia brasileira crescesse, incorporasse milhões de pessoas ao consumo, se situasse entre as 7 maiores economias do planeta, mesmo numa conjuntura internacional de profunda crise do capitalismo. Mesmo nesse cenário o Brasil seguiu em frente e hoje caminha para o pleno emprego (algo como 5% de desempregados), quando nos Estados Unidos e Europa esse índice oscila entre 10 e 20%. Ainda bem que com a derrota da direita em 2002 nos livramos desse receituário elitista e atrasado, anti-povo.
O que a direita quer é precisamente evitar que essa gente simples tenha acesso a bens de consumo que eles consideram privilegio apenas deles, como o direito de moradia, de comer e até mesmo de viajar de avião, algo até bem pouco tempo era restrito as camadas de maior poder aquisitivo. Eles querem interromper tudo isso.
Mas de onde vem tanto ódio e tanto reacionarismo?
O ódio vem do conteúdo de classe. Eles se consideram superior ao povo e por isso precisam que o povo permaneça pobre, inculto, morando em condições subumanas para que eles possam “reinar” sem contestação.
E o reacionarismo vem de pensadores ultrarreacionários como Thomas Hobbes e Friedrich Hayek e seus confrades de Mont Pelerin (Milton Friedman, Lionel Robins, Karl Popper, dentre outros).
Thomas Hobbes assentou na sua obra o Leviatã (1651), os fundamentos do reacionarismo argumentando, em essência, que o homem é eminentemente mau, perverso e corrupto, assim a única forma de viver em sociedade é através de um contrato social em que ele abre mão de seus direitos em favor de um soberano com poderes absoluto (o Leviatã).
Anos depois, na década de 40, Hayek e seus confrades vão desenvolver esse pensamento no livro intitulado “Caminho da Servidão”, no qual eles defendem abertamente o aumento do desemprego (exército de reserva), o fim de qualquer proteção social aos trabalhadores (restrição a aposentadorias, cobertura de saúde e educação, por exemplo), intransigência absoluta contra toda e qualquer reivindicação trabalhista (repressão à greve), fim da presença do estado na economia (privatizações) e combate sem tréguas ao socialismo que vicejava na Rússia. Era o neoliberalismo.
Não era possível levar tais ideias adiante num momento em que a então União Soviética crescia e desenvolvia uma sociedade que era exatamente o oposto de tudo isso. Assim, as teses de Hayek ficaram na geladeira até o desmonte da experiência socialista da União Soviética e veio com força quando encontrou eco em gente como Pinochet (o primeiro a aplicar), Helmut Kohl, Margareth Thatcher, Fujimori, e os “Fernandos” no Brasil (Collor e FHC) dentre outros seguidores submissos.
O que está em debate no Brasil e no mundo, mais do que forma, é esse conteúdo programático entre a pauta da esquerda ou de centro esquerda e essa pauta reacionária e elitista que a direita do mundo e do Brasil procuram ressuscitar.

* Secretário de Produção Rural do Amazonas, Membro do CC do PCdoB, Secretário Nacional da Questão Amazônica e Indígena e doutorando em "Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia".

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Encontro Nacional de Finanças abordou preparação para eleições

Encontro Nacional de Finanças abordou preparação para eleições

Com o objetivo de preparar o partido para as eleições municipais de 2012, o PCdoB realizou, nos últimos sexta (18) e sábado (19), um Encontro Nacional de Finanças, em Brasília. Dirigentes de 12 estados estiveram presentes. Eles debaterem questões como prestação de contas, arrecadação e gastos. E concordaram que a questão financeira deve ser encarada como uma tarefa do coletivo partidário.
 
Mais que organizar o partido financeiramente para a disputa do ano que vem – discutindo como angariar e como usar os recursos -, o encontro também buscou informar as direções partidárias sobre leis e normas da Justiça Eleitoral e dos órgãos de controle, que a cada ano se tornam mais rígidas.

“O encontro foi feito pensando as finanças como uma questão política essencial, principalmente diante de uma batalha eleitoral, em que as condições materiais têm um papel fundamental”, afirmou Vital Nolasco, secretário nacional de Finanças do PCdoB.

Os debates ocorreram com base em uma minuta da resolução eleitoral do partido, que deverá ser aprovada até o próximo dia 5 de março. O texto prevê pequenas alterações em relação às eleições anteriores.

A principal delas é motivada por uma alteração na legislação, que abre a possibilidade de as direções partidárias iniciarem a arrecadação de recursos para campanha já a partir de janeiro - não precisando, como antes, esperar o registro de candidaturas e seus respectivos CNPJs. Caso seja aprovada a minuta, será exigido que o diretório use uma conta específica para esta finalidade.

A antecipação valerá apenas para as instâncias partidárias. Permanece inalterado o sistema de arrecadação para os candidatos e comitês financeiros de campanha. “Essa mudança vai facilitar muito, porque as direções ficam com mais tempo para fazer a arrecadação. Então passamos essa informação e fizemos um chamado para que os estados e municípios assumam esta tarefa”, disse Vital.

O texto da minuta de resolução também prevê que, a partir da próxima eleição, será obrigatório que um contador acompanhe a prestação de contas das campanhas.

Segundo Vital, com a meta de eleger prefeitos em cidades importantes e de multiplicar o número de vereadores, o PCdoB precisa ter uma preocupação estrutural com a questão financeira. “É importante evitar que falhas em prestações de contas, por exemplo, atrapalhem nossas candidaturas”, disse.

Nesse sentido, durante o encontro, o advogado Paulo Guimarães, especialista em legislação eleitoral, falou sobre as questões jurídicas, na perspectiva de armar o partido contra possíveis problemas.

Agenda

A partir dos debates, verificou-se a necessidade de realizar um outro encontro, assim que a resolução eleitoral for aprovada, desta vez com advogados que trabalham com o PCdoB. A ideia é fazer um seminário para trocar experiências nessa área jurídica, inclusive com a presença de pessoas já experientes no assunto e que estão acostumadas aos trâmites junto à Justiça Eleitoral.

Também foi apontada a importância de replicar este encontro de Finanças nos estados ou por regiões, para que as demais instâncias participem e sejam informadas sobre estes temas.

Contribuição

No encontro, também foi apresentado um balanço sobre o Sistema Nacional de Contribuições Militantes – SINCOM. De acordo com Vital, não tem sido cumprida a determinação estatutária que estabelece que todos os dirigentes nas capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes precisam estar em dia com a contribuição. “Hoje, existe uma média de 1800 contribuintes por mês”, contabiliza João Brasil. “A contribuição é o elo mais estreito entre o partido e os militantes”, defende Vital.

Outra preocupação levantada no encontro foi a de ampliar a emissão da Carteira Nacional de Militantes. “Até agora, apesar da meta de atingirmos mais de 300 mil filiados até a eleição de 2010, só emitimos 13 mil. Isso exige um esforço redobrado da direção do partido.

O evento também deu ênfase à mobilização para as comemorações pelos 90 anos do partido e, consequentemente, à venda do bônus para a arrecadação de verbas para os festejos. O prazo para requerer bônus de R$ 100, R$ 500 e R$ 1000 foi prorrogado e agora vai até 15 de dezembro. Dos recursos angariados, 60% ficarão nos estados e 40%, aos cuidados do Comitê Central.

A Secretaria Nacional de Finanças também reforçou a necessidade de haver um esforço no sentido de proporcionar a plena distribuição do Curso Básico em Vídeo, importante instrumento de formação.
Para além do tema eleitoral, o encontro discutiu também as questões de finanças do próprio partido.

Este trecho do debate foi subsidiado por um processo administrativo que poderá ser transformado em resolução. A comissão nacional de Finanças irá preparar um material, com aspectos técnicos e contábeis, que deve orientar os estados.

Participaram do encontro secretários estaduais e municipais de Finanças e de Organização. Os Estados representados foram Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás, Amazonas, Amapá, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Piauí. O presidente estadual do partido no Amazonas também esteve presente.

Da Redação do www.vermelho.org.br

terça-feira, 15 de novembro de 2011

PCdoB Pernambuco se une por um projeto ousado para 2012

“Quando um partido comunista, contemporâneo e revolucionário como o nosso, se afirma e cresce, isso não passa despercebido”, avaliou o presidente estadual do PCdoB, Alanir Cardoso, na reunião plenária deste sábado (12), a primeira realizada pela direção eleita para dirigir o Partido em Pernambuco no biênio 2011/2013.

 “A ofensiva contra o nosso Partido é um ataque ao governo Dilma. E a tática utilizada é derrubar ministros com denúncias veiculadas repetidamente pela mídia. No caso de nosso companheiro Orlando Silva, respondemos com a firmeza, a unidade e a clareza que temos de que essas denúncias não têm qualquer fundamento e que tudo não passa de uma tentativa de rebaixar o nosso Partido, que tem um patrimônio de 90 anos”.

Além da defesa do PCdoB, que mereceu a aprovação por unanimidade de uma moção de solidariedade ao ex-ministro dos Esportes (veja nota abaixo), os dirigentes comunistas debateram os efeitos da crise econômica, o cenário político e as tarefas partidárias rumo às eleições de 2012. Ao final, também elegeram a nova Comissão Política estadual, composta por 21 membros.

Na condição de presidente nacional do PCdoB em exercício, a deputada federal Luciana Santos deu as boas vindas aos camaradas eleitos para o Comitê Estadual, destacando a importância da participação nessa instância deliberativa, particularmente agora em que o Partido pretende apresentar um ousado projeto eleitoral, nacionalmente e em âmbito estadual. “Precisamos estar bem afinados para esse desafio”, alertou.

Na opinião da deputada, fora do período da ditadura, em que muitos dos militantes do PCdoB tombaram, esse foi o maior ataque sofrido pelo Partido. “Acabamos de assistir ao inconformismo das forças de direita que tentam desqualificar sistematicamente os êxitos alcançados a partir do governo Lula batendo o carimbo da corrupção”, disse Luciana, para em seguida chamar a atenção para o debate do marco regulatório das comunicações: “é preciso entender a dimensão do ataque que estamos sofrendo para buscar outro modelo de comunicação para o país. Salta aos olhos a necessidade de discutir a reforma dos meios de comunicação.”

Para o deputado estadual Luciano Siqueira, há sinais de que a campanha presidencial da direita já começou. “A Rede Globo escolheu Aécio Neves como o seu candidato. Se ele tropeçar, poderá ser substituído, mas a campanha tem um conteúdo essencial, que é reviver o udenismo, a UDN contra Juscelino Kubitschek. Eles não têm uma proposta alternativa aos rumos que o Brasil está trilhando, então criam um ambiente na sociedade destinado a levar o eleitor médio a considerar que com a esquerda não dá mais”, disse. Em relação à crise global que atualmente concentra seus efeitos na Europa e nos Estados Unidos, o deputado acredita que todas as medidas anunciadas até agora representam uma grave perda de direitos e o massacre dos trabalhadores. E isso poderá resultar no aguçamento, em uma proporção enorme, da contradição entre capital e trabalho nesses países.

Luciano também destacou a necessidade do Partido se voltar mais atentamente para a luta dos trabalhadores neste momento em que grandes investimentos industriais são anunciados no Estado. “Acelera-se o processo de mudança estrutural na matriz produtiva de Pernambuco. Nós temos comemorado isso, mas é preciso completar a nossa análise com um olhar atento sobre a realidade dos trabalhadores. Vem por aí uma onda de lutas operárias e populares em Pernambuco”, ressaltou.

Preparando o Partido

O Comitê Estadual vai realizar um grande ato político para o lançamento do Curso do Programa Socialista – CPS, marcado para o dia 26 de novembro, na Sociedade de Medicina de Pernambuco. O evento, que deve contar com a presença de Bernardo Jofilly, autor do roteiro do DVD e do gibi do Programa Socialista, abrirá um cronograma de formação militante. Na reunião do Comitê estadual, foi feito um apelo para que todos os dirigentes estejam engajados no esforço de atingir a meta de aplicar o curso a oito mil filiados em todo o Estado, com prioridade para os chamados territórios estratégicos de atuação do Partido.


Moção de solidariedade ao camarada Orlando Silva, em defesa do PCdoB

O Comitê Estadual do PCdoB de Pernambuco, recém eleito em Conferência, em sua primeira reunião plenária reafirma a unidade do Partido e manifesta irrestrita solidariedade ao camarada Orlando Silva, vítima de ataques mentirosos de setores da mídia inconformados com os êxitos do processo mudancista iniciado pelo ex-presidente Lula e continuado pela Presidenta Dilma.

O Brasil se insere, de forma cada vez mais soberana, num mundo marcado pela crise capitalista e pelo declínio progressivo dos países imperialistas. Ao ganhar prestígio internacional, conquistou o direito de sediar a copa mundial de futebol em 2014 e as olimpíadas em 2016. Na economia, setores produtivos da sociedade são fortalecidos em detrimento justo do capital financeiro e parasitário. A infra-estrutura nacional recupera-se, cresce o emprego formal e aumentam os investimentos em educação, ciência e tecnologia, saúde e em programas de inclusão social. O esporte se transformou em política pública relevante para estados e municípios e o Brasil bateu todos os recordes anteriores de êxitos nas competições esportivas mundiais.

Essas ideias e ações fazem parte das bandeiras históricas dos comunistas na luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento. Orlando e o PCdoB, que abraçam essa grande causa da Nação, não se deterão diante de mais um ataque das forças reacionárias e imperialistas. Continuaremos vencendo!


Recife, 12 novembro de 2011.

Comitê Estadual do PCdoB/Pernambuco.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Artigo do deputado estadual do PCdoB Luciano Siqueira

Como se consolida um partido político? 

Luciano Siqueira *

Este é um tema de certo modo frequente na mídia e em círculos acadêmicos: o dos partidos políticos no Brasil, submetidos a variáveis históricas e atuais que, no todo, têm contribuído para que, aqui, diferentemente de outros países, inclusive nossos vizinhos argentinos e uruguaios, mas sobretudo na Europa, predomine a instabilidade e a tênue vinculação com compromissos programáticos. Há que se considerar como pano de fundo do fenômeno, no caso do Brasil, a sinuosa a acidentada construção da República, que em pouco mais de cem anos sofreu o agravo restritivo de nada menos que dezoito intervenções militares – sempre na contramão da democracia. A prática democrática continuada é condição sine qua non de experiências partidárias longevas e consistentes, "em tempo de paz", à margem de epsiódios revolucionários.

Mas há uma variávels que pesam decisivamente, situadas nos próprios partidos, em grande medida independentemente de circunstâncias conjunturais: a base teórica e ideológica, os compromissos de classe, a capacidade de construir um pensamento político próprio e de se manter atado à sua base social – mesmo nos mais duros períodos de interdição legal e perseguição policial.

O PCdoB é o exemplo mais marcante, nesse sentido, na história institucional brasileira. Às vésperas de completar noventa anos de existência ininterrupta, amplia e diversifica sua inserção nas mais diversas instâncias e frentes de combate na sociedade – nas esferas institucional, social, teórica e científica – e avança na fortificação de sua matriz teórico-ideológica e política. Nesse intuito, uma iniciativa inédita acaba de ser lançada, a publicação “Estudos Estratégicos”, no dizer do secretário nacional de Organização do Partido, Walter Sorrentino, “uma verdadeira injeção na veia dos quadros”.

Isto porque, segundo Sorrentino, esta é uma necessidade decorrente das “responsabilidades ampliadas do PCdoB perante a nação, e a extensão de suas fileiras militantes bem como da estrutura de quadros, a complexidade crescente da construção partidária, (que) demandam instrumentos que possibilitem organizar a ingente luta pela ampliação e aprofundamento de conhecimentos e pensamento crítico”.

O foco são os quadros de responsabilidades nacionais, instados a estudarem em profundidade temas relacionados com os desafios do desenvolvimento do Brasil, à luz do Programa Socialista, e questões teóricas de fronteira, que dizem respeito ao próprio evolver da teoria marxista-leninista.

Vale anotar que tal iniciativa, apesar da sua ousada dimensão e do seu ineditismo, se insere tão natural quanto o nascer de um novo dia numa gama de realizações cotidianas deste partido que se renova aos noventa anos, capaz de arrostar os mais desmedidos desafios – a exemplo da contraofensiva que ora enceta contra a campanha difamatória que lhe move a grande mídia reacionária – e de avançar sempre.



* Médico, deputado estadual em Recife, membro do Comitê Central do PCdoB

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

7 de novembro, Dia da Revolução Socialista Russa!

Por Clóvis Manfrini 

Em 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no antigo calendário russo), era proclamada a primeira república socialista da História, a República Socialista Federativa Russa, sob a liderança do maior revolucionário de todos os tempos, Vladimir Ilitch Ulianov (ou simplesmene Lênin).
Depois de vários anos de luta, a Revolução Russa passou por diversas etapas, iniciadas no final do século XIX. Em 1905, mesmo após a repressão do regime czarista (monarquista), os trabalhadores russos criaram os primeiros Sovietes (Conselhos, em russo) de trabalhadores. O Soviete era uma espécie de Governo paralelo, organizado e liderado pela classe trabalhadora. Com sua inteligência brilhante, Lênin, que se encontrava no exílio, conseguiu influenciar a maioria dos Sovietes e dirigi-los através de membros do Partido Operário Social Democrata Russo (Bolchevique). O POSDR (b) seria mais tarde, em 1921, batizado de Partido Comunista (Bolchevique) Russo.
Em fevereiro de 1917, a burguesia russa contrária ao czarismo deu um golpe e derrubou o czar Nicolau II. Foi a segunda etapa da revolução. Um Governo burguês foi instalado e liderado pelos mencheviques (minoria do POSDR).
Em abril de 1917, Lênin volta do exílio e lidera o processo de tomada de poder pelos bolcheviques. Pão, Terra e Liberdade, eram as três palavras que Lênin colocaria em prática para que a Revolução fosse vitoriosa. Os trabalhadores das cidades e os camponeses apoiam o Partido Bolchevique de Lênin e em 25 de outubro no antigo calendário russo (7 de novembro do atual) a Revolução Socialista Russa é vitoriosa.
O Governo Revolucionário tem Vladimir Lênin à frente que cumpre o Programa Bolchevique e realiza uma reforma agrária, dando terra aos camponeses, pão aos trabalhadores das cidades que viviam na miséria e promove a liberdade do povo que vivia há séculos na opressão czarista.
O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução de Outubro como ficou conhecida. A Rússia passou de um país atrasado, com 70% de analfabetos, vivendo numa miséria absoluta, para (já em meados da década de 1930) ser um dos países mais avançados. Em 1921, com a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Revolução alcançou mais países vizinhos. Até 1991, ano em que foi extinta, a União Soviética era a maior potência militar e industrial do mundo, sua economia era a segunda do mundo e os índices sociais eram os primeiros em vários aspectos como: saúde, educação, segurança, entre outros.
As experiências socialistas não morreram, estão aí vivas, para demonstrar que o sistema capitalista não é o melhor para o mundo. O mundo só será livre quando viver num sistema onde todos tenham oportunidade, onde todos possam usufruir das riquezas, onde todos vivam em paz.

Viva o Socialismo!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

4 de novembro de 1969: Marighella é assassinado! Viva Marighella!

Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo revolucionário fundado e dirigido por Marighella
Carteira de membro do Partido
Marighella morto dentro do carro de um companheiro quando foi emboscado pela polícia do delegado Fleury


Carlos Marighella, ex-deputado constituinte pelo Partido Comunista do Brasil em 1946. Assassinado em 4 de novembro de 1969 numa emboscada armada pelo sanguinário delegado de polícia Fleury, num bairro em São Paulo. Marighella foi um dos grandes herois do povo brasileiro, na sua luta pelo socialismo, deu sua vida. Camarada Marighella, presente!




Derrotar a direita em Terezinha é um dos papéis do PCdoB

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Terezinha segue uma orientação do Comitê Central: defender o Governo Dilma Roussef (PT) e derrotar a direita reacionária em 2012 em todos os municípios onde o Partido está organizado. 

Em Terezinha, uma das ideias centrais do PCdoB é derrotar a direita reacionária (representada pelo PSDB e DEM) se aliando a grupos progressistas, desenvolvimentistas. O PCdoB em Terezinha vai combater a velha política da direita, o toma-lá-dá-cá, o velho coronelismo de oligarquias decadentes, entre outras práticas que estão ficando no passado, principalmente após a histórica eleição de um nordestino, metalúrgico, de esquerda, Luís Inácio da Lula da Silva.

O PCdoB vem para desmascarar as velhas formas de fazer política. Partidos como o PSDB, o DEM, sempre estiveram contra o povo, sempre jogaram sujo contra políticos de perfil popular. O PFL, hoje DEM, sempre foi contra mudanças, sempre ficou do lado do atraso, lutou a vida inteira contra o ex-governador Miguel Arraes (PSB), combateu raivosamente os 8 anos do Governo Lula (PT) e hoje faz uma oposição rasteira, sem ideias, só para atrapalhar o bom Governo Dilma Roussef (PT).
O PSDB governou o Brasil com Fernando Henrique Cardoso durante 8 anos. Apesar de ter conseguido estabilizar a economia - por um lado - por outro, destruiu o patrimônio público brasileiro, entregando estatais lucrativas como a Telebras, a Vale do Rio Doce, entre outras. Hoje, o PSDB faz oposição só por fazer, tanto a nível nacional como aqui em Terezinha. O PSDB não traz nada de novo, embora seu discurso seja mascarado, numa tentativa de iludir o povo. Em Pernambuco, o PSDB tenta se aproximar do Governo Eduardo Campos (PSB) para pegar uma boquinha, mostrando suas garras de um oportunismo barato. O PCdoB vai desmascarar a direita, mostrando ao povo a verdade sobre estes partidos oportunistas: PSDB e DEM.

Históricamente, como disse o ex-presidente Lula certa vez, a direita reacionária está sendo "extirpada" do Brasil. Já não cabe mais espaço para a prática nefasta dos partidos de direita e seus representantes.

Para o PCdoB só com uma política justa, honesta, nova, democrática de fato, para desmascarar as verdadeiras intenções da direita reacionária no Brasil e em Terezinha.

Nunca mais queremos o PSDB ou DEM no poder!

Viva a luta do povo!
Viva o Partido Comunista do Brasil!
Viva Terezinha!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Eleições 2012

A partir de hoje, o Blog do PCdoB tira algumas dúvidas sobre o processo eleitoral do ano que vem.

As Eleições de 2012 serão para escolher que cargos?
Em 7 de outubro de 2012, os cidadãos brasileiros maiores de 16 anos votarão para Prefeito e Vereador.

Quantas vagas para vereador em Terezinha?
Em Terezinha, o número de vereadores continua o mesmo, nove.

O que é Quociente Eleitoral?
Quociente eleitoral ou Coeficiente eleitoral é, em conjunto com o quociente partidário e a distribuição das sobras, o método pelo qual se distribuem as cadeiras nas eleições proporcionais brasileiras (cargos de deputado federal, deputado estadual ou distrital e vereador).

Se chamarmos de Qe o quociente eleitoral e de Qp o quociente partidário, temos:
Q_e = \frac{Numero\ de\ votos\ validos}{Cadeiras\ a\ serem\ preenchidas}
e
Q_p = \frac{Numero\ de\ votos\ do\ Partido}{Q_e}
O número de cadeiras obtidas por cada partido corresponde a parte inteira do quociente partidário. Caso a soma das cadeiras obtidas pelos partidos não seja igual ao total de cadeiras, as cadeiras restantes são divididas de acordo com o sistema de médias, também conhecido como distribuição das sobras.

Nas últimas eleições em Terezinha, a média de votos válidos para candidatos proporcionais ficou em 4200 votos, ou seja, uma média de 460 votos por cadeira (vereador). Lembrem que isto é uma média, podendo ser maior ou menor a cada eleição. Neste caso, para uma coligação ou Partido conseguir uma vaga, terá que obter esta média.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Companheiro Lula, torcemos por você!

Lula agradece apoio e diz que não há espaço para o pessimismo

Ao lado de sua mulher, Marisa Letícia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradece, em vídeo, o apoio recebido da população após a descoberta de um tumor na laringe. "Eu quero agradecer o povo brasileiro pelo carinho, pela solidariedade. O que aconteceu comigo é daquelas coisas que acontece com tudo mundo, mas que a gente acha que acontece com os outros e nunca com a gente." O ex-presidente também afirmou que não há espaço para o pessimismo.



Lula diz que estar preparado para enfrentar "mais essa batalha". "E acho que vamos conseguir tirar de letra, basta que a gente siga as recomendações médicas, que a gente faça aquilo que deve ser feito. Não foi a primeira nem a última batalha."

O ex-presidente ainda pede que a população continue acreditando no Brasil. "A gente precisa continuar acreditando no Brasil, botando fé nesse país. Acreditar na nossa presidenta, ajudá-la. Não existe espaço para pessimismo, para ficar lamentando", diz.

"Sem perseverança, sem muita persistência, sem muita garra, a gente não consegue nada... E eu vim para a terra para lutar e para melhorar a vida do povo."

Lula finaliza o vídeo afirmando que sua voz está ruim, mas que ele está doido para falar para os seus companheiros. "Até a primeira assembleia, comício ou ato público."

O vídeo foi gravado na tarde desta terça-feira (1º), pouco antes de Lula deixar o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde fez sua primeira sessão de quimioterapia.

Fonte: Folha de S.Paulo

domingo, 30 de outubro de 2011

Capistrano: Nós comunistas nos orgulhamos de nossa história

Por Antonio Capistrano*
 
História que vem desde o Manifesto Comunista de 1848, passando pela Revolução Russa de 1917, pela vitória contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial em 1945, pela Revolução Chinesa de 1949 e pela Revolução Cubana de 1959, marco da luta dos povos oprimidos contra o imperialismo. Nos orgulharmos também de nossa luta contra o colonialismo no continente africano e contra as ditaduras e as oligarquias na América Latina e no Caribe

Nesta longa trajetória não podemos esquecer os nomes de Marx, Engels, Lênin, Stálin, Ho Chin Mim, Che, João Amazonas, Prestes, Marighela, Apolônio de Carvalho, Ana Montenegro, Wlademir Herzog, Alvaro Cunhal, Pablo Neruda, Saramago, Portinari, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Glênio Sá, Alírio Guerra, doutor Vulpiano, Lourival de Góis, Chico Guilherme, Zé Moreira, e tantos outros que lutaram e se sacrificaram pela justiça social, pela classe trabalhadora, na defesa da sua utopia

Claro que nessa trajetória cometemos erros, equívocos, pecamos, mas sem perder a capacidade de autocrítica, elemento basilar na vida de um militante comunista e de todos os partidos marxistas do mundo, como também, sem perder o foco da nossa luta que é a construção de um mundo de paz, e a paz só se conquista com justiça social.

Nós comunistas sempre tivemos como ponto basilar da nossa luta a construção de uma sociedade justa e pacífica, sociedade onde todos possam viver em harmonia entre si e com a natureza. Essa é nossa luta, essa é a nossa história, essa é a nossa utopia, uma utopia possível de ser concretizada.

Por tudo isso, nós comunistas nos orgulharmos da nossa história, não temos motivo de renegar ou de ter vergonha do nosso passado, do nosso presente, nem dos nossos princípios. O filosofo marxista Domenico Losurdo, no seu excelente trabalho “Fuga da História? A Revolução Russa e a Revolução Chinesa vistas de hoje”, afirma: “Se a autocrítica é o pressuposto da construção da identidade comunista, a autofobia é sinônimo de capitulação e de renúncia a uma identidade autônoma”. Não podemos capitular, não temos motivo para isso. Apesar da campanha midiática, mentirosa, falseando os fatos, campanha permanente orquestrada contra nós, temos consciência da pureza dos nossos ideais e da justeza da nossa luta.

Quando estudamos a história do movimento comunista mundial sentimos orgulho dela. Renegar esse passado é renegar a história dos nossos mártires, daqueles que se doaram a luta por um mundo verdadeiramente democrático e socialmente justo, onde o ponto de partida seja igual para todos. Renegar esse passado é renegar a história de Luis Maranhão, Hiran Pereira, José Silton, Emanuel Bezerra, Davi Capistrano, José Raimundo, Virgílio Gomes da Silva, Anatália de Souza Melo Alves, dos que como eles morreram nos porões da ditadura, muitos deles sem o direito a um sepultamento e uma certidão de óbito. Foram muitos os comunistas trucidados.

O movimento comunista internacional sempre teve nos seus quadros grandes figuras da vida intelectual e científica que se juntava aos milhares de trabalhadores do campo e da cidade na luta contra o imperialismo, contra o colonialismo e o latifúndio, causadores da miséria e do atraso, do subdesenvolvimento e da fome, em todo o mundo.

No Brasil, os comunistas estão presentes em todos os momentos decisivos da história contemporânea, sempre ao lado do povo, na luta pelas conquistas da classe trabalhadora, pela consolidação de uma verdadeira democracia e na defesa das riquezas do nosso país.

O ideal de uma sociedade socialista continua vivo, apesar da violenta campanha anticomunista patrocinada pela grande mídia, nacional e internacional, a mesma mídia que sempre esteve contra os avanços democráticos e a classe trabalhadora.

Apesar de tudo, nós comunistas continuamos firmes na busca da nossa utopia, repetindo o que disse o velho camarada Apolônio de Carvalho – vale a pena sonhar.

A luta tem sido longa e árdua, apesar dos fascistas e do PIG – o Partido da Imprensa Golpista, a nossa perseverança tem permitido avanços na consolidação das liberdades democráticas e das conquistas da classe trabalhadora.

O filosofo Domenico Losurdo, marxista italiano, participando de um seminário, em Fortaleza, sobre as esquerdas após o fim da União Soviética, levantou a necessidade de um novo bloco histórico para impulsionar o internacionalismo, disse ele que esta meta só será possível “se os partidos comunistas recuperarem o orgulho da sua própria história e reforçarem sua capacidade de análise concreta da situação concreta”. E isso vem ocorrendo em todo o mundo, a onda neoliberal está passando, nós comunistas retomamos a nossa luta e com orgulho estamos a empunhar a bandeira do socialismo. O sistema capitalista tem demonstrado a sua ineficácia, o modelo neoliberal é um fiasco, hoje os Partidos Comunistas na Europa e os governos de esquerda na America Latina retornam ao seu caminho que é fortalecer os movimentos de esquerda e enfrenta a onda anticomunista com altivez, consciente da justeza das nossas ideias.

A luz no fim do túnel volta a brilha e nós comunistas estamos a dizer em alto e bom som, nós comunistas nos orgulhamos da nossa história.


* Antonio Capistrano é ex-reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte é militante comunista desde 1961 - PCdoB